quinta-feira, 1 de junho de 2023

Igualdade salarial entre mulheres e homens passa na CAE e vai ao Plenário

 A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, nesta quarta-feira (31), o projeto de lei que torna obrigatória a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens para trabalho de igual valor ou no exercício da mesma função. A proposta, da Presidência da República, foi aprovada no início do mês pela Câmara e tramita em regime de urgência. Agora, o PL 1.085/2023 segue para votação no Plenário do Senado.


O projeto foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) e pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Na CAE e na CAS, o projeto foi relatado pela senadora Teresa Leitão (PT-PE), que apresentou parecer favorável, com emenda de redação. Ela rejeitou as 14 emendas apresentadas ao texto.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

CCJ aprova mais rapidez a medidas de natureza cível de proteção à mulher

 A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (31) um projeto que permite maior rapidez nas decisões cíveis relacionadas ao combate à violência contra as mulheres (PL 5.609/2019). O projeto faz uma atualização à Lei Maria da Penha (Lei 11.340 de 2006) em relação ao Código de Processo Civil (CPC) de 2015, já que, quando a lei entrou em vigor, o CPC vigente era o de 1973.


Texto teve relatório favorável da senadora Tereza Cristina (PP-MS) segue para a análise da Câmara dos Deputados.

Fonte: Agência Senado

Caged: Saldo líquido de emprego formal é positivo em 180.005 vagas em abril

 O dado veio abaixo da estimativa do consenso Refinitiv, que esperava a criação de 204,8 mil vagas no mês de abril


Após a criação de 192.915 vagas em março – dado revisado nesta quarta-feira (31) – o mercado de trabalho formal mostrou nova desaceleração e registrou um saldo positivo 180.005 carteiras assinadas em abril, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta pelo Ministério do Trabalho.


O dado veio abaixo da estimativa do consenso Refinitiv, que esperava a criação de 204,8 mil vagas no mês.


O resultado do mês passado decorreu de 1.865.279 milhão de admissões e 1.685.274 milhão de demissões. Em abril de 2022, houve abertura de 205.499 vagas com carteira assinada, na série ajustada.


O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês, e o resultado veio acima da mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que era de saldo positivo de 173.000 vagas. As projeções indicavam a abertura líquida de 100.000 a 285.536 vagas em abril.


No acumulado dos quatro primeiros meses de 2023, o saldo do Caged já é positivo em 705.709 mil vagas. No mesmo período do ano passado, houve criação líquida de 825.490 postos formais.

Fonte: InfoMoney

Acordo que reduz direitos só vale com autorização constitucional, diz TST

 A possibilidade de redução de direitos trabalhistas mediante negociação coletiva só existe nos casos em que há autorização expressa da Constituição, dos tratados e convenções internacionais ou de normas infraconstitucionais que assegurem o patamar mínimo civilizatório.


Esse foi o entendimento adotado pela 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho para dar provimento a um recurso de revista por violação ao artigo 7º, XVI, da Constituição Federal, condenando uma empresa a pagar as diferenças de horas extras a um trabalhador.


No recurso contra decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF e TO), o trabalhador sustentou que foi contratado para trabalhar 40 horas semanais e pediu a aplicação da Súmula 431 do TST, que determina que é inaplicável o acordo coletivo que fixa o divisor 220 para empregados que trabalhem 40 horas por semana.


O divisor 220 é um critério matemático usado para o cálculo da remuneração do trabalhador, apontando o valor da hora do salário e o valor do pagamento adicional por hora extra.


No caso julgado, o empregado defendeu que o uso do divisor 220 não era válido, uma vez que ele estabelecia horas extras em valor inferior ao de sua jornada habitual, o que violaria o artigo 7º, inciso XVI, da Constituição e o artigo 64 da CLT.


