quinta-feira, 23 de março de 2023

Reajustes salariais mantêm tendência de melhora: em 2023, quase 74% acima da inflação

 Inflação menor contribui para maior quantidade de aumentos reais em acordo coletivos celebrados no ano


O cenário para as negociações coletivas continua mostrando tendência de melhora, segundo dados divulgados nesta terça-feira (21) pelo Dieese. De um total de 1.184 acordos analisados neste ano, até o último dia 9, tiveram aumento real 73,6%. Ou seja, reajustes salariais acima da inflação (medida pelo INPC-IBGE, usado como referência na área trabalhista).


Além disso, 19,3% dos acordos resultaram em reajuste equivalente à variação do INPC em 12 meses. E 7,1% ficaram abaixo da inflação. Até agora, a média das negociações é de 0,88% acima do índice oficial.


“O quadro que começa a ser desenhado para 2023 mostra predominância dos reajustes salariais acima da inflação, em forte contraste com o ocorrido em anos anteriores”, afirma o Dieese em boletim. Contribui para isso a diminuição da taxa de inflação nos últimos meses. De maio a julho do ano passado, por exemplo, era necessário um reajuste em torno de 12% para repor perdas. Enquanto para categorias com data-base neste mês é preciso 5,47%.


Apenas em fevereiro, de 149 acordos analisados 69% tiveram ganho real. Foram 23,5% com reajustes equivalentes ao INPC e 7,4% abaixo. De acordo com o Dieese, o resultado do mês passado foi semelhante ao das duas datas-base anteriores.


Entre os setores, nos primeiros dois meses de 2023 a indústria teve 76,9% de acordos com aumento real. Já os serviços ficaram com 74%. No comércio, foram 56%.


O valor médio dos pisos salariais nos instrumentos coletivos deste ano tá em R$ 1.485,51. Fica 14,1% acima do salário mínimo.

Fonte: Rede Brasil Atual

Lewandowski adia ação sobre idade mínima para aposentadorias especiais

 Ministro tem até 90 dias para devolver o processo


Na última sexta-feira (17), o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6.309, impetrada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI), e apoiada pelas centrais sindicais brasileiras e outras 14 confederações, visando derrubar parte da reforma da Previdência que indica idade mínima para aposentadorias especiais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).


O voto do relator da ação no STF, ministro Roberto Barroso, reconheceu a constitucionalidade da matéria, contrariando as alegações da ação. Em sua decisão, o ministro afirmou que "o novo requisito segue o mesmo objetivo do estabelecimento de uma idade mínima para a aposentadoria voluntária dos segurados do regime geral de previdência social: impedir a saída prematura do mercado de trabalho e a sobrecarga do sistema com o pagamento de benefícios por prazos demasiadamente longos”, além de colocar sua preocupação com os gastos públicos para os próximos anos.


Mas enquanto sindicalistas lamentavam a primeira derrota, com limite final de votação seguindo até a próxima sexta-feira (24), o ministro Ricardo Lewandowski pediu vistas do processo, instrumento jurídico usado geralmente para uma análise mais apurada do caso, determinando um novo prazo de até 90 dias para que o membro da suprema corte devolva o caso para votação em plenário. "O pedido de vistas nos dá esperança e fôlego para mostrarmos aos ministros o quão injusta é a idade mínima, que irá acabar com a aposentadoria especial e ferir categorias de trabalho insalubre que merecem ter um tratamento justo, inclusive por questões ligadas à saúde e segurança do trabalhador. Acreditamos até numa mudança de voto do ministro Barroso, dado seu conhecimento e estima pelo povo brasileiro", afirma José Reginaldo Inácio, diretor da CNTI e porta-voz da confederação.


A CNTI afirma que o Congresso Nacional, ao acompanhar o voto do relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), "preteriu a vida e a saúde ao fictício sustento financeiro da Previdência" e ignorou dados importantes em sua decisão. "Apenas 7% do total da Previdência é de aposentadorias especiais, dado que não foi citado. Não houve sequer consulta a técnicos em medicina do trabalho e engenheiros de Saúde e Segurança para avaliar a decisão da idade mínima. Claramente má fé ou falta de conhecimento. Nos dois casos, os trabalhadores foram prejudicados injustamente", destaca Reginaldo.


O representante da CNTI acrescenta ainda que a Advocacia Geral da União (AGU) e o Poder Executivo referendam o posicionamento da confederação em suas análises técnicas sobre o tema. “O próprio STF tem precedentes importantes que dialogam com a nossa ação. O posicionamento da AGU e do próprio INSS falam da importância da legislação ter essa proteção da aposentadoria especial. Os dois órgãos reconhecem o risco iminente à saúde e à vida do segurado a partir do momento que atingem os tempos mínimos de trabalho", completa.


Miguel Torres, que preside a Força Sindical e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Metalurgia (CNTM), ambas apoiadoras da ação, acredita que não pode haver imparcialidade no tema sem que haja uma análise técnica. "Como o relator desta emenda pôde deixar de lado a análise técnica? Qualquer voto ou sentença relativa à aposentadoria por condições especiais de trabalho jamais pode ser justa e imparcial sem ouvir um especialista sequer", avalia.


“A idade mínima criou uma espécie de cárcere previdenciário para profissões insalubres”, acredita Moacyr Auersvald, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). O dirigente explica que certas categorias se aposentam cedo, por questões de comprometimento da saúde, e a empregabilidade fica comprometida. "A pessoa entra com 21 anos no serviço de minas, por exemplo, trabalha os 15 anos necessários, com 36 ela está fora. As condições de saúde dela não a deixam continuar e nem mesmo a legislação permite isso. O que essa pessoa fará até completar os 55 anos da idade mínima da aposentadoria especial? Saúde debilitada, sem trabalho e penalizado por fazer um serviço essencial e que poucas pessoas querem. Falta total de critério para esta decisão da idade mínima", coloca Auersvald.


