quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Luiz Marinho diz que sindicatos frágeis enfraquecem democracia

 Ele comentou decisão do Supremo de validar contribuição sindical


Ao comentar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de validar a legalidade da contribuição assistencial para custear o funcionamento de sindicatos., o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse nesta quarta-feira (13) que o tema pertence ao Legislativo e que o Congresso Nacional precisa “legislar mais”. A declaração foi feita durante entrevista a emissoras de rádio no programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).


“A decisão do Supremo ajuda no debate, mas, na minha opinião, não resolve totalmente. Não sei qual vai ser a modulação, porque agora tem a modulação da decisão. Acho também que o Congresso tem que legislar mais. Reclamam de o Supremo estar legislando e que outras instituições estão legislando, porque há ausência do Parlamento na legislação. Esse é um tema legislativo.”


Para Marinho, a proibição da contribuição levou ao desmonte de diversos sindicatos pelo país e, consequentemente, a um cenário de “fragilidade terrível”. “É importante ter noção do papel que os sindicatos representam na sociedade. Seguramente, sindicatos frágeis enfraquecem a democracia. E aí ocorre o que assistimos no dia 8 de janeiro deste ano. Uma democracia que se preze seguramente, uma democracia verdadeira tem sindicatos representativos”.


“Quando se fala em sindicatos, muitas vezes o pessoal só olha para os sindicatos dos trabalhadores. Os sindicatos representam partes, trabalhadores e empregadores”, disse. “É fundamental que os sindicatos sejam representativos para produzir bons produtos. Quais são esses produtos? Contratos coletivos, acordos coletivos, convenções coletivas que trazem o conjunto das cláusulas sociais, econômicas, você pode debater questão ambiental, segurança, saúde, condições de trabalho de cada segmento da economia brasileira.”


Entenda
Um grupo de trabalho envolvendo centrais sindicais, representantes de organizações patronais e do governo estão construindo uma proposta para criar uma contribuição financeira para as entidades sindicais. A ideia é que a contribuição esteja vinculada às negociações de acordos e convenções coletivas de trabalho, negociada entre sindicatos de empregadores e de trabalhadores. A medida valeria para as entidades patronais e para as de trabalhadores e só entraria em vigor se aprovada em assembleias pelas respectivas categorias.


De acordo com o ministério, a proposta em discussão nada tem a ver com o antigo imposto sindical, extinto pela reforma trabalhista aprovada em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer. O modelo anterior era no formato de imposto e recolhido anualmente a partir do desconto de um dia de trabalho dos empregados com carteira assinada. O formato da nova contribuição prevê um teto máximo de até 1% da renda anual do trabalhador.

Fonte: Agência Brasil

Deputados apresentam projetos contrários à contribuição assistencial

 Mal o STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou a constitucionalidade do desconto da contribuição assistencial em favor dos sindicatos, alguns deputados apresentaram à Câmara Federal projetos de lei, com propósito de inviabilizar esse repasse.


A primeira iniciativa foi do deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP). Trata-se do PL 4.310/23, apresentado dia 5 de setembro, cujo objetivo é criar “mecanismo eletrônico para o trabalhador optar por não pagar a contribuição assistencial destinada a sindicatos.”


Asfixia financeira

Essa é uma maneira de tentar inviabilizar a organização sindical, de modo a manter o desmantelamento da estrutura organizada das entidades por meio da asfixia financeira. A contrarreforma trabalhista — Lei 13.467/17 — fez isto desobrigando o repasse da contribuição sindical; tornando-a voluntária.


A contribuição não foi extinta. Todavia, para que haja tal repasse, o trabalhador precisa ir ao sindicato pessoalmente e, de forma expressa, autorizar o desconto em folha de pagamento.


O outro projeto, de iniciativa do deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE), PL 4.415/23, “Dispõe sobre o direito de oposição do trabalhador à contribuição assistencial fixada em acordo ou convenção coletiva de trabalho.” O texto foi apresentado nesta terça-feira (12).


Segundo o projeto, o “objetivo é garantir ao empregado o direito de oposição à contribuição assistencial destinada aos sindicatos de forma clara e acessível, permitindo o exercício do referido direito por meio eletrônico.”