Ao analisar o caso, a relatora da matéria, ministra Maria Helena Mallmann, lembrou que o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do ARE 1.121.633, firmou maioria no sentido de que "são constitucionais os acordos e as convenções coletivos que, ao considerarem a adequação setorial negociada, pactuam limitações ou afastamentos de direitos trabalhistas, independentemente da explicitação especificada de vantagens compensatórias, desde que respeitados os direitos absolutamente indisponíveis".


A julgadora, contudo, pontuou que o princípio da proibição do retrocesso foi consagrado na Constituição brasileira. "É verdade que o próprio constituinte incumbiu os atores sociais da possibilidade de mitigar alguns direitos como forma de manutenção de alguns outros benefícios e da própria empregabilidade. Essa autorização, todavia, não importa na remoção da Constituição Federal do vértice de toda a ordem jurídica nacional, porque o princípio do não retrocesso está consagrado no caput do art. 7º da Lei Maior."


A ministra sustentou que, apesar das peculiaridades do Direito do Trabalho, não há como defender que o Supremo, ao julgar a ARE 1.121.633 sob a sistemática da repercussão geral, removeu a supremacia da Constituição Federal frente a qualquer outra norma produzida pelo legislador ordinário ou pelos atores sociais.


"Qualquer norma que seja conflitante com a Lei Maior há de ter a sua eficácia rechaçada pelo Poder Judiciário. Igualmente, aqueles tratados internacionais acerca de direitos humanos não recepcionados na forma do art. 5º, §3º, da Constituição Federal assumem status de normas supralegais, consoante já foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (RE 466.343-SP)."


Diante disso, ela votou pela condenação da empresa a pagar as diferenças de horas extras decorrentes da utilização do divisor 220 entre junho de 2012 e outubro de 2014, com repercussão em repouso semanal remunerado, férias com o respectivo terço constitucional, adicional por tempo de serviço, 13º salário, adicional de periculosidade (se devido) e FGTS. O voto foi seguido por unanimidade.

Clique aqui para ler o acórdão

Processo 866-90.2017.5.10.0007

Fonte: Consultor Jurídico

Supremo enviará a Lula indicações de mulheres para vaga no TSE

 Lista é formada por três nomes


O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu nesta quarta-feira (31) uma lista tríplice que será enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para vaga de ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão do Judiciário responsável pela organização das eleições.


A lista é formada por três mulheres. Foram indicadas as advogadas Daniela Borges, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Bahia, Edilene Lobo, ligada ao PT de Minas Gerais, e Marilda Silveira, que atua na área eleitoral em Brasília.


Com a definição dos nomes, a lista será enviada formalmente à Presidência da República, e caberá ao presidente Lula escolher um dos três nomes sugeridos. Não há prazo legal para a escolha.


A vaga de ministro substituto foi aberta após Lula indicar o ministro André Ramos Tavares para cadeira de membro efetivo da Corte.


As advogadas Daniela Borges e Edilene Lobo figuraram na lista elaborada na semana passada pelo Supremo para vaga efetiva, mas foram preteridas.


De acordo com a Constituição, cabe ao presidente da República nomear os advogados que compõem o tribunal. O TSE é composto por sete ministros, sendo três do Supremo Tribunal Federal (STF), dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados com notório saber jurídico, além dos respectivos substitutos.

Fonte: Agência Brasil

Mais de 1,3 milhão de empresas foram abertas de janeiro a abril

 Tempo médio de abertura foi de um dia e seis horas, segundo ministério


Mais de 1,3 milhão de empresas foram abertas no Brasil entre janeiro e abril de 2023. O tempo gasto para a abertura dessas empresas foi, em média, de 1 dia e seis horas, segundo o Mapa de Empresas – documento elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).


De acordo com o documento, de janeiro a abril deste ano 1.331.940 empresas foram abertas no Brasil. Com isso, há, no país, um total de 21 milhões de CNPJs ativos. Deste total, 93,7% são de microempresas ou empresas de pequeno porte.