Segundo o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, a esperança é que membros do STF sigam seus últimos posicionamentos em defesa da ciência e de questões técnicas. “O STF foi decisivo para a questão da pandemia, acatou a posição da medicina, da ciência, da Organização Mundial da Saúde e dos institutos de pesquisa em vacinação. Fazemos esse apelo aos ministros do Supremo, que zelou tanto pela vida e pelas pessoas, para que corrijam essa questão e revejam a questão da idade mínima para aposentadorias especiais. Assim farão justiça com a população”, diz.

Fonte: Portal iG

Mulheres vítimas de violência poderão ter proteção imediata

 Projeto de lei foi aprovado na Câmara e será enviado à sanção


A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (21) um projeto de lei que determina a concessão sumária de medidas protetivas de urgência às mulheres a partir da denúncia a qualquer autoridade policial ou a partir de alegações escritas. A proposta será enviada à sanção presidencial.


De autoria da ex-senadora e atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, o Projeto de Lei 1604 de 2022, do Senado, foi aprovado com emendas de redação apresentadas pela relatora, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). O relatório, que foi lido em Plenário pela deputada Luisa Canziani (PSD-PR), havia sido aprovado pelo Senado.


De acordo com a proposta, as medidas protetivas poderão ser indeferidas no caso de avaliação pela autoridade de inexistência de risco à integridade física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral da ofendida ou de seus dependentes.


*Com informações da Agência Câmara

Fonte: Agência Brasil

Aprovada inclusão de dados sobre raça em documentos trabalhistas

 A inclusão de informações sobre pertencimento a segmento étnico-racial em registros administrativos direcionados a empregadores e a trabalhadores do setor privado e do setor público, a fim de subsidiar políticas públicas, foi aprovada pelo Plenário do Senado nesta terça-feira (21). O projeto de lei que prevê essa medida é o PL 6.557/2019, cujo texto segue para a sanção do presidente da República.


De autoria do ex-deputado federal Vicentinho, o projeto altera o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288, de 2010) para determinar procedimentos e critérios de coleta de informações relativas a cor e raça no mercado de trabalho. O texto também determina que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) faça um censo, a cada cinco anos, para identificar a participação de cada grupo étnico-racial empregado no setor público. As informações devem ser utilizadas na Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial, instituída pelo Estatuto da Igualdade Racial com o objetivo de reduzir as desigualdades raciais no Brasil, com ênfase na população negra.


Apreciado em regime de urgência a pedido das lideranças partidárias, a proposta foi relatada em Plenário pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Ele destacou que o texto foi aprovado pelo Senado justamente na data em que se comemora o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial.


Paim acatou emenda de redação, apresentada pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), que substitui o termo “formulários”, presente no texto, por “questionários”, já consagrado na aplicação de pesquisas demográficas.

 

O que prevê o projeto
De acordo com o texto, os empregadores do setor público e privado deverão incluir, nos registros administrativos assinados pelos seus empregados, um campo para que eles possam se classificar segundo o segmento étnico e racial a que pertencem, com utilização do critério da autoclassificação e em grupos previamente delimitados.


O trabalhador definirá a sua raça nos seguintes formulários: admissão e demissão no emprego; acidente de trabalho; inscrição de segurados e dependentes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); registro feito no Sistema Nacional de Emprego (Sine); e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).


O projeto estabelece ainda que o IBGE fará, a cada cinco anos, uma pesquisa destinada a identificar o percentual de ocupação por parte de segmentos étnicos e raciais no âmbito do setor público, a fim de obter subsídios direcionados à implementação da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

Haddad diz que comunicado do Copom após manter juros é “preocupante”

 Conselho de Política Monetária não descartou “retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”


O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o comunicado divulgado pelo Conselho de Política Monetária (Copom) após manter a Selic, taxa básica de juros da economia, em 13,75%, é “muito preocupante”.


“Considerei o comunicado preocupante, muito preocupante, porque hoje divulgamos relatório bimestral da Lei de Responsabilidade Fiscal mostrando que nossas projeções de janeiro estão se confirmando sobre as contas públicas”, afirmou o ministro.


No comunicado que acompanhou sua decisão, o Copom disse que o ambiente externo piorou nas últimas semanas, falando em “deterioração adicional” das expectativas de inflação, e não descartou “retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.


Haddad criticou o tom “duro” do comunicado: “No momento em que a economia está retraindo, o Copom chega a sinalizar uma subida da taxa de juros. Lemos com muita atenção, mas achamos que o comunicado preocupa bastante”, disse o ministro da Fazenda.


O teor do comunicado contraria o governo Lula, que desde o início do ano faz pressão pela redução dos juros no país. Nesta terça (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a taxa de juros a 13,75% é um “absurdo”.


“Nós podemos inclusive comprometer o resultado fiscal, porque daqui a pouco você vai ter problema das empresas para vender, recolher impostos. Nossa preocupação é essa”, disse Haddad.


O ministro da Fazenda, porém, voltou a falar em “harmonia” com o BC e diz esperar que ata da reunião “atenue” o comunicado.


“Nós temos relação institucional. Somos órgãos de Estado. Temos satisfação a dar para a população”, disse Haddad. “Vamos fazer chegar ao Banco Central a nossa análise do que é mais recomendável para a economia brasileira reencontrar o equilíbrio”.

Fonte: InfoMoney

Lewandowski pede vista em ação sobre idade mínima para aposentadoria por insalubridade

 Agora, depende de Lewandowski devolver o processo para pauta. O ministro vai se aposentar no início de maio


O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista e interrompeu um julgamento sobre a validade de regras da reforma da Previdência que instituíram idade mínima na aposentadoria especial por insalubridade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A ação começou a ser julgada no plenário virtual na sexta-feira. Nesse tipo de julgamento, os ministros não se reúnem para julgar o processo, eles apenas depositam seus votos no sistema eletrônico da Corte. Até agora, apenas o relator do processo, ministro Luís Roberto Barroso, se manifestou — seu voto foi pela constitucionalidade das novas normas.

