terça-feira, 16 de outubro de 2018

UGTpress: LIBERDADE NAS REDES

LIBERDADE NAS REDES: não se pode calar vozes eventualmente obscuras, aquelas que nas redes sociais nos assombram com conteúdos que excedem o limite do bom senso. Para quem tem o hábito de frequentar as redes sociais, mesmo que ocasionalmente, especialmente Facebook e Twitter, não está livre de se deparar ou receber fotos montadas, declarações, notícias e afirmações no mínimo duvidosas, sobre as quais não é possível buscar veracidade. Falta de tempo, interesse e meios obstaculizam a investigação sobre o recebido pelo observador passivo e sujeito à influência. Não se pode calar esse pessoal mais afoito, alguns até remunerados por interessados, em função de um dos pressupostos mais básicos da Democracia: liberdade de pensamento e de expressão. Realmente, é preferível ter essa liberdade do que a mordaça, uma atitude sempre mais nociva e prejudicial.

PRECEDENTES: já se sabe que há casos de influências explícitas em acontecimentos importantes, casos do NÃO nos plebiscitos britânico e colombiano e nas eleições americanas, este mais documentado. Com reportagens numerosas e denúncias comprovadas, estamos diante de precedentes devidamente explicados e conhecidos. Não é um boato ou uma desconfiança. Aqui estamos nos referindo a algo inteligente e planejado, com a finalidade de ludibriar pessoas incautas, tendo objetivos específicos. Esses precedentes acenderam as luzes de advertência. Universidades e governos estão estudando o assunto, chegando-se até à ideia de regulamentá-lo, algo até agora que não progrediu.

CAMPANHA INGLESA: a Inglaterra parece ser o país que saiu na frente para conscientizar sobre o uso das redes sociais. O ministro da Saúde britânico, Jeremy Hunt, afirmou em abril passado que o governo não hesitaria em estabelecer leis duras se as plataformas digitais não fizerem alguma coisa a respeito do impacto que o uso das redes tem sobre as crianças (Agência Efe). Ele afirmou ainda que o Facebook, Twitter, Instagram e Snapchat fazem “vista grossa” sobre o tema (idem). Recentemente, os meios de comunicação do país promoveram uma campanha para o abandono das redes e dos instrumentos digitais por trinta dias, com grande repercussão em todo o mundo. Se países desenvolvidos como o Reino Unido estão preocupados e debatendo o assunto, imagine o que pode ser feito em outros países onde não há a mínima advertência, caso, por exemplo, do Brasil.

THE ECONOMIST: a renomada revista inglesa “The Economist” fez uma pergunta incômoda: “As redes sociais são uma ameaça à democracia?” (Novembro de 2017). Ela arrolou testemunhos e depoimentos de estudiosos, cientistas políticos e citou exemplos recentes, como a influência russa nas eleições dos Estados Unidos. Reiterou no artigo que há soluções, citando que “as redes sociais poderiam ser obrigadas a ajustar seus sites, de forma a mostrar com clareza se determinado conteúdo é de autoria de amigos ou de fontes confiáveis”. Isso parece que foi feito. Mas, como os acontecimentos se repetem e as desconfianças se avolumam, é quase certo que brevemente, em algum país, possamos ter novidades legais.

ELEIÇÕES BRASILEIRAS: o processo eleitoral brasileiro está em pleno andamento e os engajamentos nas redes sociais são superlativos. Há de tudo. É impressionante, por exemplo, a disputa de espaço entre esquerda e direita, predominando de um lado a defesa de Lula e, do outro, o apoio a Bolsonaro. Esse recrudescimento e violência nas redes era esperado, mas no Brasil cresceu muito nos últimos anos. A influência e resultado disso só veremos com clareza muito depois das eleições. Até lá muita água vai rolar debaixo da ponte.

PRECAUÇÃO: o conselho mais sábio neste momento, quando as paixões se exacerbam, é ter precaução e cautela. Não devemos reproduzir mensagens ou fotos que não conhecemos ou não temos a certeza de sua origem ou veracidade. Em geral, o erro consiste em reproduzir coisas que nos agradam

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