Ainda segundo o estudo, 736.977 CNPJs foram encerrados no primeiro quadrimestre do ano. Com isso, o saldo ficou positivo, em 594.963 empresas.


“O total de aberturas foi 21,8% maior do que no quadrimestre anterior e 1,6% menor em relação ao mesmo período de 2022. Já os fechamentos representaram aumento de 34,3% e 34,7%, respectivamente, nas mesmas bases”, informou o ministério.

Fonte: Agência Brasil

Padilha diz estar otimista com tributária e que meta é votar na Câmara neste semestre

 Fala do ministro de Relações Institucionais ocorreu durante participação em reunião da Frente Parlamentar do Empreendedorismo


O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse estar otimista com a aprovação da reforma tributária. De acordo com ele, o Congresso “assumiu a responsabilidade” e a meta é aprovar a matéria na Câmara ainda neste semestre. Padilha falou em reunião semanal da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), em Brasília.


Mais cedo, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que a reforma deverá ter mais dificuldade para passar no Senado. Segundo ela, a Casa Alta deverá levar todo o segundo semestre para discutir o assunto.


Os senadores são eleitos por votação majoritária e não proporcional, como os deputados. Isso os coloca mais como representantes dos interesses dos Estados do que de setores específicos da sociedade. Daí a possível dificuldade na Casa Alta: cada Estado tenta evitar perda de receita com a reforma.

Fonte: Estadão

Comissão deve votar nesta quarta a MP do Minha Casa, Minha Vida

 A nova versão do programa traz mudanças como voltar a atender as famílias de menor renda


A comissão mista responsável pela análise da medida provisória que retoma o Programa Minha Casa, Minha Vida (MP 1162/23), deve votar nesta quarta-feira (31) o relatório do deputado Marangoni (União-SP).


Criado em 2009, o programa volta com mudanças. A principal delas é o retorno da Faixa 1, que atende as famílias de menor renda. Em audiência no início do mês, Marangoni disse que deve incluir em seu parecer medidas para garantir a melhoria de moradias já existentes. O alvo são construções precárias, principalmente nos bairros da periferia.


Depois de ser analisada e votada pela comissão, presidida pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), a MP ainda será submetida aos plenários da Câmara e do Senado.


A reunião será realizada às 10 horas, na sala 15 da ala Alexandre Costa, no Senado.

Fonte: Agência Câmara

terça-feira, 30 de maio de 2023

Ministro Marinho valoriza Superintendências

 Onze entre 10 dirigentes sindicais brasileiros defendem um Ministério do Trabalho forte, ou seja, com estrutura, quadro de Servidores e políticas de proteção aos trabalhadores. Essa postura foi reafirmada sexta (26), quando o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, apresentou ao sindicalismo paulista o novo Superintendente do Estado, o Auditor Marcus Alves de Mello.


O evento, na SRT-SP, Centro, Capital, reuniu sindicalistas diversos e as Centrais Sindicais reconhecidas. Presidentes nacionais da UGT, Ricardo Patah, Nova Central, Moacyr Tesch, CSB, Antônio Neto, e da Pública, José Gozze, estiveram presentes.


O ministro Marinho enfatizou o compromisso de reestruturar a rede do Ministério no Estado, “com pessoal, equipamentos e mais concursos”, a fim de recompor o quadro devastado no governo Bolsonaro. Ele também defendeu “formar comissão tripartite, pra debater e encaminhar questões ligadas às relações de trabalho” ou combater trabalho infantil e outros abusos.


Abertura – O novo Superintendente, empossado no mês de abril, valorizou o diálogo e a participação das entidades. Disse: “Só o sindicalismo é capaz de trazer até a SRT a real situação dos trabalhadores e as demandas apontadas pelas categorias”. As portas estarão abertas, garantiu Marcus Alves de Mello.


Conclat – O resgate do Ministério do Trabalho e Emprego consta das resoluções da terceira Conclat, em São Paulo, dia 7 de abril do ano passado.