 

O pedido de vista acontece quando um ministro precisa de mais tempo para analisar o caso. Agora, depende de Lewandowski devolver o processo para pauta. O ministro vai se aposentar no início de maio.

 

A ação foi movida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI). No pedido, a entidade argumentou que a finalidade da aposentadoria especial era evitar que o trabalhador sofresse prejuízos em decorrência da exposição a um agente nocivo por um longo tempo.
 

A confederação apontou que o beneficiário desse tipo aposentadoria não pode aguardar eventual idade mínima, sob pena de ter de permanecer exposto ao risco. “É dever do Estado evitar que o trabalhador continue, deliberadamente, prejudicando a sua saúde e a sua integridade física após o cumprimento do tempo mínimo de contribuição exigido para aposentadoria especial”, sustentou.

 

A ação também discute a conversão de tempo – quando não foi alcançado o tempo mínimo para a aposentadoria – e os critérios de cálculo da aposentadoria especial por insalubridade.

 

Em seu voto, Barroso defendeu que o novo requisito para a aposentadoria especial por insalubridade segue o mesmo objetivo do estabelecimento de uma idade mínima para a aposentadoria voluntária dos demais beneficiários do INSS, que é “impedir a saída prematura do mercado de trabalho e a sobrecarga do sistema”.

 

“A reforma contém uma mudança de paradigma em relação à disciplina então vigente. Antes, buscava-se dar condições para que o segurado em atividade insalubre se afastasse do mercado de trabalho tão logo completasse o tempo máximo de exposição ao agente nocivo, presumindo-se a sua incapacidade laborativa nesse estágio da vida. Agora, com a imposição de idade mínima para a aposentadoria, procura-se estimular a sua migração para outras ocupações, por se ter constatado que a sua permanência em atividade é a única solução financeiramente sustentável para o sistema”, escreveu.

 

Ele também afirmou que, em matérias aprovadas pelo Congresso, a intervenção do STF deve ser mínima. “Quando não estiverem em jogo os direitos fundamentais ou os procedimentos democráticos, juízes e tribunais devem acatar as escolhas legítimas feitas pelo legislador, assim como ser deferentes com o exercício razoável de discricionariedade pelo administrador, abstendo-se de sobrepor-lhes sua própria valoração política”, disse.

Fonte: Valor

Lula diz que arcabouço fiscal não será apresentado antes de viagem à China

 Declaração contraria sinalização dada pelo ministro Fernando Haddad de que anúncio poderia ocorrer nesta semana


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (21), que o governo não deverá anunciar o novo arcabouço fiscal nesta semana. A declaração contraria sinalização dada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), de que o projeto de lei complementar poderia ser tornado público antes da viagem oficial à China, marcada para sábado (25).


Há forte expectativa do mercado pelo texto, que, pelo que estabelece a PEC da Transição, pode ser encaminhado pelo governo ao Congresso Nacional até 31 de agosto – prazo antecipado duas vezes por Haddad para que o novo modelo pudesse ser usado na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.


Mas Lula argumenta que é necessário estar no país nos dias subsequentes ao anúncio da regra que substituirá o teto de gastos, para que se possa fazer a defesa do modelo e debater com a classe política e com agentes econômicos.


“Não temos que indicar nosso modelo de marco fiscal agora. Vamos viajar para a China e, quando a gente voltar, a gente apresenta”, afirmou o presidente em entrevista ao site Brasil 247.


“Por que não pode ser antes da volta? Nós embarcamos sábado. Haddad não pode comunicar uma coisa e sair. Seria estranho. Não. Ele tem que anunciar e ficar aqui para debater, para responder, para dar entrevista, para conversar com o sistema financeiro, conversar com a Câmara dos Deputados, com o Senado, com os outros ministros, com empresários. O que não dá é ir embora”, disse.


Lula alegou que a visita para a China é “muito curta” e que é possível aguardar o retorno para fazer o anúncio. Mas, segundo ele, a proposta “já está madura”.

Fonte: InfoMoney

Centrais sindicais protestam contra taxa básica de juros de 13,75%

 Manifestantes pedem saída de Campos Neto do Banco Central


Centrais sindicais realizaram, nesta terça-feira (21), atos de protesto contra a taxa de juros definida pelo Banco Central (BC), que está em 13,75% ao ano.


Em São Paulo, o grupo se reuniu em frente à sede do banco, na Avenida Paulista, e fez um churrasco de sardinha. “A intenção é mostrar que os juros altos engordam os tubarões rentistas, enquanto, para o povo, só sobra sardinha”, explicou, em nota, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) está realizando a segunda reunião do ano para definir a taxa básica de juros da economia, a Selic. A previsão é que seja mantido o aperto monetário com a manutenção da Selic em 13,75%, mesmo com as pressões do governo federal para redução da taxa. A decisão do Copom será anunciada na quarta-feira (22).


Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que participa da mobilização, os atos também reivindicam a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), que julga processos administrativos de grandes devedores. “Em geral, [o Carf] beneficia as empresas sonegadoras, porque a maioria dos conselheiros é empresário”, diz a CUT.


Para Adriana Magalhães, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a alta taxa de juros atrasa o desenvolvimento social e é uma das principais causas da miséria no Brasil. “Se o governo pagar 13,75% de juros de dívida pública, vai faltar dinheiro para saúde, educação. Nós queremos sair dessa situação de miserabilidade e pobreza que o governo Bolsonaro nos deixou.”


O ato de protesto das centrais sindicais também pede a saída do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que foi indicado pelo governo Bolsonaro e tem mandato até dezembro de 2024.


“É um absurdo o que o Banco Central está fazendo com os trabalhadores, com o nosso país, jogando contra o nosso desenvolvimento e a retomada do crescimento. Por isso, fizemos as manifestações em várias capitais do país”, disse, em vídeo nas redes sociais, o presidente da Força Sindical.


Também participam da manifestação representantes da Central dos Sindicatos Brasileiros e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), além de integrantes de movimentos populares.


