quarta-feira, 20 de março de 2019

CTB e CGTB tentam concluir processo de unificação

Processo está "avançado", segundo sindicalista. Se confirmada, nova entidade teria quase mil filiados.
Centrais reúnem dirigentes e militantes do PCdoB e do PPL

A CGTB e a CTB tentam concluir o processo de unificação das centrais, em um processo inverso ao de alguns anos atrás, quando várias entidades foram criadas. "Ainda não batemos o martelo, mas estamos em processo avançado de unificação", afirmou na manhã desta terça-feira (19) o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, durante reunião de sindicalistas com o Dieese para discutir a mobilização contra a "reforma" da Previdência.

Pelos dados – possivelmente desatualizados – do antigo Ministério do Trabalho, hoje abrigado na pasta da Economia, a CGTB tem 217 entidades filiadas, com 239.844 trabalhadores na base. A CTB conta com 744 filiados, somando 1.286.313 trabalhadores. Por esses números, a soma levaria a 961 entidades, figurando entre as cinco maiores e se aproximando da Nova Central, que tem 1.136. As maiores, por esse critério, são CUT (2.319), Força Sindical (1.615) e UGT (1.277).

A CTB foi criada há pouco mais de 11 anos, em dezembro de 2007. Reúne majoritariamente sindicalistas vinculados ao PCdoB. Antes, esses sindicatos eram filiados à CUT, atuando sob a chamada Corrente Sindical Classista.

Já a CGTB tem origem ainda nos anos 1980, no período imediatamente posterior à ditadura, ainda em fase de reorganização do movimento sindical. Em 1986, foi criada a CGT, sob comando de Joaquim dos Santos Andrade, o Joaquinzão. Três anos depois, houve um "racha" na entidade, levando à existência de duas CGTs – central e confederação, esta presidida por Antônio Rogério Magri, que depois seria ministro do governo Collor.

Posteriormente, a central passou a adotar a sigla CGTB, com atuação de militantes do MR-8. Hoje, a entidade reúne sindicatos ao PPL. No final do ano passado, justamente PCdoB e PPL aprovaram uma fusão entre os partidos.

A CGT deixou de existir em 2007. Ao lado de outras duas centrais, CAT e SDS, se unificaram em torno da UGT. Era um novo período de reorganização, que antecedeu a aprovação da Lei 11.648, que incluiu as centrais no ordenamento sindical brasileiro. Até então, a instância máxima eram as confederações.

Em 2011, foi a vez da própria CGTB viver um conflito interno, que no fim de um tumultuado processo levou à saída do então presidente, Antonio Neto, hoje à frente da CSB. Quem ficou e permanece no comando da central é Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira. Já naquele período, dirigentes da CTB chegaram a sugerir uma fusão entre as entidades, agora perto de se concretizar.
Fonte: Rede Brasil Atual

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