O fim do fator previdenciário foi defendido
por representantes do governo e de trabalhadores, em audiência pública
realizada terça-feira (15), na Comissão de Seguridade da Câmara. Durante a
reunião, representantes do Ministério da Previdência, dos auditores fiscais,
dos aposentados e da Central Única dos Trabalhadores constataram que o
fortalecimento da Previdência Social brasileira nos últimos anos justifica a
extinção do fator.
Segundo o diretor da Central Única dos
Trabalhadores, Pedro Armengol, o lado mais perverso do fator previdenciário
aparece a cada revisão da expectativa de vida do brasileiro feita pelo IBGE.
"Aumenta o tempo de contribuição para o trabalhador se aposentar, sem a
garantia de uma aposentadoria melhor", lamentou.
Ao afirmar que o governo também é a favor da
extinção do fator, o Secretário de Políticas de Previdência Social do
ministério, Leonardo Rolim, demonstrou preocupação. "Com a queda na taxa
de natalidade, e aumento da expectativa de vida, no futuro vamos ter uma
pressão sobre a previdência", disse. Porém, ele defendeu a adoção de
medidas "justas" para equilibrar as contas da previdência.
Para o deputado Amauri Teixeira (PT-BA),
autor do requerimento da audiência pública, o fator previdenciário foi adotado
pelo governo FHC, "em um momento de predomínio das políticas neoliberais
no mundo, e com a economia brasileira em baixa".
Atualmente, segundo ele, "há um
superávit no caixa da previdência urbana, com a geração de empregos e aumento
no número de contribuintes, graças à expansão da economia do País",
afirmou.
Também participaram da audiência pública, o
deputado Waldenor Pereira (PT-BA), o presidente da Associação Nacional dos Auditores
fiscais da Receita Federal, Álvaro Solon de França; e o diretor da Casa do
Aposentado da Bahia, Marcos de Oliveira.
Fonte:
Agência Informes
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