A CUT registrou nas redes sociais que, além de São Paulo, foram realizados atos em pelo menos três capitais: Fortaleza, Belém e Recife.


A Agência Brasil solicitou posicionamento do Banco Central, mas não teve retorno até a publicação da reportagem.

Fonte: Agência Brasil

Assédio sexual é incluído em comissão de prevenção de acidentes

 Combate ao assédio passa a ser obrigação das empresas com Cipa


A partir de agora, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) de toda empresa deverá desenvolver ações de combate ao assédio sexual e outras formas de violência, como o assédio moral. A responsabilidade foi formalizada pela Portaria nº 4.219, do então Ministério do Trabalho e Previdência, editada em dezembro de 2022. Pela portaria, a atribuição passou a valer desde segunda-feira (20).


O texto estabelece que as empresas incluam em suas normas internas regras de conduta a serem aplicadas em cada caso. As companhias também têm obrigação de definir como irão receber e acompanhar denúncias de ocorrências e, ainda, como farão a apuração dos fatos e punir responsáveis diretos e indiretos pelos atos cometidos.


A apuração dos casos, por parte da empresa, não impede a abertura de processo na Justiça, segundo o documento. Além disso, fica garantido o anonimato da pessoa que apresenta denúncia, ou seja, da denunciante.


Outra medida que se torna um dever das empresas é a realização de ações de capacitação, orientação e sensibilização do quadro de empregados de todos os níveis hierárquicos sobre violência, assédio, igualdade de direitos e diversidade. De acordo com a portaria, tais atividades precisam ser realizadas, no mínimo, a cada ano.


Levantamento elaborado pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva revelou que 76% das trabalhadoras já foram submetidas a um ou mais episódios de violência e assédio no trabalho. De 2020, o levantamento foi feito com o apoio da Laudes Foundation, com base em entrevistas com 1 mil mulheres e 500 homens a partir de 18 anos, em todas as regiões do país.

Fonte: Agência Brasil

Petroleiros aprovam paralisação no dia 24 e não descartam greve contra privatizações

 “É inadmissível que profissionais alinhados ao governo anterior sigam entranhados na gestão da Petrobrás”, diz Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP


A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos aprovaram calendário de assembleias para avaliar uma possível greve da categoria. O objetivo é combater a retomada do processo de privatizações, encaminhado pela diretoria executiva ao Conselho de Administração (CA) da Petrobrás.


Simultaneamente, os petroleiros decidiram e estão organizando uma paralisação nacional prevista para o início do expediente da próxima sexta-feira (24).


A decisão da diretoria executiva da empresa, divulgada no dia 17 de março, apontou para o prosseguimento da venda dos projetos que já tiveram pré-contrato assinado, como Polo Norte Capixaba, Polos Golfinho e Camarupim (ES), Polos Pescada e Potiguar (RN) e Lubnor (CE).


O documento encaminhado pela diretoria ao Conselho ocorreu duas semanas depois do ofício do Ministério de Minas e Energia pedindo à Petrobrás a suspensão, por 90 dias, da venda de ativos da petroleira, para análise e reavaliação.


O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, afirmou que a deliberação rápida da diretoria da empresa vai contra o projeto eleito de descontinuidade do “desmonte”. “É inadmissível que profissionais alinhados ao governo anterior sigam entranhados na gestão da Petrobrás, inviabilizando e boicotando o programa de governo que foi aprovado nas urnas”, declarou.


Dirigente diz que é preciso deixar mais clara a orientação do ministério

Ele entende que é preciso deixar mais clara a recomendação do ministério de interromper o processo. “O tema da suspensão da privatização de ativos não foi sequer discutido na reunião extraordinária do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), realizada na última sexta-feira”, acrescentou Bacelar.


O representante da entidade dos petroleiros destacou, ainda, que, com quase três meses de governo Lula (PT), a diretoria e o Conselho de Administração da companhia seguem ocupados por indicados da gestão de Jair Bolsonaro (PL), que correm contra o tempo para concluir as vendas de ativos.


“A FUP e seus sindicatos estão acionando o governo para que cumpra o seu papel de acionista controlador da estatal e oriente os indicados da União no CA a votarem pela suspensão das privatizações”, completou.

Fonte: RevistaForum

Governo Lula planeja ofensiva no STF para derrubar regra da privatização da Eletrobrás

 AGU e Casa Civil querem reequilibrar participação do governo federal nas decisões da empresa. União detém 42,6% das ações e apenas 10% do poder de voto nas assembleias


A Casa Civil e da Advocacia-Geral da União (AGU) estão planejando uma ofensiva legal com o objetivo de modificar o estatuto da Eletrobrás e reequilibrar a participação do governo federal nas decisões da empresa, informa a colunista Malu Gaspar do jornal O Globo.


Ambos os ministérios estão trabalhando juntos para elaborar uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) que será apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) a fim de alterar uma regra do estatuto da Eletrobrás, que limita qualquer acionista a ter no máximo 10% do poder de voto nas assembleias.


A União detém 42,6% das ações e considera a regra inconstitucional. Ela foi incluída no estatuto da companhia durante o processo de sua privatização, comandado por Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro da Economia Paulo Guedes.


O próprio presidente Lula (PT) falou sobre o tema em entrevista à TV 247 nesta terça-feira (21), criticando a medida em si e o modelo de privatização da Eletrobrás: "não vai ficar por isso. Estamos entrando na justiça contra a votação do peso do governo na direção da empresa e o preço pelo qual foi vendida".


"O que foi feito na Eletrobrás foi um crime de lesa-pátria. Você privatizou uma empresa daquele porte, me parece que venderam por R$ 36 bilhões, e esse dinheiro é utilizado para pagar juros da dívida pública. Não parece que existem sinais que vai baixar o preço da energia para o povo brasileiro", destacou o presidente.