Mais – CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, CSB e Pública

Fonte: Agência Sindical


CAE vota projeto que aumenta rigor contra discriminação salarial

 A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) poderá votar, nesta reunião de terça-feira (30), o projeto de lei encaminhado pelo Executivo que reforça os mecanismos de controle de igualdade salarial entre homens e mulheres (PL 1.085/2023). A proposta, já aprovada na Câmara dos Deputados, aguarda relatório da senadora Teresa Leitão (PT-PE).


A iniciativa foi apresentada pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves e pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho. O texto prevê multa de 10 vezes o maior salário pago pela empresa em caso de descumprimento da igualdade salarial. Em caso de reincidência, a multa será elevada em 100%. A mulher prejudicada ainda poderá ser indenizada por danos morais, e a Justiça poderá emitir decisão liminar até que o processo seja finalizado, para forçar a empresa ao pagamento imediato do salário.


A Constituição, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e os acordos internacionais dos quais o Brasil faz parte já estabelecem que, sendo idêntica a função no mesmo estabelecimento empresarial, o salário tem de ser igual, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. A nova proposição aumenta as penalidades às empresas com práticas discriminatórias e também estabelece mecanismos para permitir a comparação objetiva dos salários e das remunerações de homens e das mulheres. De acordo com o governo, o objetivo é atingir a igualdade de direitos no mundo do trabalho, “preparando o país para a assunção de compromissos cada vez mais evidentes com o desenvolvimento social e o crescimento econômico”.


Tramitando em regime de urgência, o projeto foi distribuído para apreciação simultânea pela CAE e pelas comissões de Direitos Humanos (CDH) e de Assuntos Sociais (CAS).


Justiça gratuita

Também está na pauta o projeto de lei (PLS 267/2017) do senador Paulo Paim (PT-RS). Ele garante o acesso dos trabalhadores à gratuidade judiciária.


Segundo o autor da proposição, tal direito foi prejudicado pela reforma trabalhista de 2017. A reforma acrescentou parágrafos ao artigo 844 da CLT determinando que o reclamante, mesmo sendo beneficiário de gratuidade judiciária, seja condenado ao pagamento de custas judiciais em caso de não comparecimento à audiência. Além disso, determina o recolhimento das custas para propositura de nova ação. De acordo com Paim, tais regras coíbem os direitos dos trabalhadores e vão na contramão do Novo Código de Processo Civil.


"Ao mesmo tempo, estranhamente, o citado dispositivo admite que o empregador fique isento das custas e do depósito recursal (garantia da futura execução), quando ele for beneficiário da gratuidade de justiça. Por isso, as alterações inseridas pela reforma não estimulam o comparecimento da empresa reclamada à audiência, fator esse que, certamente, influenciará negativamente na solução do conflito pelo instrumento da conciliação", explicou Paim.


O PLS já foi aprovado na CDH, na forma do relatório do ex-senador Telmário Mota (RR). Na CAE, o projeto aguarda relatório do senador Humberto Costa (PT-PE). Em seguida, o projeto seguirá para as comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Sociais, à qual cabe decisão terminativa.

Com Agência Câmara

Fonte: Agência Senado

Texto conjunto de Centrais Sindicais exige retirada de FUNDEB e FCDF do Arcabouço Fiscal

 As centrais Sindicais reunidas assinaram documento conjunto exigindo a retirada imediata do Relatório do Arcabouço Fiscal do artigo que trata do Fundo Constitucional do DF, do FUNDEB, do piso de Enfermagem e do congelamento do funcionalismo público.


O texto alerta sobre a gravidade que representa a emenda de Autoria do deputado Cláudio Cajado (PP-BA), relator do Novo Arcabouço Fiscal na Câmara Federal e os riscos que ela trará para o Distrito Federal.


