terça-feira, 6 de outubro de 2015

NOVAS TABELAS SALARIAIS ITAIPU BINACIONAL

Prezados e combativos empregados da ITAIPU Binacional de CURITIBA, PR

Nada mais adequado do que a conjunção dessas duas palavras para definir os empregados da ITAIPU Binacional do escritório de Curitiba que juntos com os empregados de Foz do Iguaçu buscam defender algo tão primordial na vida cidadã de todos os trabalhadores. Serem tratados com igualdade nas suas carreiras e salários com seus colegas de trabalho de outra nacionalidade. Não se trata simplesmente de uma greve de reivindicação mas de um postura firme de várias categorias de trabalhadores contra uma forma de gestão que não se coaduna com os tempos modernos e numa empresa onde tudo foi edificado de consenso dentro de um tratado internacional. A sapiência dos seus criadores, que procuraram estabelecer um regime paritário entre dois países tão diferentes,  a equidade na divisão de energia, os deveres e direitos dos sócios e a forma de relação com os seus trabalhadores foi desprezada na condução do tema tabelas salariais.  Mesmo que a igualdade não acontecesse de fato entre as margens, o espírito de uma só ITAIPU sempre esteve presente nos documentos legais e nos Acordos Coletivos. Após a publicidade pelo Paraguai das tabelas salariais em guaranis e dos salários dos seus empregados  vários equívocos foram cometidos na condução do processo pelo lado brasileiro, com os trabalhadores brasileiros e seus sindicatos, senão vejamos:

- Erro de avaliação da empresa, pelos seus gestores, de relativizar o tema  acreditando que os pleitos não ganhariam forma e corpo;

- Demora para se debruçar de forma efetiva sobre o problema utilizando-se nas reuniões de argumentos que contrariavam os próprios documentos internos referentes as diferenças das tabelas salariais;

- Apresentar, depois de um ano de discussão, uma proposta como se o produto fosse o reinventar da roda sem ter realizado etapas preliminares de correção nas carreiras dos brasileiros; e concedê-las de forma graciosa aos paraguaios por Determinação dos diretores-gerais e análise técnica do RH da margem direita;

- Abandonar as discussões, de forma unilateral, com os sindicatos e tentar implantar, por ato de força, algo tão importante na vida profissional de qualquer trabalhador: carreiras e salários;

- Acreditar que o movimento de greve não seria deflagrado e se fosse, seria leve como uma brisa;

- Continuar persistindo no “equívoco” mesmo tendo oportunidade de correção de rota em vários momentos;

- Levar esta empreitada ao extremo o que poderá redundar num grande problema de gestão de pessoal na ITAIPU Binacional e numa conta muito mais cara do que se a solução fosse construída entre as partes.

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR.  Há como vender uma proposta que é rejeitada por quase a totalidade dos empregados e que os próprios gestores não a compram?

Os empregados da ITAIPU Binacional de Curitiba, representados pelos sindicatos SINDENEL e SINAEP, cônscios de suas responsabilidades e limites, acompanharam o movimento paredista que começou em Foz do Iguaçu, buscaram até a exaustão sensibilizar a empresa em melhorar a proposta no plano negocial e também junto ao MPT e, diante de todos os revezes, buscarão uma solução pela via judicial. Certamente não era o que os empregados esperavam mas tratando-se de equidade não há como se transigir. Como diz o povo em sua fala e sabedoria: é o que temos para hoje.

Enfim não haverá paz sem justiça social e igualdade entre os povos. Amém!
Curitiba, 6 de outubro de 2015
SINDICATO DOS ELETRICITÁRIOS DE CURITIBA
SINDENEL


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