Fonte: Brasil247

Fiesp vê indústria menos produtiva, penalizada por carga tributária e juros

 Josué Gomes da Silva, presidente da entidade, classificou os juros como “pornográficos” disse que eles minam qualquer política industrial


Qualquer estratégia sustentável para o desenvolvimento nacional passa por uma nova industrialização do Brasil, defendeu Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Ele reconheceu que a indústria de transformação está menos produtiva, mas justificou que o setor foi penalizado pela elevada carga tributária e taxas de juros altas, problemas que precisam ser equacionados para que o segmento recupere “o protagonismo que se perdeu ao longo das ultimas três, quatro décadas”.


Segundo ele, a indústria gostaria ter o mesmo tratamento de políticas de estímulo que a agricultura, por exemplo, e defendeu que haja, pelo menos, uma “tributação isonômica a todos os outros setores”.


“É inconcebível a atual taxa de juros no Brasil”, disse Josué, refutando que seja consequência de um problema fiscal, durante o seminário “Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI”, promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e com a Fiesp.


Segundo ele, a taxa de juros no Brasil atualmente é “pornográfica”. “Não temos mais restrição externa, mas criamos nova restrição interna”, queixou-se Josué. “Se não baixarmos os juros não vai adiantar fazer política industrial.”

Fonte: InfoMoney

O movimento sindical brasileiro e os novos desafios

 A defesa da CLT e dos direitos sociais constitucionais devem ser a premissa para estabelecer bases mínimas consensuais para o debate.


por Nivaldo Santana

O movimento sindical brasileiro está desafiado a construir propostas de consenso para rever, como consta nas próprias Diretrizes de Reconstrução e Transformação Nacional do então candidato Lula, os marcos regressivos da reforma trabalhista.


Essa tarefa não será fácil. O parlamento brasileiro é refratário às mudanças progressistas nas relações do trabalho e na organização sindical. Dentro do próprio sindicalismo há opiniões não coincidentes sobre temas importantes.


Para contribuir com o debate, levantamos algumas questões que objetivam jogar luzes sobre um itinerário possível de ser percorrido pelo movimento sindical. Avançar onde for possível e não querer construir uma nova organização sindical a partir do zero.


Consideramos que a defesa da Consolidação das Leis do Trabalho, a nossa CLT que este ano completa 80 anos, e os direitos sociais consagrados na Constituição de 1988 devem ser a premissa para estabelecer bases mínimas consensuais para o debate.


Os 922 artigos da CLT, desde sua vigência a partir de 1º de maio de 1943, constituem o mais vasto patrimônio de defesa jurídica dos direitos individuais e coletivos dos trabalhadores.


É uma crítica reducionista a afirmação de que a CLT seria cópia da Carta del Lavoro de Mussolini. Essa comparação é uma verdadeira agressão à história e uma visão distorcida do que significou a CLT no contexto político do Brasil daquela época.


A CLT sistematizou as relações individuais e coletivas de trabalho, criou a carteira de trabalho, definiu jornada de trabalho, folga, férias, salário mínimo, segurança e saúde do trabalho e proteção para o trabalho das mulheres e de menores.


Além disso, a legislação trabalhista brasileira legalizou a organização sindical, com base na unicidade, e assegurou meios para o financiamento de todo o sistema confederativo.


Na estratégia nacional-desenvolvimentista da chamada Era Vargas, era imprescindível “civilizar” as relações do trabalho em um país que tinha abolido a escravidão apenas há 55 anos.


Nesse rumo, a CLT também estabeleceu a obrigatoriedade de negociação coletiva com participação dos sindicatos, criou o Ministério Público do Trabalho e a Justiça do Trabalho para arbitrar os inevitáveis conflitos entre o capital e o trabalho.


Outro salto de qualidade nas relações do trabalho e na organização sindical do Brasil veio com a Constituição de 1988. A Assembleia Nacional Constituinte, convocada depois do fim da ditadura militar, avançou bastante nestas matérias.


Só para citar alguns exemplos, o artigo 7º. da Constituição Federal, com seus 34 incisos, eleva os direitos sociais a um novo patamar. Esses direitos passam a ter uma hierarquia superior, ganham status constitucional, superior a própria CLT.


Já o artigo 8º. garantiu a liberdade, autonomia e unicidade sindical, o custeio do sistema confederativo e o direito de sindicalização dos servidores públicos. Na vigência da Constituição, houve uma pequena revolução no sindicalismo brasileiro.


As entidades sindicais ficaram livres da tutela do Estado, do estatuto-padrão, da comissão de enquadramento sindical e outras amarras. Os servidores públicos civis conquistaram o direito à livre associação sindical.


Todas as reformas trabalhistas do Brasil e em outros países têm um conteúdo comum: reduzir o custo da força de trabalho para manter e ampliar os lucros. E para fazer isso, atacam os sindicatos, a CLT e a própria Justiça do Trabalho.


A partir dessa compreensão, é possível ao movimento sindical, representado pelo Fórum das Centrais Sindicais no Grupo de Trabalho criado pelo presidente Lula, debater um projeto de valorização da negociação e atualização do sistema sindical.


A ideia de não se mexer no artigo 8º da Constituição e preservar, entre outras coisas, a unicidade sindical, o sistema confederativo e a manutenção do sindicato como base da organização sindical é um bom começo.


Outro ponto em que é possível se atingir o consenso é criar uma nova modalidade de contribuição negocial, aprovada em assembleia e com participação de todos os trabalhadores para sustentar todo o sistema sindical, das entidades de base às centrais.


Os pontos que tratam da chamada densidade sindical (ampliar a base de representação e a representatividade) exigem mais debates. A diversidade de situações em um país como o Brasil exige maior clareza e razoabilidade para tratar desses temas.


Igualmente, é preciso definir o real significado da proposta que estimula fusões e incorporações sindicais. Não é consenso a ideia de ressuscitar o chamado “sindicato orgânico”, um tipo de organização que, na prática, leva à divisão da base à cúpula.


Por último, mas não menos importante, no atual estágio político do país é essencial preservar instituições estatais como a Justiça do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho e o próprio Ministério do Trabalho.


