quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Empresários japoneses pedem reformas tributária e trabalhista para facilitar investimentos

Empresários japoneses defenderam nesta quarta-feira (3) a aprovação de reformas tributária e trabalhista para reduzir o custo Brasil. Eles participaram de debate na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados.

O presidente da Mitsubishi do Brasil, Aiichiro Matsunaga, considera a redução do custo Brasil imprescindível para a manutenção dos investimentos no País e da competitividade das empresas japonesas instaladas aqui. Ele defendeu reformas no sistema tributário, principalmente na cobrança do ICMS.

Na área trabalhista, Matsunaga defendeu flexibilidade às regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ele afirmou que a correção obrigatória do salário mínimo afeta o fluxo de caixa das empresas e compromete a competitividade de indústria brasileira.

O presidente da Mitsubishi também alertou sobre as demissões necessárias para reduzir o custo de mão de obra das empresas, principalmente dos empregados que atingem nível salarial mais alto com o tempo de serviço.

Aumento dos investimentos
O presidente da Câmara de Comércio Brasil-Japão, Thoshifumi Murata, ressaltou que os investimentos das empresas japonesas no País cresceram após a crise econômica nos países asiáticos em 2008. Ele afirmou, no entanto, que os investimentos aumentariam no atual cenário de crise no Brasil se o ambiente de negócios se tornasse mais favorável.

"Apesar de o governo interino Temer mostrar grande confiança ao mercado, a nós parece que levará um considerável tempo para que o Brasil possa sair dessa crise. Mas com a esperança de uma reforma estrutural no País, as empresas japonesas continuam possuindo forte interesse em investir no Brasil”, declarou.

Murata disse que parte dessa mudança poderá ser a assinatura de um acordo de parceria econômica entre Brasil e Japão. Ele informou que, atualmente, 230 empresas japonesas são associadas à Câmara de Comércio Brasil-Japão.
(Mais informações: Câmara)
Fonte: Agência Câmara

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