quinta-feira, 24 de maio de 2018

Temer desiste de concorrer e anuncia Meirelles à sua sucessão

O presidente Michel Temer (MDB) anunciou, nesta terça-feira (22), em evento do MDB, sua decisão de não concorrer à reeleição à Presidência da República, e apresentou o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como o candidato do partido, em evento na Fundação Ulysses Guimarães.

Temer já vinha dando indicações de que teria desistido da ideia de se apresentar como candidato, mas, apesar da pressão da bancada parlamentar do MDB, que queria solução rápida para a questão, parte de seu círculo mais próximo ainda queria que o presidente esperasse para tomar uma decisão.

De acordo com fonte ouvida pela Reuters, havia esperança de que a campanha pela comemoração dos 2 anos de governo trouxesse algum fôlego a Temer nas pesquisas eleitorais.

O presidente, no entanto, decidiu não esperar e faz o anúncio durante o encontro de apresentação do documento "Caminho para o Futuro", plataforma de governo do MDB que foi apresentada na manhã de terça em Brasília.

Nas pesquisas eleitorais mais recentes, Temer aparece com no máximo 2% das intenções de voto. Meirelles tem 1%, mas rejeição menor que a do presidente. Segundo levantamento Datafolha de abril, 64% dos eleitores não votariam em Temer de jeito nenhum, enquanto a rejeição ao ex-ministro é de 17%.

Apesar da baixa intenção de voto nas pesquisas, Meirelles vem afirmando que o potencial de crescimento de sua candidatura é "enorme", porque, de acordo com o ex-ministro, ele é pouco conhecido e, entre os que o conhecem, seu percentual de voto é "muito alto".

Nas últimas semanas o presidente passou a levar Meirelles para eventos públicos, como cerimônia de entrega de residências populares, e fez elogios públicos ao ex-ministro, dando a indicação de que ele seria o candidato presidencial do MDB.

Meirelles se filiou ao partido no início de abril, deixando o comando do Ministério da Fazenda, com a expectativa de se lançar como concorrente ao Planalto. O ex-ministro vinha aguardando a decisão de Temer sobre concorrer ou não, reconhecendo que o presidente tinha prioridade.

Em entrevista recente à Reuters, o ex-ministro apontou que aposta na economia como solução para os problemas do Brasil, inclusive a radicalização que divide o país, e que se vê como um candidato que pode conversar com todos os lados, da direita à esquerda.
Fonte: Diap

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