É uma ilusão liberal achar que a “boa-fé” entre representantes do trabalho e do capital possa prescindir da arbitragem de uma justiça especializada para os inevitáveis conflitos trabalhistas.


Por isso, propostas novas como o Conselho de Autorregulação das Relações do Trabalho e Câmara de Autorregulação dos Trabalhadores e Empresários não podem se sobrepor aos papeis hoje desenvolvidos por entes estatais.


Opiniões distintas em matérias essenciais como relações do trabalho e organização sindical fazem parte da democracia. Não se deve impor opiniões e concepções que atropelem o consenso.


Com espírito unitário e construtivo, é possível se alcançar uma proposta em condições de ser aprovada no Congresso Nacional e, da mesma forma como a CLT em 1943, ser anunciada com toda pompa e circunstância no 1º. de Maio Unitário deste ano.

 

*Secretário Sindical do PCdoB e secretário de Relações Internacionais da CTB

Fonte: Portal Vermelho

Marinho defende revisão de normas de terceirização trabalhista

 Ministro do Trabalho está em Bento Gonçalves


O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, visitou nesta segunda (20) o município gaúcho de Bento Gonçalves, o local em que 207 trabalhadores foram resgatados, no mês passado, em condições de trabalho análogas à escravidão.


Durante a manhã, ele se reuniu com o prefeito da cidade, Diogo Siqueira. Após o encontro, ao ser questionado a respeito das atuais normas trabalhistas, Marinho defendeu uma revisão das regras, e disse que criará um grupo tripartite - com representantes de empresas, empregados e governo - para “eventuais revisões de pronto na legislação”.


O ministro citou como exemplo de norma a ser revisada as regras de terceirização, que teriam ficado abrangentes demais, resultando em “confusões” e, em último caso, nos flagrantes de trabalho análogo ao escravo, como os vistos recentemente no Rio Grande do Sul e em outros lugares.


“O projeto de terceirização ficou bastante amplo, me parece que acabou criando confusão inclusive no ato de contratar, o que pode e o que não pode. Acabou chegando ao absurdo da lógica de ter um elo da produção praticando trabalho análogo a escravidão”, disse Marinho.


Ele acrescentou que o aumento recente nos casos de flagrante de trabalho em situações análogas à escravidão leva à “constatação que isso é resultado da precarização da legislação de trabalho executada no governo anterior”.


A agenda de Marinho nesta segunda-feira inclui reunião com produtores de uva e vinhos da região, incluindo das três vinícolas em que os trabalhadores foram resgatados. O ministro adiantou que pedirá às empresas “que assumam a responsabilidade do que aconteceu”.


Na avaliação de Marinho, as empresas envolvidas - as vinícolas Garibaldi, Salton e Aurora - são responsáveis pelo ocorrido, do ponto de vista legal, somente por terem contratado a empresa terceirizada que forneceu a mão de obra, mesmo que não tivesse conhecimento das situações degradantes.


“Se as vinícolas contrataram, já estão responsáveis automáticas, é responsabilidade de toda cadeia produtiva”, disse o ministro.


Ele acrescentou ainda que pretende realizar concurso para recompor o quadro de fiscais do trabalho.

Fonte: Agência Brasil

Centrais repudiam chantagem de bancos

 Gera protestos a reação, em bloco, dos bancos, contra a redução da taxa de juros para aposentados na modalidade empréstimo consignado. A taxa, por decisão de Conselho no Ministério da Previdência, cai de 2,14% ao mês para 1,70%. Observe que a taxa Selic está em 13,75%. A nova taxa, acumulada em 12 meses, renderia juros de 23% ao ano para o banco.


As Centrais Sindicais publicam Nota que repudia a reação da banca, mal-acostumada ao rentismo deslavado.


A NOTA:


Extorsão e chantagem contra aposentados


As Centrais Sindicais manifestam indignação e condenam a chantagem dos bancos de suspender o crédito consignado para aposentados, após a redução das taxas por parte do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS). A atitude dos bancos demonstra que a sede por lucros não tem limites, e é inaceitável que os aposentados e pensionistas sejam prejudicados dessa forma.


O crédito consignado é uma linha de crédito com baixa taxa de inadimplência, e o desconto é em folha, o que torna a operação mais segura e acessível. A suspensão prejudica, principalmente, os aposentados e pensionistas que precisam de crédito para complementar suas rendas, e que não têm alternativas de crédito.


Ante essa situação, as Centrais cobram do Governo a utilização do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal pra garantir as linhas de crédito a aposentados e pensionistas que precisarem com as novas taxas em vigência. É necessário que o Estado assuma sua responsabilidade social e garanta o acesso para aposentados e pensionistas. E não ceda a um grupo de bancos que não aceita diminuir seus lucros em tempos tão difíceis para o povo.


Nos últimos quatro anos, os bancos lucraram 338,5 bilhões de Reais, quase 100 bilhões só no último ano, enquanto 33 milhões de brasileiros estavam ao relento. Os bancos que hoje viram as costas àqueles que tanto contribuíram para o País são os mesmos que lideram as denúncias de assédio bancário com insistentes ofertas de crédito para aposentados.


A decisão do CNPS e do ministro Carlos Lupi está de acordo com os anseios da população que foi às urnas derrotar as medidas antipovo dos últimos anos. É preciso que o Governo atue de forma firme pra garantir os direitos da classe trabalhadora, e não ceda aos interesses do mercado financeiro.


ATOS – As Centrais convocam a classe trabalhadora para os atos pela redução da taxa de juros e por direitos. Não aos abusos dos bancos! Sim à garantia do acesso ao crédito para aposentados e pensionistas!


São Paulo, 16 de março de 2023


Sérgio Nobre, CUT

Miguel Torres, Força

Ricardo Patah, UGT

Adilson Araújo, CTB

Moacyr Auersvald, Nova Central

Antonio Neto, CSB


PROTESTO – Terça, dia 21, às 10 horas, o movimento sindical protesta em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, “por menos juros e mais empregos”.

