quarta-feira, 18 de junho de 2014

UGTpress

CIBERNÉTICA: Wikipédia: "é a tentativa de compreender a comunicação e o controle de máquinas, seres vivos e grupos sociais através de analogias com as máquinas eletrônicas (homeostatos, servomecanismos, etc.)". Dicionário inFormal: "é uma palavra de origem remota que explica o estudo das funções humanas de controle e dos sistemas mecânicos e eletrônicos que se destinam a substituí-los". Há mais de 30 palavras derivadas e o significado de uma delas - cibercombatentes - passou a ter importância estratégica para os países desenvolvidos.

CIBERCOMBATENTES: os Estados Unidos anunciaram recentemente que até o fim de 2016 irão duplicar o número de cibercombatentes, atingindo 6 mil só para serviços ao Pentágono, sem contar aqueles que já prestam serviços para as forças militares. A função dos cibercombatentes é impedir os ciberataques, realizados por hackers criminosos. Na verdade, há uma preocupação em preservar segredos das empresas do Vale do Silício, de fornecedoras dos militares e de empresas de energião

CHINA:  o outro país muito empenhado nesse novo nicho de segurança é a China, cujos conflitos com os Estados Unidos tendem a crescer. Os dois países já conversaram oficialmente sobre o tema, especialmente depois das revelações de Edward Snowden. Revelações do The New York Times e da revista alemã Der Spiegel dão conta que os Estados Unidos chegaram a penetrar nas redes da Huawei, a maior empresa de telecomunicações e internet da China. Informações não comprovadas revelam que os chineses têm feito ataques sistemáticos às empresas americanas. 

CIBEREXPLORAÇÃO OU CIBERSEGURANÇA: termos novos estão sendo utilizados, mas, no fundo, apenas disfarçam a preocupação das superpotências em defender ou descobrir segredos entre si. A periferia do mundo, inclusive alguns países grandes como o Brasil, está praticamente sem chances nesta corrida cibernética. Esses países não têm meios adequados para proteger seus poucos segredos e não é novidade que a Petrobrás foi espionada pelos Estados Unidos. Como a Petrobrás é uma empresa por si mesma vulnerável (há notícias de roubos de material estratégico dentro de seus veículos) e o Brasil não tem meios inteligentes para coibir este tipo de espionagem, certamente muita coisa já é de domínio estrangeiro.

SEGURANÇA NACIONAL: essas questões são hoje um problema de segurança nacional. Os Estados Unidos informaram que sua espionagem destina-se a proteger o próprio país e a prioridade é a sua segurança. Claro, os chineses e outros povos não acreditam nisso e para os chineses, segurança nacional e segurança econômica são a mesma coisa. David Sanger, do The New York Times, onde buscamos essas informações, disse que "as revelações mudaram a discussão entre os funcionários de alto escalão do Pentágono e do Departamento de Estado e seus equivalentes chineses em reuniões discretas para elaborar o que um deles chamou de "um entendimento sobre regras e sobre normas de comportamento", para China e EUA". Os grandes, como sempre, acabam se entendendo. 

EDWARD SNOWDEN: lendo e investigando sobre esses novos temas e suas vertentes, tem-se a dimensão da importância das revelações do jovem americano, hoje exilado na Rússia. Já houve até quem o indicasse para o Prêmio Nobel da Paz, algo praticamente impossível. Porém, não há dúvida que, na posteridade, o seu nome ficará gravado como um dos mais importantes homens do século 21, aquele que alertou o mundo para os abusos existentes numa nova, moderna e extraordinária ferramenta de comunicação: a internet e seus derivados.

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