Falsa proteção ou defesa

Ambos os projetos não visam proteger o trabalhador proporcionando-lhe o “direito” de opor-se à tal contribuição, pois isto o Supremo garantiu no contexto da permissão de o sindicato cobrá-la em razão da celebração de convenção ou acordo coletivo de trabalho.


Essa decisão do Supremo está fundada em 2 razões: a primeira é o fato de a contribuição sindical ter sido desobrigada, com severos prejuízos à organização e estrutura sindicais; e a segunda é o fato de que a convenção e/ou acordo coletivo beneficia a todos os trabalhadores, independentemente de serem ou não filiados ao sindicato.


Desse modo, ainda sob a compreensão dos ministros do Supremo, que aprovaram tal contribuição aos sindicatos, por 10 votos contra 1, se todos são beneficiados pela celebração da convenção e/ou acordo coletivos, é justo que todos contribuam. E, ao mesmo tempo, permite que aqueles que não sejam filiados ou sindicalizados, possam se opor a tal desconto.


Solução intermediária

Assim, ainda no entendimento do STF, que aprovou solução intermediária, para atender à 2 demandas: de 1 lado prestigia a liberdade sindical e, ao mesmo tempo, garante aos sindicatos alguma forma de financiamento.


Decisão essa, justa, clara, objetiva e equilibrada, sob a lógica de que países democráticos precisam ter sindicatos fortes, representativos e em condições de defender seus representados. Ainda que muitos optem por não serem membros do sindicato, cujo direito é inequívoco.

Fonte: Diap

Para advogados, contribuição assistencial a sindicatos valoriza negociação coletiva

 Advogados trabalhistas consultados pela revista eletrônica Consultor Jurídico sustentam que a decisão do Supremo Tribunal Federal que validou a cobrança da contribuição assistencial imposta por acordo ou convenção coletiva aos trabalhadores, desde que lhes seja garantido o direito de oposição, valoriza as negociações coletivas.


A contribuição assistencial é destinada ao custeio de atividades envolvendo negociações coletivas do sindicato, como tratativas por reajuste salarial e extensão de benefícios. Com a decisão do Supremo, a cobrança pode ser exigida de todos os trabalhadores, mesmo dos não sindicalizados, desde que aprovada em acordos ou convenções coletivas firmados entre sindicatos de trabalhadores e patrões.


A cobrança é feita por meio de desconto na folha. O pagamento, no entanto, não é obrigatório: o trabalhador poderá manifestar oposição caso não queira contribuir. O valor e a periodicidade da contribuição serão estabelecidos nos acordos ou convenções coletivos.


Segundo Pedro Maciel, sócio do escritório Advocacia Maciel, a decisão do Supremo valoriza a negociação coletiva, os sindicatos e torna os acordos mais eficazes.


"Se o Supremo Tribunal Federal decidisse que apenas os sindicalizados teriam direito aos benefícios estipulados nos acordos coletivos, isso criaria um problema. Teríamos situações em que trabalhadores na mesma empresa, desempenhando as mesmas funções, com a mesma experiência e localização, receberiam salários diferentes e benefícios distintos", explica o especialista.


"A decisão busca promover a valorização da negociação coletiva, preservando sua eficácia. Caso contrário, não haveria incentivo para que os trabalhadores contribuíssem para o sindicato, uma vez que todos receberiam os mesmos benefícios independentemente de sua contribuição", prossegue ele.


Para o professor Ricardo Calcini, colunista da ConJur e sócio do Calcini Advogados, não é possível dizer que a decisão do Supremo ressuscita o imposto sindical.


"A contribuição assistencial, além de não ter a rejeição do imposto sindical, é vinculada a uma atuação sindical em prol da conquista de novos direitos à categoria pela formalização dos instrumentos coletivos de trabalho, enquanto o imposto não estava atrelado a nenhuma finalidade que não fosse socorrer os próprios sindicatos."


Calcini também destaca que o Supremo, para manter a coerência com a jurisprudência construída pela corte nos últimos anos, permitiu o direito de oposição ao pagamento. De acordo com ele, no entanto, não está claro se essa oposição será feita de modo individual ou coletivo.


Fim da assimetria

De acordo com Tainã Góis, doutoranda em Direito do Trabalho pela USP, a decisão do Supremo abranda uma assimetria criada pela reforma trabalhista de 2017. À época, explica ela, parte dos sindicatos pleiteava uma estrutura menos burocrática e a manutenção de contribuições que garantissem o funcionamento da estrutura sindical.