Fonte: Agência Sindical

Mercado de trabalho fica estável, mas desempregados ainda são 9 milhões. Número cai em relação a 2022

 Total de trabalhadores ocupados diminui no trimestre, mas cresce em 12 meses. Renda média sobe


A taxa média de desemprego, calculada em 8,4% no trimestre encerrado em janeiro, ficou estável em relação ao imediatamente anterior e caiu de forma significativa em relação a igual período do ano passado (11,2%). Assim, segundo o IBGE, foi o menor índice para este período desde 2015. Os resultados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (17).


Com isso, o número de desempregados foi estimado em 8,995 milhões. Estável ante o trimestre anterior e queda de 25,3% na comparação anual (3,053 milhões de desempregados a menos).


Já os ocupados são 98,636 milhões: -1% no trimestre e 3,4% a mais em um ano. E a população fora da força de trabalho soma 66,341 milhões, com crescimento de 2,2% nas duas bases de comparação.


Com e sem carteira

Segundo a pesquisa sobre as taxas de desemprego no Brasil, o IBGE aponta que os empregados com carteira assinada no setor privado são 36,813 milhões, com estabilidade no trimestre e crescimento de 6,5% em um ano. E os sem carteira (13,108 milhões) também têm estabilidade no trimestre e alta de 5,9% no período de 12 meses. Já os trabalhadores por conta própria (25,299 milhões) ficam estáveis nos dois casos.


O IBGE estima em 21,505 milhões os chamados subutilizados, pessoas que gostariam de trabalhar mais. Esse contingente caiu 5,2% em três meses e 22,5% em um ano. O total de pessoas em situação de desemprego e que deixaram de procurar trabalho, os chamados desalentados (3,961 milhões), também caiu: 5,3% e 16,7% respectivamente. Eles são 3,5% da força de trabalho.


Por sua vez, no setor público são 11,809 milhões de empregados. Queda de 4% no trimestre e alta de 3,9% na comparação anual.


Informais são 38,5 milhões

Ainda alta, a taxa de informalidade segue tendência de leve declínio. Agora, está em 39% dos ocupados, ante 39,1% no trimestre anterior e 40,4% em igual período de 2022. São 38,5 milhões de informais.


Entre os setores, em relação ao ano passado a ocupação cai 4,5% na agricultura e sobe 3,5% no comércio/reparação de veículos. Também cresce em alguns setores de serviços, como transporte, armazenagem e correio (9,8%), além do trabalho doméstico (4,4%).


Estimado em R$ 2.835, o rendimento médio cresceu 1,6% no trimestre e 7,7% em um ano. A massa de rendimentos (R$ 275,1 bilhões) ficou estável no primeiro caso e cresce 11,9% em 12 meses.

Fonte: Rede Brasil Atual

INSS tem fila de quase 1 milhão para perícia médica

 Ministério da Previdência Social informa que são 996.867 pessoas na fila da perícia para receber benefícios


Números obtidos com a Lei de Acesso à Informação, pela reportagem da Globonews, revelam que 996.867 brasileiros estão na fila da perícia médica do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). O dado obtido junto ao Ministério da Previdência Social, no entanto, só computa os que já tem uma data marcada. Além dessas pessoas, outras milhares ainda não tem ao menos previsão para entrar nesta fila.


A avaliação da perícia é um passo para o recebimento de valores por incapacidade, pensão por morte e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).


Em março de 2022 eram 828 mil pessoas, ou seja, o número cresceu 20%.


Entre os motivos apontados por especialistas para o grande volume está o acúmulo de pedidos ainda decorrente da pandemia de Covid-19, situação em que as perícias foram paralisadas, e também por falhas constantes no sistema utilizado pelo INSS, o Dataprev.


Procurado, o Ministério informou que irá priorizar as localidades em situação mais crítica e deve analisar a realização de mutirões para dar vazão à demanda. Do total de 996.570 perícias agendadas, 576.347 são pedidos de benefícios por incapacidade, 215.401 avaliações para o BPC e o restante revisão, prorrogação, e isenção de imposto.


Na média nacional, entre 100 mil habitantes, 566 estão na fila. Nesse contexto, os estados com maiores filas são: Piauí (1.320 pessoas a cada 100 mil/hab.); Alagoas (1.153 a cada 100 mil/hab.); e Rondônia (1.023 a cada 100 mil/hab.).

*Com informações g1

Fonte: Portal Vermelho

Debate sobre Estatuto do Trabalho tem críticas à terceirização precarizada

 Juristas e pesquisadores ouvidos na Comissão de Direitos Humanos (CDH) na quinta-feira (16) em audiência pública sobre o Estatuto do Trabalho — sugestão legislativa (SUG 12/2018) elaborada pela sociedade civil em lugar da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) — criticaram duramente a Reforma Trabalhista de 2017, que associaram principalmente ao aumento da precarização no emprego e a obstáculos ao exercício dos direitos dos trabalhadores. Os debatedores também chamaram atenção para a relação entre denúncias de trabalho escravo e a expansão da terceirização.


Nesse sentido, o senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da CDH e relator da subcomissão que discutiu o Estatuto do Trabalho na legislatura anterior, lamentou a persistência do trabalho escravo, inclusive em notícias referentes ao Rio Grande do Sul, argumentando que negar a influência da terceirização nesse processo é fazer a todos de “inocentes úteis”.


— De cada dez trabalhadores resgatados, considerados em situação análoga à de trabalho escravo, nove são de empresas terceirizadas — explicou.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

Projeto prorroga desoneração da folha de pagamento de 17 setores até 2027

 O senador Efraim Filho (União-PB) apresentou projeto de lei (PL) 334/2023 com objetivo de prorrogar até 2027 a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia, como os de calçados, call center, comunicação, confecção/vestuário e construção civil. As regras vigentes que garantem essa desoneração têm validade até dezembro de 2023.

