Com a crise financeira do país, o governo fez uma revisão da meta fiscal, prevendo um déficit de R$ 170,5 bilhões nas contas públicas. O valor é superior ao que foi apontado pelo governo da presidenta afastada Dilma Rousseff que previa um rombo de R$ 96 bilhões. A nova projeção foi definida após várias reuniões da equipe econômica com o presidente interino Michel Temer.
De acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a meta é bastante realista e próxima aos parâmetros de mercado. Ele explicou que houve uma redução de 4% na estimativa de receita. E destacou que nesta revisão da meta não há previsão de recursos vindos de medidas que dependam de aprovação do Congresso Nacional, entre elas, a Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF).
O Congresso Nacional, agora, precisa autorizar o país a terminar o ano com um déficit nas contas públicas. A aprovação tem que ocorrer até 30 de maio, senão o país terá de fazer um contingenciamento, o que pode comprometer o funcionamento da máquina pública.
Por isso, Henrique Meirelles informou que há intenção de enviar a revisão da meta ao Congresso nesta segunda-feira e aprovar a medida até a quarta-feira.
O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá, disse que o governo chegou a essa projeção, superior a R$ 170 bilhões, após uma análise detalhada da situação fiscal do país e fez questão de frisar o cenário encontrado pela nova equipe.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias em vigor prevê um superávit primário, que é a economia feita para pagar os juros da dívida pública, de R$ 30,5 bilhões, incluindo estados e municípios.
Fonte: portal EBC
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