terça-feira, 18 de junho de 2019

Para centrais e Dieese, reforma da Previdência ainda tem perversidades

Dirigentes avaliaram a greve geral de 14 de junho como positiva e preparam agora entrega de abaixo-assinado contra a PEC da Previdência na Câmara e no Senado

A greve geral da última sexta-feira (14) foi “muito positiva“, na avaliação das centrais sindicais, que agora se preparam para ir a Brasília, possivelmente na semana que vem, para entregar aos presidentes da Câmara e do Senado abaixo-assinado contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6, que muda as regras da Previdência. Mesmo com alterações no texto feitas pelo relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), os dirigentes mantêm as críticas ao projeto. Eles se reuniram na tarde desta segunda-feira (17) em São Paulo, na sede do Dieese, para avaliar a paralisação e organizar os próximos passos. Ao final de duas horas de encontro, com representantes de 10 centrais, foi divulgada uma nota sobre a greve (leia ao final do texto).

“Houve mudanças importantes (no texto da PEC 6), com a retirada da capitalização e em parte da desconstitucionalização”, afirmou o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. “Mas na essência as regras paramétricas foram mantidas. E são perversas para os trabalhadores“, acrescentou. O instituto deve publicar nesta terça-feira uma nota técnica sobre o relatório apresentado pelo deputado tucano na comissão especial que analisa o projeto do governo.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, disse que o movimento de sexta “teve capilaridade no país todo”. “A unidade das centrais foi fundamental”, afirmou. Segundo ele, as mudanças incluídas no relatório, ainda que insuficientes, “foram fruto das mobilizações dos trabalhadores”. Um dos alvos das centrais é a questão da idade mínima.

“Foi uma greve mais ‘chão de fábrica’ do que em 2017”, comentou o secretário de Finanças da UGT, Moacyr Pereira, referindo-se à paralisação nacional realizada há pouco mais de dois anos pelas centrais. O movimento agora teria se concentrado mais em locais de trabalho. Ele também destacou decisões judiciais contra a greve, particularmente no setor de transporte. “Houve ameaças e práticas antissindicais, mesmo assim os trabalhadores participaram.”

Para o secretário-geral da CGTB, Carlos Pereira, houve uma “vigorosa resposta” do movimento sindical à tentativa do governo de impor a “reforma” no Congresso. “A greve verdadeiramente abriu o debate e rompeu a represa que sustentava o pensamento único segundo o qual a responsabilidade do desastre econômico é da Previdência.”

“A greve mostrou que a classe trabalhadora pode derrotar essa proposta”, disse o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, segundo a Agência Sindical. “Foi pujante e ampliou sua ação para o interior.”

Também estiveram no Dieese dirigentes da CSB, CSP-Conlutas, CTB, Intersindical (duas) e da Nova Central. Eles voltarão a se reunir, no mesmo local, na próxima segunda-feira (24).

Confira o documento das centrais sobre a greve

As Centrais Sindicais, reunidas nesta segunda-feira, 17/06, avaliaram como muito positiva a greve nacional realizada em 14 de junho, que promoveu paralisações em centenas de cidades e em milhares de locais de trabalho, além de atos e passeatas contra o fim da aposentadoria, os cortes na educação e por mais empregos. O sucesso da mobilização é resultado da unidade de ação do movimento sindical, construída ao longo do tempo e renovada nas deliberações das assembleias em locais de trabalho, em plenárias por categoria e intercategorias; e da articulação com os movimentos sociais, populares, estudantil e religiosos.

Essa greve, que atingiu 45 milhões de trabalhadores em todo o país, é um movimento que terá continuidade, com a ampliação da unidade de mobilização.

Nosso próximo passo será, em breve, entregar aos presidentes da Câmara e do Senado abaixo-assinado contra a proposta de reforma da Previdência do governo, com centenas de milhares de assinaturas coletadas em todo o país.

Nossa prioridade será a definição e construção, em reunião marcada para 24 de junho, das ações para ampliar a mobilização e a pressão contra a retirada dos direitos da Previdência e da Seguridade Social.