Fonte: Agência Senado

Eletricitários fazem ato no Ministério de Minas e Energia pela reestatização da Eletrobras

 A manifestação cobrou posicionamentos do ministro Alexandre Silveira e teve a participação de parlamentares, movimentos populares e entidades sindicais, além dos trabalhadores do setor


O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), organização que agrega trabalhadores do setor elétrico de todo o país, realizou uma manifestação nesta quarta-feira (15), em frente do Ministério de Minas e Energia, em Brasília, exigindo a reestatização da Eletrobras e denunciando a continuidade de práticas bolsonaristas dentro do MME.


A manifestação contou com a participação de parlamentares, movimentos populares e entidades sindicais, além dos trabalhadores do setor.


Foi cobrado posicionamento do ministro Alexandre Silveira para que reconduza a Eletrobras ao patrimônio público e garanta o controle acionário da empresa pelo Estado brasileiro. Também foi criticada a tentativa do ministro de indicar nomes ligados à privatização da empresa para cargos de confiança no MME.


Mauro Martinelli, porta-voz do coletivo, defende que Silveira deveria alinhar seu discurso com o presidente Lula (PT). O petista classificou recentemente a privatização da Eletrobras como “crime de lesa-pátria” e uma “quase bandidagem”. Martinelli também recordou que no dia 2 de janeiro Lula enviou um ofício ao Congresso Nacional no qual reafirmou seu compromisso em reconduzir a Eletrobras como um patrimônio do povo brasileiro. 
(Mais informações: Revista Forum)

Fonte: RevistaForum

Câmara aprova projeto que trata da estrutura do Conselho Superior da Justiça do Trabalho

 Principal ponto da proposta é aumento do número de integrantes do Conselho, de 11 para 12


A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (15) o Projeto de Lei 4591/12, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que trata da estrutura do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), com atribuições de supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, inclusive por meio de decisões de caráter vinculante. A matéria foi enviada ao Senado.


Embora exista desde 2005, após criação por meio de uma resolução administrativa do TST, a Reforma do Judiciário (Emenda Constitucional 45) previa que suas competências seriam exercidas “na forma da lei”, por isso a necessidade do projeto.


A principal novidade das emendas da então Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público aprovadas pela Câmara é a ampliação, de 11 para 12, do número de membros.


O novo integrante será um juiz do Trabalho, vitalício e titular de Vara do Trabalho, eleito pelo pleno do TST e com mandato de dois anos, vedada a recondução.


Continuam a compor o conselho os onze membros atuais:

- presidente e vice-presidente do TST, como membros natos;

- corregedor-geral da Justiça do Trabalho;

- três ministros do TST eleitos pelo Pleno; e

- cinco presidentes de tribunais regionais, cada um de uma região geográfica do País, observado o rodízio entre os tribunais.


Assento e voz

Segundo o texto, o Ministério Público do Trabalho poderá atuar nas sessões do CSJT representado pelo procurador-geral do Trabalho, e o presidente da Associação Nacional de Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) terá direito a assento e voz no conselho, mas não a voto.


Competências

Entre outras competências, o CSJT exercerá, de ofício ou a requerimento de qualquer interessado, o controle de legalidade de ato administrativo praticado por um tribunal regional; responderá a consulta, em tese, formulada por um tribunal do Trabalho a respeito de aplicação de dispositivos legais e regulamentares; e examinará a legalidade das nomeações para os cargos efetivos e em comissão.


Corregedoria

Em relação ao corregedor-geral da Justiça do Trabalho, sempre eleito pelo pleno do TST, o projeto fixa como atribuições, entre outras:

- a inspeção permanente ou periódica sobre os serviços judiciários de segundo grau da Justiça do Trabalho;

- a expedição de recomendações aos tribunais regionais sobre a regularidade dos serviços judiciários, inclusive sobre o serviço de plantão nos foros e a designação de juízes para o seu atendimento nos feriados forenses; e

- a supervisão da aplicação do sistema Bacen Jud no âmbito da Justiça do Trabalho, inclusive deferimento do cadastramento ou do descadastramento de conta única indicada para bloqueio.


O Bacen Jud é um sistema que interliga a Justiça ao Banco Central e às instituições financeiras para agilizar a solicitação de informações e o envio de ordens judiciais ao Sistema Financeiro Nacional, como de bloqueio de valores para cumprimento de decisões judiciais.


Comissões

O projeto ainda prevê que o Plenário do conselho poderá criar, para o estudo de temas e o desenvolvimento de atividades relacionadas a sua competência, comissões permanentes ou temporárias, compostas por, no mínimo, três conselheiros.


Centro de pesquisas

Já o Centro de Pesquisas Judiciárias é órgão de assessoramento técnico do CSJT, ao qual cabe realizar estudos para a modernização do conselho; planejar e executar atividades de formação e aperfeiçoamento de servidores; além de elaborar relatórios conclusivos e opinar sobre matéria submetida a ele pelo Plenário do conselho, pelo presidente, pelo corregedor-geral, por conselheiro ou pelas comissões.

Fonte: Agência Câmara

Produção industrial registra menor índice desde 2017, diz CNI

 A atividade industrial segue em tendência de desaquecimento neste início de 2023 - o indicador caiu 2,7 pontos. Os dados da Sondagem Industrial, levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados nesta quinta-feira (16), mostram quedas nos índices de produção e emprego, respectivamente, de 47,9 pontos para 45,2 pontos e de 49,2 pontos para 48,5 pontos, de janeiro para fevereiro.


De acordo com a CNI, esses indicadores variam de zero a 100 e quanto mais distante da linha de corte, em direção ao zero, maior e mais disseminado é o recuo. Apesar de ser comum para o período, este ano a queda da produção e do emprego foi mais intensa do que nos anos anteriores.


“A produção costuma recuar mesmo na passagem de janeiro para fevereiro, porém, de 2017 para cá, este foi o menor índice. O número também é menor que a média histórica para o mês, com 46,5 pontos”, disse o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Fonte: Agência Brasil