sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Centrais argentinas paralisam país contra governo Macri e o FMI

Centrais sindicais e organizações sociais da Argentina promovem desde segunda (24) manifestações e uma greve geral de 36 horas em repúdio às medidas de arrocho fiscal adotadas pelo presidente Mauricio Macri.

O protesto paralisa transportes e serviços no país, como bancos, comércio, escolas e universidades. Voos também foram cancelados. Pelo menos 15 milhões de pessoas estão sendo afetadas pela paralisação, que atinge o funcionamento de ônibus, metrô e trens.

A greve, convocada pela Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), CTA-Autônoma e Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), teve adesão de diversas entidades como a Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) e importantes categorias, entre elas metalúrgicos, bancários, docentes e transportes.

Esta é a quarta greve geral contra a política econômica do governo de Mauricio Macri. A paralisação visa protestar contra os ajustes do governo em meio à crise que afeta o país pela desvalorização da moeda, aumento da taxa de juros e da inflação, alta do desemprego, demissões em massa, aumento do custo de vida e da pobreza.

Apoio - A Força Sindical divulgou nota nesta terça (25), manifestando apoio e solidariedade aos trabalhadores e ao movimento sindical argentino. A Central destaca que, assim como no Brasil, as reformas na Argentina “retiram direitos” e atacam o movimento sindical.

“É importante destacar que a política do governo do presidente Macri na Argentina não é mera coincidência ou um caso isolado, mas sim um grande movimento promovido pela maioria da classe empresarial e corporações financeiras internacionais que investem pesadamente na aprovação de reformas que tiram direitos”, diz o texto.

A Federação Sindical Mundial (FSM) também divulgou nota em apoio à paralisação e denunciou a repressão violenta aos protestos sociais. “O panorama de futuro com estas políticas anti-trabalhadores é sombrio para o povo argentino”, destaca o comunicado.
Fonte: Agência Sindical

Nenhum comentário:

Postar um comentário