Agradecemos o compromisso de dirigentes, ativistas e militantes, o envolvimento dos movimentos sociais e a cobertura de toda a mídia. De outro lado, repudiamos as iniciativas de práticas antissindicais que visaram criminalizar a força e a luta dos trabalhadores.

Na unidade, construímos nossa capacidade de luta, que será contínua durante toda a tramitação da PEC no Congresso Nacional.
Fonte: Rede Brasil Atual

Para Maia, crítica de Guedes ao relatório da Previdência unificou a Câmara

Presidente disse ainda que pode instalar a Comissão da Reforma Tributária no dia 27, se a reforma da Previdência for aprovada na comissão especial até o dia 26

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que a crítica do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-RJ) à reforma da Previdência (PEC 6/19), acabou tendo um efeito positivo, porque unificou o Parlamento em torno do texto.

Maia reafirmou que a reforma da Previdência não será impactada pelas crises no governo e que a agenda do Parlamento está focada, além da previdência, nas reformas tributária e administrativa. Ele também destacou que o Congresso também tem debatido propostas que melhorem os indicadores de pobreza no Brasil e reduzam as desigualdades.

Na sexta-feira, Guedes afirmou que a Câmara teria “abortado” a reforma com o parecer apresentado e Maia rebateu dizendo que a Casa blindou a reforma da “usina de crises” do governo.

“A fala dele uniu o Parlamento e nos deu chance estar mais próximos dos governadores e prefeitos. Tem crises ou críticas que vêm para o bem, então acho que fortaleceu a nossa posição e nossa certeza de que Câmara e Senado podem ter um papel de protagonista nesse momento, que nunca tiveram ao longo dos últimos anos”, disse Maia após participar de evento em São Paulo.

Capitalização
Em relação à proposta de capitalização, que foi retirada do relatório da comissão especial da Previdência, Maia afirmou que foi uma decisão correta, porque preservou a economia prevista.

Ele defende que o tema seja debatido no segundo semestre por meio de outra proposta que trate especificamente de capitalização. “Você imagina que R$ 900 bilhões de economia, olhando o que tínhamos há 2 anos atrás que comemorávamos R$ 400 bi, é uma grande economia, somado aos R$ 200 bi da MP 871/19 [a proposta combate fraudes na aposentadoria rural] temos mais de R$ 1 trilhão, está no limite correto”, afirmou.

Reforma Tributária
O presidente da Câmara anunciou ainda que pretende instalar a comissão especial da Reforma Tributária no dia 27 deste mês, caso a reforma da previdência seja aprovada no colegiado até o dia anterior. Segundo ele, uma proposta não pode contaminar a outra e destacou que o mais importante é que a comissão consiga organizar e simplificar o sistema tributário brasileiro.

Presidente do BNDES
Rodrigo Maia também comentou a demissão do presidente do BNDES, Joaquim Lévy, e do diretor de mercado de capitais, Marcos Pinto. Para ele, os dois são importantes para o País e não poderiam ter sido demitidos da forma como foram.

“O Guedes errou, acho que já é passado e está decidido. Queria que o Marcos Pinto pudesse ser aproveitado num debate importante sobre economia com viés social, pois ele é um dos melhores do Brasil nessa área. Uma pena que foi feito dessa forma. Demitir faz parte, é um direito do governo, mas da forma como foi feito, está errado, não se pode tratar as pessoas desse jeito”, criticou.
Fonte: Agência Câmara

Desigualdade aumenta, e renda da metade mais pobre da população cai 40%

Ao mesmo tempo, segmento dos 10% mais ricos acumula 3,3% a mais da renda do trabalho, concentrando 52% de toda renda produzida

De 2014 a 2019, os 10% mais ricos da população elevaram de 49% para 52% a fatia da renda do trabalho, no Brasil, apesar da crise econômica vivida pelo país. Por outro lado, os 50% mais pobres, que antes da crise ficavam com 5,74% da renda do trabalho, viram esse percentual cair para apenas 3,5%, no primeiro trimestre, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) divulgado hoje pelo jornal El Pais Brasil.