Com a reforma, afirma Góis, foi mantida a estrutura burocrática, ao mesmo tempo em que o poder dos sindicatos foi esvaziado com o fim das contribuições obrigatórias.


"Em vez de combater o modelo burocrático, a reforma acabou com o imposto ao mesmo tempo que manteve todas as restrições envolvendo a atividade sindical. Com isso, os sindicatos perderam um grande poder de barganha e de garantir direitos."


Com a decisão do Supremo, prossegue a especialista, a estrutura sindical pode ser fortalecida. "Com a contribuição, os sindicatos têm mais condições de buscar melhores condições de trabalho. Não se trata do retorno do imposto obrigatório, mas da recomposição de um modelo que estava juntando o pior dos dois mundos. É uma anomalia um sindicato com a limitação de categorias e base territorial e, ao mesmo tempo, sem contribuição obrigatória."


Camilo Onoda Caldas, sócio do Gomes, Almeida e Caldas Advocacia, ressalta que a decisão do Supremo não cria um pagamento obrigatório, mas inverte o modo em que se dá a oposição do trabalhador à cobrança.


"Trata-se da contribuição assistencial, em relação à qual havia o entendimento de que somente poderia haver cobrança se os trabalhadores da categoria autorizassem expressamente a cobrança. Agora, o posicionamento do STF inverteu-se e a regra será autorizar a cobrança, a menos que o empregado manifeste expressamente a oposição."


Para ele, não se trata da volta do imposto sindical, já que nessa modalidade o trabalhador não podia fazer nenhum tipo de oposição. "Esse julgamento deve aumentar significativamente a arrecadação dos sindicatos e a capacidade de ação deles, uma vez que sofreram fortes impactos com as mudanças advindas em 2017."


Por sua vez, Karolen Gualda Beber também defende não ser possível falar em volta do imposto sindical, dada a natureza da contribuição assistencial e a possibilidade de oposição.


"Mudando o entendimento anterior sobre o mesmo tema, agora os ministros entenderam que é válida a obrigação do recolhimento da cobrança. Já o trabalhador, caso não queira pagar, terá de fazer a oposição à tal cobrança. O entendimento foi no sentido de que os benefícios obtidos em uma negociação coletiva se estendem a todos os empregados de uma categoria, independentemente de serem ou não filiados."


Para Antonio Pereira Neto, sócio da área trabalhista do escritório Terciotti, Andrade, Gomes, Donato Advogados, não houve restrição à liberdade dos trabalhadores com a decisão do Supremo. "No meu entender, o novo posicionamento não fere a liberdade individual, na medida em que a cobrança é autorizada mas o empregado passa a deter a faculdade de se opor ao pagamento. Há inversão da regra. Se antes precisava da autorização para cobrança (artigo 578 da CLT), agora o empregado passa a ter a faculdade de se opor à dita cobrança."

Fonte: Consultor Jurídico

Saque-aniversário fragilizou o FGTS, diz Luiz Marinho

 Modalidade permite que o trabalhador faça retiradas do fundo sempre no mês do seu aniversário


O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, repetiu nesta quarta-feira (13) que a criação do saque-aniversário no governo anterior fragilizou o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).


Ele voltou a argumentar que o instrumento seria até mesmo inconstitucional e defendeu que, mesmo que tenha aderido ao saque-aniversário, o trabalhador possa acessar os recursos do FGTS em caso de demissão.


“Quando você fragiliza o fundo, você fragiliza investimentos, quando estamos discutindo subsídios para o Minha Casa Minha Vida”, afirmou, em entrevista à EBC.


E completou: “Não está em debate o fim do saque-aniversário. Mas vamos encaminhar ao Congresso a correção de uma grande injustiça que o saque-aniversário trouxe ao trabalhador que aderiu ao sistema e eventualmente foi demitido.”


Entenda

Criado por lei em 2019, na gestão Jair Bolsonaro, o saque-aniversário permite que o trabalhador faça retiradas do fundo sempre no mês do seu aniversário. Em compensação, em caso de demissão, ele fica impedido de acessar o montante acumulado na conta do FGTS vinculada àquele emprego.


Pelas regras, o trabalhador só pode retornar à modalidade de saque-rescisão (que permite o resgate em caso de demissão sem justa causa) depois de 24 meses.


