quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Vale vai desativar mais 10 barragens em Minas Gerais

A mineradora Vale vai suspender por até três anos as atividades no entorno de barragens semelhantes as que romperam nas cidades de Brumadinho e Mariana, ambas em Minas Gerais.

São 19 estruturas conhecidas como barragens à montante, que também ficam em Minas Gerais. Elas começaram a ser desativadas após a tragédia em Mariana, há pouco mais de três anos. Agora, serão descomissionadas, como explicou o presidente da Vale Fábio Schvartsman.

“Descomissionar significa devolver à natureza. Elas deixam de ser barragens. Ou são esvaizadas ou são integradas ao meio ambiente. Elas deixam de ter característica de barragem.”

Das 19 barragens, nove já haviam passado pelo processo de descomissionamento. Para as outras dez, o que inclui a barragem do Córrego do Feijão, que rompeu em Brumadinho, a Vale vai apresentar um projeto aos órgãos ambientais. E espera começar os trabalhos em 45 dias.

O procedimento de descomissionamento deve custar cerca de R$ 5 bilhões. Além da mina Córrego do Feijão, que também passará pelo procedimento, as operações serão suspensas nas unidades de Jangada, Fábrica, Segredo, João Pereira, Alto Bandeira, e no complexo Vargem Grande, que inclui as unidades de Vargem Grande, Abóboras, Capitão do Mato e Tamanduá.

De acordo com o presidente da Vale, a suspensão temporária dos trabalhos reduz o risco de acidentes.

“Paralisar as operações é pra acelerar o descomissionamento. Porque se nós fizéssemos o descomissionamento com a operação em andamento, haveria um enorme risco, aí sim, de causar um desmoronamento.”

Juntas, as 10 unidades afetadas pela suspensão dos trabalhos vão deixar de extrair 40 milhões de toneladas de minério de ferro, o que representa 10% da produção anual da Vale.

Em um comunicado aos investidores, divulgado no fim da noite dessa terça-feira (30), a mineradora informou que vai aumentar a produção de ferro em outras minas, para compensar a redução.

E acrescentou que os 5 mil trabalhadores da Vale e terceirizados que atuam nessas minas terão os empregos preservados.
Fonte: Portal EBC

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