Segundo o levantamento, após o período de recessão, quando o Produto Interno Bruto (PIB) caiu cerca de 9%, entre 2014 e 2016, os 10% mais ricos já acumularam crescimento na renda de 3,3%, se tornando mais ricos que antes da crise. Ao mesmo tempo, os 50% mais pobres perderam 20% da renda no período pós-recessão, agravando o quadro de desigualdade.

O total de desempregados atingiu 13,177 milhões, em abril, segundo o IBGE. Já o PIB, soma das riquezas do país, recuou 0,2%, nos primeiros três meses do governo Bolsonaro, em relação ao final de 2018. Com queda na produção, concentração de renda e sem trabalho, o número de famílias endividadas no Brasil já chega a 63,4%, maio, com aumento de 4,4% em relação a igual período do ano passado.

Devido a essas flutuações, o índice Gini, que mede a desigualdade de renda nos países, registrou o valor de 0,6257 para março de 2019. É a pior marca desde 2012, quando o índice passou a ser medido com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. De 0 a 1, quanto maior o Gini, mais desigual é uma sociedade.

Antes de ser medida pena Pnad Contínua, o índice registrou longa trajetória de queda, desde 1990, quando beirava 0,75, para pouco acima de 0,68, em 2010. Pela série nova, atingiu o valor mais baixo, de 0,6017, em março de 2015, quando começou a subir, devido ao aumento na concentração de renda.

Segundo o pesquisador Daniel Duque (Ibre-FGV), os mais pobres sentem mais os impactos da crise, e de maneira mais prolongada, devido à falta de dinâmica no mercado de trabalho. “Há menos empresas contratando e demandando trabalho, ao passo que há mais pessoas procurando. Essa dinâmica reforça a posição social relativa de cada um”, diz Duque, na reportagem.
Fonte: Rede Brasil Atual

Senadores planejam massacrar Moro na CCJ

O ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de extrema-direita , Sergio Moro, enfrentará páreo duro durante audiência no Senado nesta quarta-feira (19); até o senador Randolfe Rodrigues, defensor entusiasta da Lava Jato declarou que "se Jair Bolsonaro indicar o nome de Moro para ser ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), assistiremos a algo inédito: a rejeição, no Senado, de um candidato do presidente à corte”.

A jornalista Mônica Bergamo aponta em sua coluna na Folha de S.Paulo que o ministro deve enfrentar ambiente hostil na audiência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado.

Dos 54 parlamentares que a integram, 23 devem bater duro no ex-juiz. Moro já enfrentava resistência entre os senadores, que aumentou com a revelação das manipulações que fez à frente da Operação Lava Jato em conluio com o procurador Deltan Dallagnol.

A situação de Moro é tão precária que até o senador Randolfe Rodrigues, defendor entusiasta da Lava Jato declarou que "se Jair Bolsonaro indicar o nome de Moro para ser ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), assistiremos a algo inédito: a rejeição, no Senado, de um candidato do presidente à corte”.
Fonte: Brasil247

Produtividade do trabalho no país recua 1,1% no primeiro trimestre

A produtividade por hora trabalhada no país, calculada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 1,1% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o primeiro trimestre de 2018. O dado é calculado com base nas Contas Trimestrais e na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No trimestre anterior, a produtividade havia crescido 0,1%. Considerando-se os grandes setores da economia, apenas a agropecuária teve alta na produtividade do trabalho na comparação do primeiro trimestre do ano com o mesmo período de 2018 (0,4%). Na indústria e nos serviços, houve recuo de 1,2% no período.