Assinam o texto a Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF), Central das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central (NCST), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Intersindical – Central da Classe Trabalhadora.


O relator do PLP 93/2023, deputado federal bolsonarista Cláudio Cajado (PP-BA), quer incluir o Fundeb no teto de gastos. Além do Fundeb, ele também encara como despesa os mínimos constitucionais da educação e da saúde. Cajado pretende ainda reduzir o valor do Fundo Constitucional do Distrito Federal.


Na nota conjunta, as centrais avisam que “esse texto substitutivo prejudica substancialmente o Novo Arcabouço Fiscal ao incluir no teto de gastos os mínimos constitucionais da educação e da saúde. Isso prejudicará o FUNDEB, o piso da Enfermagem e o funcionalismo público.”


As centrais também lembram que “Essa nova versão do arcabouço fiscal irá impedir também a retomada dos investimentos necessários para impulsionar áreas sociais que são as que mais necessitam e contam com essa ajuda. Sendo assim, é condição indispensável que o Distrito Federal permaneça unido para combater essa afronta ao seu orçamento e estabilidade financeira. “


O Fundo Constitucional é regulamentado pela lei 10.633/2002, “com a finalidade de prover os recursos necessários à organização e manutenção da polícia civil, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como assistência financeira para execução de serviços públicos de saúde e educação, conforme disposto no inciso XIV do art. 21 da Constituição Federal” que trata das obrigações da União.


Por ser a Capital do país, o Distrito Federal tem demandas específicas que devem ser custeadas pela União. A segurança dos prédios públicos federais e das embaixadas se enquadra nessas demandas específicas. Além disso, Brasília foi construída para ser uma cidade exclusivamente administrativa e ter, no máximo, 500 mil habitantes. Hoje o DF tem mais de 3 milhões de habitantes – além de 1 milhão de pessoas que vivem no entorno, que demandam por serviços de saúde, educação e segurança em Brasília – demanda essa que cresce de forma exponencial.


Ao mudar as regras do FCDF, Cajado afeta toda a população do Distrito Federal, e de forma bem negativa. Pelas atuais regras do FCDF, o total disponível para o Distrito Federal ficaria em torno de R$ 35 bilhões nos próximos 10 anos; com as novas regras, esse valor seria de R$ 23 bilhões. A perda de receita é de R$ 12 bilhões.

Fonte: SINPRO-DF

Terceirização da atividade-fim é instrumento ao trabalho escravo, diz Paim

 O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou, em pronunciamento nesta quarta-feira (24), a preocupação com a terceirização da atividade-fim, que ele considera um instrumento poderoso para o trabalho escravo. Segundo o parlamentar, mais de 1,3 mil trabalhadores foram libertados neste ano devido a denúncias em 17 unidades federativas.


— As empresas não oferecem os direitos básicos para os trabalhadores em relação à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Por isso, teremos um cuidado especial na nova CLT, no Estatuto do Trabalho. Isso leva à situação como é hoje: de exploração, trabalho precário, trabalho análogo à escravidão. De cada dez trabalhadores libertos, nove são terceirizados.


O parlamentar ressaltou audiência pública promovida na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul para discutir a CLT e o Novo Estatuto do Trabalho, além do ciclo de debates sobre o assunto na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. O Novo Estatuto do Trabalho é proposto pela Sugestão 12/2018, que está em análise na CDH e poderá ser transformada em projeto de lei. Paim afirmou ainda que o PL 859/2023, de autoria dele, está sendo instrumento de debate e visa proibir a terceirização das atividades-fim. O texto está tramitando na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).


O senador destacou que a CDH aprovou o PL 5.970/2019, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que regulamenta a expropriação de imóveis urbanos e rurais onde for constatada a exploração de trabalhadores análoga ao trabalho escravo.

