quarta-feira, 15 de maio de 2019

Greve Nacional da Educação ganha força com apoio de pais e alunos

A Greve Nacional da Educação, marcada para quarta (15), em todo o País, ganha força com mobilização de professores, demais trabalhadores em Educação, estudantes e comunidade escolar.

A manifestação tem base em três pontos: 1) reforma da Previdência que prejudica os mais pobres, professores e trabalhadores rurais; 2) contra os sucessivos cortes nas políticas educacionais, que afetam o ensino superior e a educação básica; 3) a ameaça de acabar com a vinculação constitucional que assegura recursos para a educação (Fundeb e outras políticas).

CNTE - Heleno Manoel Gomes Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, prevê grande paralisação dos professores, com apoio de várias categorias. “Estamos mobilizados em todo o território nacional. Já definimos os principais pontos de manifestação”, afirma.

De acordo com o dirigente, também estão mobilizadas associações de pais, entidades estudantis como UNE, Ubes e mesmo associações de prefeitos e municípios. “É importante lembrar que outras categorias estão manifestando apoio, como os petroleiros”, destaca Heleno Araújo.

Masp - Em São Paulo, os atos serão em frente ao Masp, às 14 horas. Celso Napolitano, presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), informa que as escolas estão se reunindo internamente em assembleias e deliberando pela participação. “Também estamos recebendo apoios de grupos de pais e estudantes”, diz. Segundo ele, o trabalho de repassar informações e esclarecimentos sobre o prejuízo da reforma se intensifica a cada dia. “Acredito que vamos chegar à reta final com uma grande adesão à greve”, comenta Napolitano.

Apeoesp - Roberto Guido, secretário de Comunicação da entidade, conta que os diretores realizam visitas às escolas e distribuem informativos. “Agora é importante esse trabalho de esclarecimento pra garantir o maior número de participação dos professores. Portanto, as ações estão sendo aceleradas”, explica Guido.

UNE - A Executiva da União Nacional dos Estudantes se reuniu semana passada, quando decidiu fazer assembleias e atos contra os cortes na educação e em defesa das universidades e institutos federais. “Reforçamos a convocatória pra que todos os estudantes aprovem a Greve Nacional da Educação em assembleias. Além de estarem nas ruas de todo Brasil com os professores e secundaristas”, diz trecho do documento aprovado na sede das entidades estudantis. Clique aqui e leia o documento na íntegra.

Movimento - A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Sindicatos do setor e entidades estudantis se encontraram em Belo Horizonte quinta (9). Eles debateram a formação de um movimento nacional. “A Educação está sendo duramente atacada pelo governo Bolsonaro, e temos que nos organizar para uma luta permanente em sua defesa. Nosso primeiro desafio é a greve nacional dos trabalhadores no ensino, dia 15”, aponta o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis.

Centrais - Dirigentes das Centrais Sindicais se reuniram sexta (10), no Dieese, em SP. Eles decidiram pró-participação na paralisação nacional da Educação, bem como mobilizar para a greve geral contra a reforma da Previdência, em 14 de junho. O clima é de unidade e otimismo. “Estou animado com a mobilização dos Sindicatos”, diz o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes.

Mais informações: www.cnte.org.br, www.contee.org.br, www.une.org.br
Fonte: Agência Sindical

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