sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

COMUNICADO SINDENEL - COPEL

O CSMEC - Coletivo Majoritário dos Empregados da COPEL-, composto pelas entidades SINDENEL, SINDELPAR, SINTEC, SINDESPAR, SINTESPAR, esteve reunido hoje (20/02), discutindo a pauta para a reunião quadrimestral com a COPEL prevista para este mês. Além dos assuntos pendentes do Acordo Coletivo, estaremos incluindo os seguintes temas para discussão com a empresa :
Situação atual do PSDV.
Inclusão nas Atas das reuniões o posicionamento dos sindicatos.
Emissão dos PPPs ( Perfil Profissiográfico Previdenciário ) 
Atestados médicos ( exigência de prontuário/laudo ).
Contingenciamento do período de férias.
Reunião específica de segurança.
Informações sobre o FAP ( Fator Acidentário de Prevenção ).

Aguardem as novidades sobre a reunião e encaminhamentos dos sindicatos.
A DIRETORIA

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Senadores defendem derrubada do veto de Dilma à correção de 6,5% do IR

Numa demonstração de que o Palácio do Planalto enfrenta dificuldades no Congresso e que são grandes as chances de ser derrotado na próxima semana, senadores de diferentes partidos defenderam nesta quarta-feira, na sessão do Senado, a derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff à correção de 6,5% da tabela do Imposto de Renda (IR) na fonte em 2015. O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que ele e os senadores do partido votarão para derrubar o veto. Até mesmo o senador petista Paulo Paim (RS) defendeu a correção de 6,5%, afirmando que o voto será aberto e quem, por isso, ficará mais fácil a derrubada do veto presidencial.

O debate foi iniciado pelo senador José Antônio Reguffe (PDT-DF), que pediu que o Congresso derrube o veto na votação marcada para a próxima terça-feira (dia 24).

- Tenho certeza de que o voto de toda a bancada do PSDB no Congresso Nacional, na Câmara e Senado, será, naturalmente, pela derrubada do veto presidencial, para não penalizar ainda mais o contribuinte brasileiro. O Governo provocou a doença fiscal que o País vive hoje e chama o contribuinte para tomar o remédio pagando mais impostos. Isso não está correto, isso não está justo. Estaremos juntos, senador Reguffe - disse Cássio Cunha Lima.

O líder do PSDB disse que a carga tributária aumentou e que até mesmo parte da base aliada é a favor da correção de 6,5% e quer derrubar o veto de Dilma. A correção de 6,5% foi aprovada pelo Congresso no final de 2014 pela Câmara e pelo Senado, por iniciativa do DEM, que incluiu a proposta numa Medida Provisória enviada pelo governo. Em 19 de janeiro, a presidente Dilma vetou a proposta e prometeu enviar nova MP com correção de 4,5%, o que não fez até hoje. Na semana passada, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu um aviso a Dilma: que sem uma proposta alternativa para o IR, o veto seria derrubado e ela seria derrotada.

Agrado ao Movimento Sindical
Sabendo das dificuldades, há integrantes dentro do Palácio do Planalto defendendo que Dilma aceita a correção de 6,5%. A proposta evitaria uma derrota política no Congresso e agradaria o movimento sindical, como antecipou O GLOBO na edição do último dia 17.

- Acredito que parte da base quer derrubar o veto, ainda mais com o voto aberto - disse Cássio Cunha Lima, lembrando que as regras para votar os vetos presidenciais mudaram na semana passada.

Primeiro a tratar do assunto na sessão de ontem, em plena Quarta-Feira de Cinzas, Reguffe lembrou que Dilma nem mesmo cumpriu a promessa de corrigir a tabela do IR e, 4,5%.

- Quero defender a derrubada desse veto, dizer que meu voto será pela derrubada do veto e dizer que a recuperação do poder aquisitivo do brasileiro deveria ser um compromisso de todos aqueles que têm responsabilidade pública - disse Reguffe.

O senador Paulo Paim disse que a votação aberta vai exigir que os parlamentares tenham uma postura de coerência: para ele, quem votou a favor da correção de 6,5%, deve derrubar o veto.

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- E esse momento vai ser um momento decisivo para que a gente tire essa dúvida, porque todos votamos aqui a tabela do Imposto de Renda no voto aberto. Agora, como o voto não é secreto, vai dar para mostrar quem está sendo coerente com o seu próprio voto, com a sua história e com a sua vida. Não é questão de ser conta ou a favor do governo: votou a favor (dos 6,5%), na apreciação do veto, se não é secreto, por coerência, deverá acompanhar a mesma posição (a favor dos 6,5%) - disse Paim.

- Não é um tema partidário, é um tema de interesse da classe trabalhadora - acrescentou Ana Amélia (PP-RS).