Fonte: Agência Senado

Volta de adicional para não cumprimento de intervalo de descanso passa na CDH

 A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou nesta quarta-feira (24) projeto do senador Paulo Paim (PT-RS) que garante o pagamento do adicional de pelo menos 50% sobre o valor da hora trabalhada, quando a empresa não der intervalo para descanso ou alimentação. O PLS 282/2017 segue agora para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).


O projeto visa derrubar uma das mudanças feitas na reforma trabalhista de 2017 na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452, de 1943), restabelecendo o direito de o trabalhador receber acréscimo sobre o valor normal da hora trabalhada quando a empresa não conceder o intervalo.


A reforma trabalhista permitiu à empresa não conceder, ou conceder parcialmente, o intervalo mínimo intrajornada (para descanso e alimentação), a ser compensado com o pagamento da natureza indenizatória, e não salarial, do período não usufruído, acrescido de 50% da hora normal de trabalho.


“A reforma trabalhista premia a infração à norma trabalhista, uma vez que é vedada a concessão de período inferior ao determinado em lei (de uma a duas horas) e, muito pior, sua não concessão. Trata-se de um estímulo à prática de ilicitude que este Parlamento deve corrigir, evitando o tratamento desumano aos trabalhadores”, defende Paim na justificativa do projeto.


O relator na CDH, senador Flávio Arns (PSB-PR), destacou que após a reforma trabalhista, a CLT determina que a remuneração do intervalo negado ou parcialmente concedido seja de exatos 50% da hora trabalhada.


“Isso retira da Justiça a possibilidade de tratar diferentemente os casos que chegam à sua atenção, conforme as distintas situações de fato”, pondera.


Para ele, a reforma trabalhista contraria entendimento já sedimentado de que o intervalo para repouso e alimentação deve ser sempre gozado e pago na integralidade. Arns também encara como uma distorção — com reflexos sobre as contribuições previdenciárias — o enquadramento da compensação financeira como indenizatória, e não salarial. Diferentemente do que acontece com a verba salarial, ou remuneratória, essa verba não entra nos cálculos de outras verbas trabalhistas, como 13º salário, um terço de férias e INSS, nem dos tributos e impostos.


“Devemos promover a dignidade do trabalho e do trabalhador ao restabelecer o texto anterior da CLT”, defende Arns.

Fonte: Agência Senado

CAE deve votar projeto que prorroga desoneração da folha

 A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) discutiu na terça-feira (23) projeto do senador Efraim Morais (União-PB) que prorroga a desoneração da folha de pagamento até 2027 para 17 setores da economia (PL 334/2023). Sem a nova lei, a desoneração acaba no final do ano. Defensores da prorrogação dizem que o benefício tributário gerou 600 mil empregos. Mas o governo federal pede que proposta seja analisada junto com a reforma tributária. A votação do projeto ficou para a semana que vem.

Fonte: Agência Senado

CPMI do 8 de Janeiro é instalada; Eliziane é designada relatora

 Foi instalada nesta quinta-feira (25) a Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) criada com objetivo de investigar os ataques de 8 de janeiro aos Poderes da República. Foram escolhidos o deputado federal Arthur Maia (União-BA) para a presidência da CPMI e a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) para a relatoria. Ela já adiantou que apresentará o plano de trabalho na reunião da próxima semana.


Acordo encaminhado pela bancada do governo sugeriu que a criação dos postos de primeiro e segundo vice-presidentes. Como não há previsão regimental no Regimento Comum do Congresso Nacional para isso, os integrantes da CPMI oficializaram os senadores Cid Gomes (PDT-CE) e Magno Malta (PL-ES) para a primeira e segunda vice-presidências, respectivamente, mas o senador Otto Alencar (PSD-BA), que presidiu a reunião preparatória, encaminhou a questão para que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado trate do assunto.


Ao assumir o comando da CPMI, o deputado Arthur Maia afirmou que as investigações seguirão todos os trâmites do processo democrático e que a comissão se dedicará a "esclarecer os fatos e, não, confirmar narrativas".

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado