Os líderes partidários e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, decidiram votar nessa terça-feira (21) o texto base da reforma e deixar os destaques para depois. Os destaques, que são as alterações propostas pelos partidos, podem reduzir ou desfigurar o texto aprovado na Comissão.
Mas não foi possível nem votar o texto base. Isso porque, após o início da discussão, deputados denunciaram a tentativa de lideranças de dividir a votação da reforma e votar primeiro o Distritão, como advertiu Gláuber Braga, do PSOL.
Com a pressão de diversos parlamentares, o presidente Rodrigo Maia adiou a votação da Proposta de Emenda à Constituição para esta quarta-feira (23).
O deputado do PSB, Júlio Delgado, argumenta que o impasse foi criado pela falta de votos para aprovar o Distritão, além da pressão contra a criação do fundo eleitoral, que pelo texto atual consumiria mais de R$ 3,5 bilhões na eleição de 2018.
O Distritão estabelece o sistema majoritário de votação de deputados. Só vencem os mais votados, como é hoje na eleição de senadores, acabando com o voto em legendas e partidos, que podem ser transferidos para outros candidatos da mesma coligação.
Para tentar convencer os deputados contrários à mudança, se propôs regulamentar o Distritão permitindo o voto nas legendas. Para o deputado Marcus Pestana, do PSDB, a combinação dos sistemas pode conseguir maioria.
Para os críticos do Distritão, a proposta mantém os problemas do sistema que, segundo os deputados contrários, dificulta a renovação na política e enfraquece os partidos.
Fonte: Portal EBC
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