Mais diplomático, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que era preciso discutir a derrubada do veto, mas tentar uma negociação com o governo diante do problema do ajuste fiscal.
Fonte: O Globo

UGTpress: ROTA DA INCOMPETÊNCIA

REDES SOCIAIS X GRANDE IMPRENSA: as redes sociais estão sim, tendo influência no debate nacional. Cada vez mais isso será notado. A classe média, especialmente, vem sendo protagonista deste debate e discutindo com mais rigor as medidas governamentais, notadamente as econômicas. Fala o que talvez a grande imprensa não possa (ou não queira) falar. O fórum apropriado tem sido as redes sociais. Há que se descontar os ressentimentos eleitorais ali também destilados. Sobretudo, os noticiários televisivos vêm levando um baile da garotada: a ausência de opinião, a leitura anódina dos fatos e a “imparcialidade” dos veículos saltam aos olhos, mesmos dos telespectadores mais alienados ou despolitizados. É emblemática a postura de ódio à classe média de alguns dos nomes mais notórios da esquerda brasileira (Marilena Chauí, que o diga). Mas, pouco se pode fazer contra isso, embora alguns nomes de peso já estejam defendendo a censura na internet. Lutar contra esse tipo de censura ou de regulação é dever de todas as organizações sociais.
JOAQUIM LEVY: o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é um homem de seu meio, respeitado onde trabalha, embora não seja ainda popular. Do ponto de vista acadêmico, seu doutorado foi feito na Universidade de Chicago, um templo do liberalismo econômico mundial. Já fez parte do governo, ocupando o cargo de Secretário do Tesouro Nacional no governo Lula, quando Antonio Palocci era ministro da Fazenda. Em seu primeiro mês, anunciando medidas impopulares, mostrou-se calmo, comedido e transparente, apenas justificando a posição em função dos ajustes necessários. O jornal “O Estado de São Paulo” (11-01) deu meia página sobre o “fogo amigo”, informando sobre reclamações dos colegas de ministérios e de parlamentares do PT e da base aliada. Não deu bola. Também já se postou à frente do computador para responder as perguntas dos internautas. Há um novo estilo no Ministério da Fazenda e convém prestar atenção.
BNDES: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o maior banco brasileiro de fomento. Desde o mandato de Lula, o governo brasileiro vem alocando recursos do Tesouro Nacional para o BNDES. Calcula-se que esses repasses foram da ordem de 400 bilhões de reais, algo, no mínimo, impressionante. Mas, o BNDES, montado em bilhões de reais, ficou vesgo, deitou seu olhar para outros países e passou a financiar projetos executados por empresas brasileiras no exterior. Não seria ruim se internamente tudo estivesse pronto e acabado, o que não é o caso. Desconfia-se que, também aí está a nossa velha e inexpugnável promiscuidade entre o Poder Público e os grandes empresários, estes, em geral, sócios do Estado, conforme atesta a nossa história econômica. Nossos órgãos fiscalizadores (e nossa imprensa) ainda não descobriram nada de estranho nesses negócios, embora, vez ou outra algumas gotas de dúvidas sejam salpicadas em nossas redes sociais. Esperemos.
ROTA DA INCOMPETÊNCIA: já se sabe que nossos órgãos fiscalizadores e nossas polícias não estão aparelhados para confrontarem os inúmeros casos de desvios de recursos públicos, sejam da administração direta ou indireta, de empresas estatais ou mistas. Não há como se inteirar do fio da meada ou investigar, tecnicamente e a fundo, todos os fatos e suas interligações entre empresas, membros de governos e parlamentares da República. Para isso, seria necessário um número razoável de servidores públicos capaz de vasculhar os porões e compartimentos dessas repartições todas. Impossível com o pessoal que temos. Essa situação ajuda a perpetuar a impunidade, já que, quando esses casos chegam aos tribunais,  chegam cheios de erros e vícios de origem, tornando praticamente impossível o julgamento isento e reparador das ilegalidades. Isso, sem falar da morosidade que acompanha todo o processo. Uma solução seria permitir que os órgãos fiscalizadores ou policiais se valessem do concurso de empresas privadas de auditoria e contabilidade, uma complicação para lá de insuperável. Então, quando a impunidade se caracteriza, sobra a percepção popular de amplo conluio, levando ainda mais ao desgaste das instituições. 
ATUALIDADES: como foi previsto pelos comentaristas sérios, não seria possível manter a inflação sob preços artificialmente controlados. Olhando para trás, o 1,24% de inflação de janeiro eleva o índice dos doze meses para 7,14%, portanto acima da meta. Se olharmos para frente, o resultado só não é imprevisível porque o governo Dilma.2 entrou em 2015 observando os mandamentos da ortodoxia econômica. Mesmo assim, são poucos os que afirmam que a inflação ficará dentro da meta de 2015 (6,5%), Haverá complicadores permanentes: crise na energia, baixa produção agrícola e alta no dólar, todos esses fatores forçam a elevação de preços em vários setores. Efeito cascata. As previsões mostram que, nos primeiros três meses deste ano, a inflação superará 1% (um por cento) ao mês. Depois dos primeiros 100 dias do Dilma.2 é que teremos mais clareza sobre o que vai, de fato, acontecer. A única garantia de preços mais baixos, por enquanto, é a recessão e esta trará mais dor de cabeça.