No acumulado de quatro trimestres, a produtividade no trabalho recuou 0,3%. Entre os setores, apenas os serviços tiveram queda nesse tipo de comparação (-0,8%). Na indústria, houve crescimento de 0,6% e, na agropecuária, 1,5%.
Fonte: Agência Brasil

Conselho de Comunicação quer ouvir Glenn Greenwald do Intercept

O Conselho de Comunicação Social (CCS) fará uma audiência com o jornalista do The Intercept, Glenn Greenwald. O site vem divulgando mensagens trocadas entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol, durante a operação Lava Jato. Os conselheiros ficaram divididos sobre a questão, que foi decidida com o voto do presidente do conselho, Murilo Aragão.
Fonte: Agência Senado

Manifestações contra a ‘reforma’ da Previdência mobilizam cerca de 45 milhões de pessoas no país

Atos foram realizados nas capitais e em 375 cidades do Brasil. Em São Paulo, cerca de 50 mil estiveram na Avenida Paulista no começo da noite, segundo organizadores

Mais de 45 milhões de brasileiros cruzaram os braços e aderiram à greve geral desta sexta-feira (14), em repúdio à proposta de “reforma” da Previdência do governo Bolsonaro, segundo representantes das centrais sindicais. Houve atos em mais de 375 cidades do país, incluindo as capitais, como mostra o Mapa Interativo produzido pelo Armazém Memória e a Comissão Justiça e Paz de São Paulo, com apoio da CUT e da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Em São Paulo, o ato na Avenida Paulista reuniu, no começo da noite, cerca de 50 mil pessoas, de acordo com os organizadores. Na manifestação, o presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que o Brasil deu um recado ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, uma mensagem clara contra a “reforma” da Previdência.

“O relatório (do deputado Samuel Moreira) é ruim. Não concordamos. Ele é melhor que a reforma do Bolsonaro, mas também retira direitos, portanto não vamos arrefecer a luta só porque tiraram a capitalização e outras medidas. A CUT vai continuar organizando greves até derrubar totalmente esta reforma”, afirmou.

Vagner Freitas criticou também a falta de uma política econômica que crie emprego e renda. Segundo ele, o país está parado e inerte, enquanto o governo se esconde atrás da aposentadoria do pensionista para resolver a crise econômica.

Pelo país
No Paraná, o dia foi de protestos nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Matinhos, Paranavaí e Guarapuava. Ainda na região Sul, mais de 30 mil pessoas saíram em passeata pelas ruas de Florianópolis, contra as mudanças na aposentadoria e também e contra os cortes na educação. “A nossa luta unificou, é estudante junto com trabalhador”, diziam os manifestantes. No Rio Grande do Sul, houve atos na capital Porto Alegre e em dezenas de cidades do interior do estado.

Na região Nordeste, houve manifestações em João Pessoa, Salvador, Aracaju e Natal, além de dezenas de cidades do interior. No Rio de Janeiro, o principal palco das manifestações foi a Candelária, no centro, que ficou lotada de manifestantes, além de atos nas cidades de Paraty e Campos de Goytacazes.
Fonte: Rede Brasil Atual

Sem capitalização e manter idade mínima não basta, dizem sindicalistas

Por Hora do Povo

A greve convocada pelas Centrais Sindicais contra os ataques de Bolsonaro e seu ministro da Economia Paulo Guedes à aposentadoria de milhões de brasileiros tomou conta do país, com paralisações, protestos e manifestações em todos os estados e no Distrito federal.

Segundo avaliação das entidades, a mobilização envolveu mais de 45 milhões de trabalhadores em todo o Brasil.

“O recado foi dado, e queremos que seja levado em conta”, comentou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

“Acho que a greve geral atendeu à expectativa de mostrar que os trabalhadores estão descontentes”, disse o sindicalista em coletiva de imprensa e manifestação das Centrais em frente à sede do INSS em São Paulo, após um balanço das primeiras horas da greve.

Questionado sobre as mudanças na proposta do governo feitas pelo relator da PEC 6 na comissão especial da Câmara, que entre outros itens, retira a capitalização, o presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou que o projeto continua ruim. “Não adianta tirar capitalização e manter idade mínima”, disse. “Não vamos aceitar retirada de direitos”.

Ele também avaliou positivamente a greve: “O movimento de hoje deixou claro que a reforma da Previdência não tem apoio na sociedade”.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical também ressaltou que “essa reforma da Previdência acentua a desigualdade e prejudica os mais pobres. O governo quer que os brasileiros contribuam mais e recebam menos. É inaceitável”.

