sexta-feira, 28 de junho de 2019

Agropecuária evita fechamento de vagas formais em maio. ‘Modernização’ reduz empregos

Setor com característica sazonal abriu 37 mil vagas com carteira, para um saldo total de 32 mil. Indústria e comércio fecharam postos de trabalho

O mercado formal de trabalho praticamente não saiu do lugar em maio, com saldo de 32.140 vagas (0,08%), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (27) pelo Ministério da Economia. O resultado não foi negativo por causa do setor de agropecuária, que tem comportamento sazonal e abriu 37.373 postos de trabalho com carteira no mês passado. Indústria (-6.136) e comércio (-11.305, quase todos na área do varejo) eliminaram vagas, enquanto o setor de serviços ficou estável. O saldo foi menor que o de maio nos últimos dois anos.

Os dados mostram que novidades introduzidas pela “reforma” trabalhista influenciam mais no sentido de fechar vagas do que criá-las, objetivo manifesto do projeto governista, que chama o processo de “modernização”. Foram 19.080 desligamentos por “acordo” em maio, ante saldos de 7.559 vagas de trabalho intermitente e 1.377 de trabalho parcial.

O estoque de empregos formais atingiu 38,761 milhões, praticamente no mesmo nível de 2016 (38,783 milhões). Em maio de 2014, somava 40,941 milhões.

O saldo no ano é de 351.063 vagas formais (crescimento de 0,91% no estoque), principalmente pelo comportamento do setor de serviços (224.271). Isso também acontece no período de 12 meses, com 474.299 (1,24%) de saldo total, sendo 358.750 apenas em serviços.

Mais uma vez, o salário de quem é demitido (R$ 1.745,34) supera o dos contratados (R$ 1.586,17).
Fonte: Rede Brasil Atual

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