Dois meses após prisão, ex-presidente tem 30% das intenções de voto. Mesmo número de eleitores afirma que votaria em seu candidato
Uma nova pesquisa Datafolha mostra que Lula manteve a mesma fatia do eleitorado que detinha logo após sua prisão. Em abril, tinha 31% das intenções de voto. Na pesquisa realizada na quarta-feira 6 e na quinta-feira 7, ela se manteve no mesmo patamar: 30%. O instituto também mostra que seus eleitores votariam "com certeza" no candidato que ele vier a apoiar caso a Justiça barre sua participação.
Na sexta-feira 8, o PT lançou Lula à presidência. O partido deverá registrar seu nome na Justiça Eleitoral, mas corre grande risco de ver a candidatura ser impugnada com base na Lei da Ficha Limpa, que impede condenados em segunda instância de participar de eleições.
Realizado após a greve dos caminhoneiros, o levantamento indica um sutil crescimento de Jair Bolsonaro nas pesquisas do instituto. No cenário com Lula, o ex-militar tem 17% das intenções de voto. Na ausência do ex-presidente, chega a 19%.
Em pesquisa de abril, realizada pouco após a prisão de Lula, Bolsonaro tinha 15% no cenário com o petista e 17% em caso de ausência. Como a margem de erro do novo levantamento é de dois pontos percentuais, não é possível garantir, porém, o novo patamar do pré-candidato do PSL.
Caso a Justiça impeça Lula de concorrer, há um pelotão disputado atrás de Bolsonaro. Segundo o Datafolha, Marina Silva, da Rede, tem 15% e Ciro Gomes chega a 10%. O pré-candidato do PDT ganha fôlego quando Lula não participa da disputa: com ele, Ciro tem 6%.
Geraldo Alckmin segue estacionado nas pesquisas. Tem 6% no caso de Lula disputar, e 7% no cenário sem o petista. O tucano tem buscado atacar Bolsonaro, ao chamá-lo para debates e criticá-lo por falta de propostas.
O Datafolha mediu dois cenários com candidatos petistas alternativos. O ex-prefeito paulistano Fernando Haddad registrou 1%, o mesmo patamar de Jaques Wagner, ex-governador da Bahia.
Pouco conhecidos pela população, as alternativas petistas tem potencial de crescimento, porém. O instituto não apresentou o nomes de Haddad ou de Wagner como possíveis "candidatos de Lula", mas mediu que 30% dos entrevistados votariam "com certeza" no nome escolhido pelo ex-presidente, enquanto outros 17% talvez o façam. Outros 51% afirmam que não votariam.
Uma pesquisa da XP Investimentos divulgada na quinta-feira 7 indica que um nome apoiado por Lula assume um patamar competitivo. Haddad foi de 3% a 11% quando apresentado como candidato do ex-presidente.
Fonte: Carta Capital
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