Marinho e sua equipe são críticos da modalidade e avaliam que o FGTS foi criado justamente para socorrer o trabalhador em caso de demissão e que, portanto, a finalidade foi desvirtuada. Técnicos do Ministério do Trabalho entendem ainda que a regra, ao permitir saques anuais, fere outro objetivo do FGTS, que é formar uma poupança para bancar investimentos em infraestrutura.


O fim do saque-aniversário foi uma promessa feita pelo ministro assim que assumiu o cargo, mas o assunto é espinhoso devido ao volume de adesões. No início do ano, segundo números do FGTS, 28 milhões de trabalhadores estavam na modalidade. Além disso, muitos beneficiários tomaram empréstimos bancários tendo esse dinheiro como garantia.


O Projeto de Lei faz, inclusive, menção a esse público. Determina que os trabalhadores demitidos que contrataram financiamentos com essa garantia tenham, obrigatoriamente, de quitar os débitos com o valor resgatado. “Vamos imaginar um cidadão que tenha R$ 30 mil de saldo (no FGTS) e que tomou um empréstimo de R$ 10 mil. Ele salda o que deve ao banco e terá direito de sacar o que lhe resta no fundo”, explicou o ministro.

Fonte: InfoMoney

Inflação medida pelo INPC fica em 0,2% em agosto

 Taxa é superior às do mês anterior e de agosto do ano passado


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação da cesta de compras para famílias com renda até cinco salários mínimos, teve inflação de 0,2% em agosto deste ano. A taxa é superior às observadas no mês anterior e em agosto do ano passado, que haviam registrado deflações (quedas de preço) de 0,09% e 0,31%, respectivamente.


O INPC acumula taxas de inflação de 2,8% no ano e de 4,06% em 12 meses. Portanto, o indicador apresenta taxas inferiores às apuradas pelo IPCA, que mede a inflação oficial e que apresentou altas de 0,23% em agosto deste ano, 3,23% no acumulado do ano e 4,61% em 12 meses.


A inflação de agosto do INPC foi puxada pelos produtos não alimentícios, que subiram 0,56% no mês, depois de uma inflação de 0,07% em julho. Já os alimentícios tiveram deflação ainda mais acentuada em agosto (-0,91%) do que no mês anterior (-0,59%).

Fonte: Agência Brasil

Paulo Paim continua luta por um salário mínimo digno

 Na manhã desta segunda-feira (11), o senador Paulo Paim (PT-RS) recebeu em seu gabinete o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores, Moacyr Auersvald, e Wilson Pereira, presidente da Contratuh e tesoureiro da Nova Central, para uma conversa sobre a luta do parlamentar pelo salário mínimo. Na oportunidade, Paim reforçou mais uma vez a sua grande preocupação política que é de valorizar o salário mínimo, aproveitando a disposição do governo Lula que pretende dar uma injeção no ganho da classe trabalhadora e aposentada brasileira, entre outros segmentos que sofrem a influência direta do mínimo.


Constituição

Paim lembrou que desde a elaboração da Constituinte vigente, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, batalhou para a elaboração de um texto que contemplasse a valorização do ganho básico do trabalhador. Contou que trabalhou incansavelmente na época, visitando 27 regiões brasileiras e destacou o papel importante do senador Renan Calheiros, como presidente o Congresso Nacional.


“Foram nos governos Lula e Dilma que alcançamos os melhores índices para o salário, que chegou a valer até 350 dólares, saindo dos 60 ou 80 dólares até então praticados”.


Ele lamentou que o que está escrito na Constituição desde 1988, até hoje, infelizmente, jamais foi cumprido, sofrendo um grande golpe junto com a derrubada de Dilma Rousseff, quando o vice-presidente Temer assumiu e revogou a lei que estabelecia que o salário mínimo acompanharia sempre a Inflação mais o PIB nacional. E mais castigada ainda no governo Bolsonaro, quando os aposentados também foram desvinculados.


Economia

Na conversa com os dirigentes da Nova Central e Contratuh, o senador Paim lembrou também que a importância do salário mínimo é fundamental para o desenvolvimento econômico do país, representando muito mais do que o Fundo de Participação dos Municípios e a sua desvalorização é fatal.


