sexta-feira, 29 de março de 2019

Em carta, Centrais Sindicais conclamam trabalhadores a intensificar luta unitária contra a 'reforma' da Previdência

Aos Sindicatos, Federações e Confederações de Trabalhadores

Companheiras e companheiros,

Os trabalhadores e o conjunto do movimento sindical realizaram, no passado dia 22 de março, uma grande jornada de mobilizações no Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência Pública e da Aposentadoria. Em mais de 120 municípios, em todos os Estados da Federação, foram realizadas ações unitárias convocadas pelas centrais sindicais, atos públicos massivos, paralisações e assembleias nos locais de trabalho etc., que mobilizaram os trabalhadores do setor privado, servidores públicos, trabalhadores do campo, aposentados, numa clara demonstração de que o projeto de reforma da previdência do presidente Bolsonaro não terá vida fácil e que é possível derrotá-lo na luta e na mobilização crescente dos trabalhadores e de todo o povo.

Ao mesmo tempo que saudamos e cumprimentamos os dirigentes e ativistas sindicais de todo o país pelo êxito das mobilizações do 22 de março, conclamamos a todos para fortalecer e intensificar a luta unitária contra a reforma da previdência. Nesse sentido, é fundamental:

* Constituir Comitês em Defesa da Previdência Social e da Aposentadoria, amplos e unitários, articulando o movimento sindical, os movimentos populares e outros setores sociais (igrejas, movimento de moradores, culturais etc.) nos municípios e em todas as capitais dos Estados, para dar capilariedade e organizar a luta em todo território nacional;

* Contatar os deputados e senadores de cada Estado, visando esclarecer o posicionamento sindical sobre a reforma da previdência, controlar e publicizar a posição de cada parlamentar sobre o tema junto à sua base eleitoral;

* Investir pesadamente na comunicação com os trabalhadores, visando esclarecer os efeitos nefastos da reforma da Previdência do Bolsonaro sobre os direitos dos trabalhadores da cidade e do campo, dos servidores públicos, dos aposentados, dos idosos, dos jovens, utilizando-se de todos as mídias disponíveis, a imprensa sindical, as rádios e TVs. comunitárias, as redes sociais e o WhatsApp, como forma de romper o cerco midiático pró-reforma;

* Iniciar, prontamente, a organização do 1º de Maio unificado em todo o país, centrado na luta em Defesa da Previdência Social e da Aposentadoria, com grandes atos nas capitais dos Estados e nos municípios;

* Participar ativamente da coleta de assinaturas no abaixo-assinado que será lançado pela centrais sindicais contra a reforma da Previdência. O objetivo é coletar milhões de assinaturas em defesa da Previdência Social e da Aposentadoria. As centrais sindicais disponibilizarão, no menor prazo possível, os formulários do abaixo-assinado e uma cartilha sobre a reforma da Previdência;

* Ampla utilização da Calculadora da Aposentadoria, do DIEESE, importante para comprovar, a cada trabalhador, o impacto negativo da reforma sobre sua aposentadoria. Acionar a calculadora no endereço https://www.dieese.org.br/calculadoraReformaPrevidencia.html;

* Divulgar e participar da 15ª Jornada Nacional de Debates do DIEESE e Centrais Sindicais, edição que terá como tema a PEC 6/2019 da Reforma da Previdência - a ser realizada em todas as capitais dos Estados. Verificar o calendário da Jornada na página do DIEESE, www.dieese.org.br;

Abaixo segue calendário das ações unificadas das centrais sindicais na luta contra a reforma da Previdência:

* Dia 3 de abril – lançamento do abaixo assinado contra a reforma da previdência na Pça. Ramos, São Paulo/SP, 10h00. Será distribuída a Cartilha e montadas mesas para divulgar a Calculadora da Aposentadoria, do DIEESE;

* Dia 9 de abril – ação conjunta dos dirigentes sindicais junto aos parlamentares no aeroporto de Brasília;

* Dia 26 de abril – greve nacional dos professores, organizar em todo o país a solidariedade à greve;

* Dia 1º de maio – atos unificados em todo o país, em Defesa da Previdência Social e da Aposentadoria.
Vamos à luta! Com organização e mobilização é possível derrotar a reforma da Previdência do Bolsonaro.

Recebam nossas cordiais saudações sindicais!

Atenciosamente,

Vagner Freitas – Presidente da CUT
Miguel Eduardo Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah – Presidente da UGT
Adilson Araújo – Presidente da CTB
Antonio Neto – Presidente da CSB
José Calixto Ramos – Presidente da NCST
Ubiraci Dantas de Oliveira – Presidente da CGTB
Atnágoras Lopes – Executiva Nacional da CSP-Conlutas
Edson Carneiro (Índio) – Secretário-geral da Intersindical – CCT
Intersindical...

Fonte: Centrais Sindicais

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