Para o secretário de Relações Internacionais da CTB, Nivaldo Santana, “houve uma grande greve no Brasil e a reforma como um todo precisa ser rediscutida”.

Segundo Nivaldo, “não podemos aceitar esse samba de uma nota só, dizendo que a reforma é uma panaceia para todos os males. A Previdência deve garantir o sistema de repartição, os direitos. O importante é estabelecer uma mesa de negociação no parlamento, e que as opiniões dos trabalhadores sejam consideradas.”

O secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro, o Índio, disse que mesmo com as mudanças propostas pelo relator da PEC, “não temos nenhuma razão para não seguir na luta”. Ela “manteve as crueldades, como idade mínima, redução do valor da pensão e mudança na forma de cálculo”.

Uma das representantes das mulheres na mobilização, categoria social que será das mais atingidas caso a reforma seja aprovada, a vice-presidente da Confederação das Mulheres do Brasil, Lídia Correa, ressaltou: “Nós fazemos dupla ou tripla jornada e vamos trabalhar ainda mais, contribuir mais e receber menos. Além disso, vai agravar a situação econômica do País”.

“Nós estamos à beira de um colapso. E piora quando você tira direitos, recursos dos trabalhadores e da sociedade. Agrava mais ainda a já combalida economia”, afirmou Lídia Correa.
Fonte: Portal Vermelho

STF suspende todos os processos do país que envolvem demissão imotivada em estatais

Decisão de Alexandre de Moraes foi proferida em recurso de empregados demitidos em 1997 pelo Banco do Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender todos os processos do país em que se discutem demissões imotivadas de funcionários públicos contratados por concurso. Na prática, os empregados de estatais e de sociedades de economia mista admitidos por concurso não podem ser demitidos sem motivo enquanto o plenário da Corte não definir se esta ação das empresas é constitucional. A definição da matéria pode repercutir na Petrobras e na Caixa Econômica Federal.

“Decreto a suspensão do processamento de todas as demandas pendentes que tratem da questão em tramitação no território nacional”, escreveu Moraes no despacho. A decisão foi proferida em recurso de empregados demitidos em 1997 pelo Banco do Brasil. Eles tiveram recurso negado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

No recurso, os autores argumentaram que sociedades de economia mista não podem praticar a dispensa imotivada de seus funcionários, já que obedecem aos princípios constitucionais da legalidade, da moralidade e da publicidade, do artigo 37 da Constituição Federal. Eles sustentam também que há precedente do plenário do STF segundo o qual essas empresas devem motivar as demissões.

Já o argumento do Banco do Brasil é de que empresas públicas estão submetidas ao regime jurídico das empresas privadas e, portanto, não precisam de motivação em seus atos administrativos.

Em dezembro, Moraes, relator do caso, decidiu que a matéria é constitucional. “Os consistentes argumentos colocados pela parte agravante recomendam que a matéria tenha sua repercussão geral apreciada”, disse, em despacho na ocasião. “De fato, está presente matéria constitucional de indiscutível relevância, com potencial de afetar milhares de relações de trabalho e de repercutir na atuação dos bancos públicos no mercado financeiro.”
Fonte: Rede Brasil Atual

Presidente do BNDES pede demissão

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, pediu hoje (16) demissão do cargo. Em mensagem enviada ao ministro da Economia, Paulo Guedes, Levy solicitou desligamento da presidência do banco e disse esperar que o ministro aceite.

"Solicitei ao ministro da Economia, Paulo Guedes, meu desligamento do BNDES. Minha expectativa é que ele aceda. Agradeço ao ministro o convite para servir ao País e desejo sucesso nas reformas", disse.

Levy agradeceu ainda aos funcionários do BNDES, "que têm colaborado com energia e seriedade para transformar o banco, possibilitando que ele responda plenamente aos novos desafios do financiamento do desenvolvimento, atendendo às muitas necessidades da nossa população e confirmando sua vocação e longa tradição de excelência e responsabilidade".