"Não comparando, mas relacionando o que se ganha hoje nos EUA e no Brasil, há uma discrepância quase inatingível já que no solo americano o salário mínimo hoje vale em torno de mil dólares, contra o nosso minguado R$ 1.320,00 só agora sancionado pelo presidente Lula, na primeira meta de corrigir as inconsequentes determinações presidenciais dos seus dois antecessores."


Prefeituras

O presidente da Contratuh, Wilson Pereira, quis saber do senador o porquê de muitos prefeitos conspirarem contra o aumento do Salário Mínimo, alegando que a elevação pode significar a quebra de muitas prefeituras. Nisso o senador Paim foi muito direto: “Não há uma só prefeitura neste Brasil que tenha sofrido com os aumentos do salário mínimo. No Sul praticamente não há funcionários assalariados neste nível, geralmente ganham muito mais e no Nordeste é incrível que muitas prefeituras contabilizem o repasse sem consolidá-lo na prática. Há muito funcionário recebendo abaixo do mínimo em inúmeras prefeituras.”


Sobre os alegados encargos sempre reclamado pelos empresários, Paim também argumenta que é inconcebível que num país onde mais se produz alimentação tenhamos tanta fome. “Mais do que 50% de tudo que se produz acaba nas mãos de poucos, que lucram e concentram renda. É lamentável que ainda haja lamúrias empresariais, quando a especulação financeira é o que sustenta as grandes fortunas”.


Luta incansável de Paim

Moacyr Auersvald agradeceu a luta incansável do senador Paim pela Política Nacional de Valorização do Salário Mínimo: " Para nós é muito importante ter ao nosso lado alguém como o senador Paulo Paim. Sempre em defesa das camadas sociais mais simples e sofridas do nosso Brasil. E dentre suas lutas, talvez a maior delas seja pela valorização do salário mínimo. Paim nunca se importou com qualquer "bullying" ao defender que nosso salário chegasse a 100 doláres. um fato histórico. Por isso, toda nossa gratidão ao seu trabalho e envolvimento com o movimento sindical. Se estamos vivendo esse momento hoje é por sua causa".


Segundo Paim, a valorização da legislação que está prevista na Constituição começa a ganhar força com o retorno do governo Lula. “O presidente Lula já sancionou este ano a lei que restabelece o aumento do SM baseado nos índices inflacionários mais o PIB, o que foi aprovado lá atrás. Hoje a população brasileira é formada por cerca de 80 milhões de pessoas que recebem o salário mínimo. No entanto no desdobramento da responsabilidade desses assalariados, chegamos a uma população de 100 milhões de brasileiros que dependem diretamente do salário mínimo, asseverou o senador.


Daí a sua grande preocupação e dos movimentos sindicais para que a valorização do salário mínimo volte a acontecer e contribua para o desenvolvimento nacional, premiando aqueles que produzem e que cumprem jornadas com uma paga tão diminuta.


Nova Central atuante

"Contem comigo. A Nova Central sempre esteve do lado certo da história. A entidade que tem lado e faz o bem a qualquer momento", enfatizou o senador Paulo Paim.

Por Imprensa Nova Central e Contratuh

Fonte: NCST

Eletricitários fecham posição contra a tentativa de acordo da Eletrobrás sobre o poder de voto da União

 Atualmente, o governo federal detém 43% das ações da empresa, mas, por um dispositivo ilegal, o Estado Brasileiro vota com apenas 10% das ações nas Assembleia de Acionistas


Integrantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários protestaram contra uma tentativa de acordo organizado pela direção da empresa sobre o poder de voto da União nas assembleias de acionistas da empresa. A companhia foi privatizada no governo Jair Bolsonaro (PL), faltando quatro meses para a eleição presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Atualmente, o governo federal detém 43% das ações da empresa, mas por um dispositivo ilegal, o Estado Brasileiro vota com apenas 10% das ações nas Assembleia de Acionistas.


"Para os trabalhadores do setor elétrico, só interessa a retomada dos 43% do poder de voto da União na Eletrobrás". "Uma agenda de novas manifestações está em curso", afirmou o coletivo. Os atos dos trabalhadores aconteceu na última quinta-feia (7). Segundo a entidade, "desde a privatização a empresa tem sido depenada com demissões, desinvestimentos e vendas de ativos como a Usina de Candiota, perseguições políticas de dirigentes sindicais e resultados pífios. A direção da Eletrobrás tem aumentado exponencialmente seus salários e bonificações, assim como a distribuição de dividendos para os acionistas".


