segunda-feira, 16 de julho de 2018

Ciro busca o equilíbrio entre o discurso nacionalista e as alianças

Candidato pela terceira vez à presidência da República, o pedetista Ciro Gomes tem chances reais de chegar ao poder, mas corre um risco: o de fechar alianças com partidos de direita, como o DEM, e se forçado a abrir mão de propostas nacionalistas, como a retomada do pré-sal e da Embraer.

Ciro foi o primeiro candidato a construir um discurso nacionalista, em torno das propostas do economista Luiz Carlos Bresser Pereira, que desenvolveu o projeto Brasil Nação. No entanto, como não conseguiu o apoio do PT, que mantém a candidatura Lula, mesmo com todas as dificuldades judiciais, Ciro decidiu se aproximar de partidos do centrão, e mesmo de direita, como o DEM, para tentar fechar alianças e ampliar seu tempo de TV.

Neste sábado, depois de uma reunião com potenciais aliados, na casa de seu provável vice Benjamin Steinbruch, Ciro mostrou disposição em ajustar seu discurso, para ter o apoio do DEM na eleição. O pedetista se comprometeu levar para o seu plano de governo algumas das propostas dos democratas. Integrantes do DEM resistem, principalmente, às críticas de Ciro às reformas trabalhista e da Previdenciária. O presidenciável tem dito que, se eleito, vai revogar a reforma trabalhista aprovada por Temer e defende um sistema de capitalização para a Previdência. Ciro também critica duramente o 'Teto dos Gastos', que congela os investimentos públicos por 20 anos. Se fechar com o DEM, é possível que Ciro desista de anular leilões do pré-sal, uma vez que os democratas estão os principais responsáveis pela entrega das reservas brasileiras às petroleiras internacionais.
Fonte: Brasil247

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