Uma semana após o
início da greve dos bancários, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban)
apresentou nesta terça-feira (25) nova proposta de reajuste salarial que agradou
o Comando Nacional dos Bancários. Em reunião em São Paulo, a proposta oferecida
pelo setor patronal foi de 7,5% de reajuste para os salários, o que representa
um aumento real de 2%. Os trabalhadores irão votar a oferta em assembléias no
País entre quarta (26) e quinta-feira (27), mas a indicação feita pelos
sindicalistas é de aprovação da proposta e fim da greve.
"A nossa
avaliação é de que tivemos avanços nos principais pontos da reivindicação e o
aumento real de 2% é próximo ao de outras categorias neste ano", afirmou a
presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia
Moreira. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, complementa: "Nossa greve forte
fez com que os bancos fizessem proposta que pode ser apresentada aos trabalhadores.
É uma boa proposta. Contempla aumento real, valoriza piso da categoria e dos
tíquetes".
Caso os trabalhadores
aprovem a proposta da Fenaban, a greve dos bancários termina ainda esta semana.
"Quem vai decidir são os trabalhadores em assembléias. Pode ser que amanhã
a greve já acabe em algumas cidades e em outras quinta ou sexta, depende das assembléias
que serão marcadas pelos sindicatos", disse Cordeiro. De acordo com Juvandia,
a greve continua até decisão dos trabalhadores em assembléia. "Só o que
pode acabar com a greve são assembleias", disse.
No final de agosto, a
Fenaban havia apresentado proposta linear de reajuste de 6% para salários,
pisos e benefícios. O pedido dos trabalhadores anteriormente era de 10,25% de reajuste
salarial, sendo 5% de aumento real. Em 2011, de acordo com Cordeiro, a
categoria ficou parada por 21 dias e recebeu aumento real de 1,5%. Neste ano,
com sete dias de mobilização, a Fenaban ofereceu aumento real de 2%.
Além do reajuste
salarial, a Fenaban propôs reajuste de 8,5% (2,95% de aumento real) para piso
salarial, vale alimentação e vale refeição. O piso do caixa passa de R$ 1.900,00
para R$ 2.056,89. O vale alimentação passa de R$ 339,08 para R$
367,92. O vale-refeição vai de R$ 19,78 para R$ 21,46 por dia. O aumento
proposto pela Fenaban para a parte fixa da participação nos lucros e resultados
(PLR) e para o teto do adicional foi de 10% (aumento real de 4,37%). A PLR
adicional é de 2% do lucro líquido distribuído de forma linear.
"Tivemos avanços
também na questão da segurança bancária, vamos discutir um projeto piloto em
conjunto com a Fenaban sobre o assunto. Temos avanços na saúde, na questão da
igualdade de oportunidade", disse Cordeiro. Nesta terça-feira, o movimento
grevista da categoria entrou no seu oitavo dia. Até segunda-feira (24), de
acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT), 9.386 agências estavam fechadas. O número representa cerca de
43% do total de 21.714 unidades no País.
Fonte:
Agência Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário