sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Trabalhadores fazem ato com Lula, em defesa da Petrobras, indústria naval e emprego

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) e a CUT realizarão na próxima quinta-feira (25), ato em frente ao estaleiro Mauá, em Niterói, com participação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, em defesa da Petrobras, da indústria naval e pela geração de empregos.

A motivação do ato é o fato de a crise política e econômica já ter desempregado 1,5 milhão de pessoas desde o início da operação Lava Jato. “Enquanto isso, os criminosos corruptos usufruem dos benefícios das delações premiadas, descansando em suas mansões”, afirma texto de convocação para o ato, assinado pelas três entidades que representam os trabalhadores.

“É preciso investigar e punir sem discriminação todos os empresários e políticos que praticam os crimes de corrupção que sangram há décadas o nosso país. Mas é inaceitável que essa conta seja imposta também à classe trabalhadora”, afirmam as representantes dos trabalhadores.

Os impactos da Lava Jato fizeram encolher em 3,8% a economia nacional em 2015. As indústrias naval e petrolífera são as mais afetadas. Só o setor de óleo e gás teve uma redução de 27% nos investimentos nos últimos dois anos. Sem os investimentos da Petrobras, que é a principal locomotiva da indústria nacional, a economia teve em 2015, o pior desempenho do PIB em 25 anos.

O setor metalúrgico foi o que mais sofreu o impacto desse desmonte. Entre janeiro de 2015 e abril de 2016, foram fechados mais de 335 mil postos de trabalho.

A indústria naval demitiu 21 mil trabalhadores e passa hoje pela maior crise desde a retomada do setor, em 2003, quando, por decisão do presidente Lula, a Petrobras passou a encomendar seus navios e plataformas no Brasil.

A região de Niterói e Itaboraí, principal polo da indústria naval, que chegou a ter dez estaleiros, hoje só conta com a metade, em funcionamento precário. O resultado são 12,7 mil trabalhadores desempregados.

“É preciso reagir à crise causada pela Lava Jato e interromper o desmonte da indústria nacional. Que os corruptos paguem pelos seus crimes, sem prejudicar a classe trabalhadora”, diz ainda o texto de convocação para o ato. “Todos juntos, no ato do dia 25, com Lula, em defesa da Petrobras, da indústria naval e pela geração de empregos”, afirmam as entidades.
Fonte: Rede Brasil Atual

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