Sábado (15), Bolsonaro disse que Levy estava "com a cabeça a prêmio há algum tempo. Estou por aqui com o Levy”, afirmou o presidente em frente ao Palácio da Alvorada, pouco antes de embarcar para um evento no Rio Grande do Sul.

O motivo do descontentamento, afirmou Bolsonaro, foi a nomeação do advogado Marcos Barbosa Pinto para o cargo de diretor de Mercado de Capitais do BNDES, responsável pelos investimentos do BNDESPar, braço de participações acionárias do banco de fomento, que administra carteira superior a R$ 100 bilhões.

O presidente pediu que Levy demitisse o diretor. Para Bolsonaro, o nome não era de confiança, e “gente suspeita” não poderia ocupar cargo em seu governo. Ainda na noite desse sábado, Barbosa Pinto entregou sua carta de renúncia ao cargo. Ele foi chefe de gabinete de Demian Fiocca na presidência do BNDES, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Fonte: Agência Brasil

Davi Alcolumbre manifesta indignação com ameaças a senadores

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou nesta sexta-feira (14) estar indignado com as notícias de que senadores estão sendo ameaçados por defenderem a derrubada do decreto que flexibiliza o porte de armas (Decreto 9.785/2019).

Na visão do presidente, é no mínimo preocupante que o direito e o dever do exercício da atividade parlamentar, legitimado pelo voto do povo, “sejam restringidos por meios covardes e, inclusive, de flagrante injustiça e afronta à segurança dos parlamentares”. Davi ainda disse esperar que os que cometem esse tipo de crime repensem seus atos que pesam não só contra a pessoa de cada parlamentar, mas contra a própria manifestação democrática.

— Como presidente do Congresso, tomarei as providências necessárias para garantir a proteção e a liberdade de expressão constitucional e política de cada legislador — declarou o presidente, por meio do Twitter e de nota pública.

Um dos articuladores para a suspensão do decreto das armas, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) denunciou que recebeu ameaças por telefone e por meio de mensagens no WhatsApp. Ele registrou um boletim de ocorrência na quinta-feira (13). O projeto (PDL 233/2019) que pode suspender o decreto das armas, de autoria de Randolfe, deve ser votado no Plenário do Senado nesta terça-feira (18).

— Não vão nos intimidar! As ameaças traduzem o desespero das milícias digitais de Bolsonaro e reafirmam a importância do nosso trabalho contra o atraso civilizacional e os retrocessos representados por este governo! — afirmou Randolfe, pelo Twitter.
Fonte: Agência Senado

CCJ: audiências na Justiça Trabalhista não podem atrasar mais que meia hora

Advogados e partes não precisam aguardar mais do que meia hora para o início de audiências na Justiça Trabalhista. É o que diz projeto de lei (PL 1.539/2019) do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), que obteve parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em 22 de maio. O relator na CCJ, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), lembra que o prazo é o mesmo fixado no Código de Processo Civil (Lei 13.105, de 2015). Caso seja adiada por esse motivo, a audiência será remarcada para a data mais próxima possível. Aprovada em caráter terminativo na comissão, a proposta seguiu para votação na Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado

Comissão debate impactos da reforma da Previdência entre servidores

A comissão especial da reforma da Previdência (PEC 6/19) realiza seminário nesta segunda-feira (17), na Câmara Legislativa do Distrito Federal, para debater os impactos da proposta nos servidores públicos residentes na capital. O evento atende pedido do deputado Professor Israel Batista (PV-DF).

Foram convidados para o debate:
- o secretário executivo do Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle, Unacon, Bráulio Cerqueira;
- o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Floriano Martins;
- representante do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Larissa Benevides;
- o secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho;
- o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde), Marli Rodrigue;
- o secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim; e
- a representante do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro), Rosilene Corrêa.

Hora e local
O seminário terá início às 9 horas, no auditório da Câmara Legislativa do DF.
Fonte: Agência Câmara