sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Cobrado pelos sindicatos, Sebastiani diz que trará nova proposta na próxima terça

O diretor de Finanças e Relações com Investidores e Participações da Copel, Luiz Eduardo Sebastiani, compareceu à mesa de negociações com os sindicatos nesta quinta-feira (3) à tarde, em Curitiba.

Antes de chegada de Sebastiani, os sindicatos conseguiram fazer com que a Copel melhorasse a proposta ruim apresentada na quarta (2). Ainda assim, consideramos que o avanço ficou muito aquém do que esperam os copelianos.

Questionado a respeito pelos sindicalistas, o diretor informou que irá levar as reivindicações à diretoria da empresa. Ele garantiu que haverá esforços para que uma nova proposta seja elaborada.

Diante disso, os sindicatos dão um voto de confiança à Copel e concordam em retomar as negociações a partir de uma nova proposta na próxima terça-feira (8), como propôs Sebastiani.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

ACT 2013/14: sindicatos rejeitam proposta econômica e confiam em avanços

A proposta inicial oferecida pelos representantes da Copel na negociação do ACT 2013/14 está muito aquém das reivindicações feitas pelos copelianos e entregues à empresa pelos 13 sindicatos que representam os trabalhadores que permaneceram unidos até o fim da greve de 2012.

A Copel ofereceu reajuste salarial pelo INPC (estimado em menos de 6%), sem aumento real, se recusou a negociar a reposição de 16,21% para compensar perdas históricas, se negou a discutir a volta do ATS (Adicional por Tempo de Serviço). Para auxílio-alimentação, auxílio-creche e auxílio-educação, ofereceu de antemão reajuste pelo INPC.

Essa proposta foi totalmente rejeitada, na mesa de negociações, pelos sindicatos. Como um dos representantes da Copel afirmou, “a negociação não está encerrada”. Assim, os sindicatos retomam a negociação com a empresa, nesta quinta (3), com a confiança de que é plenamente possível que haja avanços na tímida oferta feita agora à tarde.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

No primeiro dia das discussões do ACT 2013/14, Copel diz que irá negociar

O primeiro dia de negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2013/14 foi dedicado integralmente – a pedido da Copel – à leitura da seção administrativa da pauta de reivindicações elaborada pelos 13 sindicatos que representam os trabalhadores que se mantiveram unidos até o fim da greve de 2012.

A notícia mais importante do dia, assim, é o fato de representantes da Copel terem afirmado aos sindicatos que o diretor financeiro Luiz Eduardo Sebastiani irá “encaminhar a negociação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados)” de 2014. “Mais que um compromisso, [a negociação com os sindicatos] é algo que já demorou”, disse um dos representantes da empresa.

Por outro lado, a Copel não se mostrou inclinada a aceitar que se inclua no novo ACT uma cláusula em que a empresa se obriga a negociar a PLR com os sindicatos.

Além da PLR, os representantes da Copel disseram que trarão respostas até o fim das negociações às reivindicações das cláusulas 33 (assistência jurídico aos empregados), 36 (acompanhamento médico de dependentes) 37, parágrafo 1 (compensação de dias úteis entre finais de semana e feriados ou em datas especiais conforme calendário anual prévio, com acréscimo de jornada diluída em outros dias) e 39 (liberação de dirigentes sindicais para atendimento e defesa dos interesses dos trabalhadores).

Com o pedido dos representantes da empresa para que se avaliem propostas administrativas formuladas pela direção, na manhã desta quarta (2), a negociação da parte mais importante do ACT (a seção econômica) deverá começar após o almoço.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Auxílio-doença de curto prazo pode ser liberado sem perícia

O INSS estuda liberar o auxílio-doença sem o beneficiário ter que se submeter à avaliação da perícia médica na agência do instituto.

Uma nova proposta prevê concessão automática, apenas com atestado médico, em casos de afastamento de curta duração (de até 30 ou 45 dias; o prazo será definido).

O novo sistema serviria só para pedidos de auxílio-doença comuns, motivados por doença ou acidente sem relação com o trabalho. Aqueles motivados por acidente no trabalho ou doenças ocupacionais, que geram o auxílio-doença acidentário, continuarão exigindo perícia.

A implementação está prevista para abril de 2014, pelo cronograma da Previdência. Segundo o INSS, a concessão automática se justifica pelo crescente volume de requisição dos benefícios por incapacidade, que hoje perfazem metade dos pedidos.

Só em julho, a Previdência liberou 415 mil benefícios ao todo, 213 mil dos quais eram de auxílio-doença. O instituto diz ainda que 41% dos benefícios de auxílio-doença costumam durar até 60 dias.

SISTEMA ATUAL
Hoje, o trabalhador que precisa se afastar por mais de 15 dias por acidente ou doença só consegue o auxílio passando pela perícia na agência. A espera média para ser atendido é de 20 dias, mas em Estados como Alagoas e Maranhão o tempo pode dobrar.

Como o INSS tem até 45 dias para conceder o benefício, o segurado pode esperar mais de dois meses para receber.

O novo projeto prevê que os segurados com atestado de "curta duração" continuem agendando a perícia, e um servidor administrativo fará a liberação do auxílio. Como o sistema ainda está em construção, é possível que outras formas sejam definidas.

O INSS informou que ainda estuda a possibilidade de concessão sem que o segurado vá ao posto previdenciário, mas isso depende de comunicação entre o médico e o sistema da Previdência.

Uma das preocupações com a mudança vem do possível aumento nas fraudes. "Sem perícia, as fraudes podem aumentar", diz o coordenador do sindicato de trabalhadores em saúde e Previdência de Pernambuco, José Bonifácio.

Avaliação semelhante tem o diretor do Sindicato Nacional dos Médicos Peritos Previdenciários, Francisco Eduardo Cardoso Alves. "Só médicos são capazes de confirmar a incapacidade." O INSS diz que "o processo será continuamente avaliado e acompanhado internamente, como já ocorre".

Fonte: Jusbrasil

Negociações do ACT 2013/14 começam nesta terça (1.º)

As negociações para o Acordo Coletivo de Trabalho 2013/14 começam nesta terça-feira (1.º), em Curitiba. Nesta primeira rodada, as negociações se estendem até a quinta (3). Nos três dias, as reuniões se estendem das 9h às 17h. Como em 2011 e 2012, você pode acompanhar o desenrolar das negociações no blog, no Facebook e na home page.

Os 13 sindicatos que representam os trabalhadores que se mantiveram firmes e unidos durante a greve de 2012 esperam que o atraso de 15 dias em relação à data inicialmente proposta à Copel signifique que a empresa preparou uma proposta que atenda às reivindicações dos trabalhadores.

Se, ao contrário, a empresa trouxer à mesa de negociações intransigência e insensibilidade, os trabalhadores já sabem como responder: com união e mobilização. A campanha salarial de 2012 já demonstrou isso. Força, nós já mostramos que temos. E estamos prepararmos para usá-la novamente, se precisarmos.