quinta-feira, 9 de abril de 2015

Representante do Diap diz que eleitores de Dilma se sentiram traídos com MP do seguro-desemprego

Representante do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Marcos da Silva Pinto afirmou que a MP 665/14, que dificulta o acesso ao seguro-desemprego, retirou direitos dos trabalhadores e a base social que apoia a presidente da República, Dilma Rousseff, entendeu a medida como um "estelionato eleitoral".

“Para superar crises, precisamos de renda e emprego, e não restringi-los”, sustentou em audiência pública da comissão especial que analisa a MP.

Segundo ele, houve um erro no método, porque o governo não dialogou com os movimentos sindicais, e também um erro na forma, pela edição de uma MP que tem força de lei imediatamente, sem tempo de discussão. “Era possível ter mandado essa matéria por projeto de lei para que o Congresso pudesse ter mais tempo de debate”, afirmou.

Ele lembrou a devolução da MP sobre desonerações tributárias pelo Congresso Nacional. “Os empresários ganharam três, quatro meses a mais. Em relação aos trabalhadores, vemos que há dois pesos e duas medidas”, argumentou.

"Traição"
O debatedor ressaltou que, apesar de as pessoas estarem na rua pedindo o fim da corrupção, um estudo do Diap mostra que o governo Dilma é o que mais promoveu medidas de combate a essa prática.

Segundo ele, porém, as pessoas estão se sentindo lesadas e por isso protestam nas ruas. “Faltou diálogo, as pessoas que apoiaram o governo se sentem traídas”, disse.
Fonte: Agência Senado

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