A Advocacia Geral da União e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ingressaram em maio no Supremo Tribunal Federal (STF) com a Ação Direta de Inconstitucionalidade 7385/2023. A ação discute inconstitucionalidade na interpretação de dispositivos da Lei 14182/2021 (privatização da Eletrobrás) e que limita o poder de voto da União na empresa.Em agosto, a Procuradoria-Geral da República demonstrou posição alinhada com a do governo e questionou o dispositivo que aborda a diminuição da participação da União nas votações do conselho da Eletrobrás.


Em agosto, a Procuradoria-Geral da República demonstrou posição alinhada com a do governo e questionou o dispositivo que aborda a diminuição da participação da União nas votações do conselho da Eletrobrás.

Fonte: Brasil247

Senado volta a analisar desoneração da folha

 Está de volta ao Senado o Projeto de Lei 334/2023, que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 31 de dezembro de 2027. O texto, do senador Efraim Filho (União-PB), foi aprovado com mudanças pela Câmara dos Deputados no final de agosto. Entre as mudanças feitas pela Câmara, está a que estende a diminuição da contribuição previdenciária a todos os municípios brasileiros. O texto aprovado pelo Senado restringia essa lista a municípios menores.


A desoneração da folha é um mecanismo que permite às empresas dos setores beneficiados o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários. Essa permissão foi introduzida há 12 anos para algumas áreas e há pelo menos dez anos abrange todos os setores hoje incluídos.


A ideia é que esse mecanismo reduza os encargos trabalhistas dos setores desonerados e estimule a contratação de pessoas. Atualmente, a lei só garante o benefício até 31 de dezembro de 2023, o que, segundo Efraim, causa insegurança jurídica ao setor produtivo. Após a aprovação do projeto pela Câmara, o senador disse que todos os envolvidos têm a ganhar com a desoneração.


— O maior desafio do Brasil, atualmente, é gerar emprego, não é arrecadar mais. Este projeto dialoga com quem produz, dialoga com sindicatos de trabalhadores, faz com que pais e mães de família e jovens que estão na fila do desemprego possam conquistar a oportunidade de trabalho e, com o suor do seu rosto, colocar o pão na mesa. É um projeto de ganha-ganha. É bom para quem produz, é bom para quem trabalha e consegue dar um encaminhamento importante para o Brasil — disse Efraim.

(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Senado

terça-feira, 12 de setembro de 2023

STF decide a favor da contribuição assistencial a sindicatos

 Contribuição assistencial é destinada ao custeio das atividades de negociação coletiva dos sindicatos com os empregadores


O Supremo Tribunal Federal decidiu nesta segunda-feira 11 a favor da contribuição assistencial imposta por acordo ou convenção coletiva a trabalhadores, mesmo aqueles não sindicalizados.


O julgamento, realizado no plenário virtual, estava previsto para terminar às 23h59 desta segunda, mas já conta com o voto dos 11 ministros. O voto contrário, ficou apenas com Marco Aurélio Mello, aposentado do STF desde 2021.


Na época do voto, o ministro havia acompanhado o entendimento de Gilmar, que era contrário à contribuição e mudou seu entendimento em abril deste ano. Apesar disso, o voto do ministro aposentado continuou computado. André Mendonça, que entrou na vaga de Marco Aurélio, não participou desse julgamento.


A contribuição assistencial é destinada ao custeio das atividades de negociação coletiva dos sindicatos com os empregadores por benefícios dos trabalhadores. As conquistas nas negociações podem se estender a toda a categoria, independentemente de sindicalização.


Essa contribuição não se trata do imposto sindical, considerado inconstitucional pelo Supremo.


“Nesse modelo, não há incentivos para o trabalhador se filiar ao sindicato. Não há razão para que ele, voluntariamente, pague por algo que não é obrigatório, ainda que obtenha vantagens do sistema. Todo o custeio fica a cargo de quem é filiado. Trata-se de uma desequiparação injusta entre empregados da mesma categoria”, assinalou Barroso em seu voto.


A solução alternativa proposta pelo ministro se resume em garantir o direito do empregado de se opor ao pagamento da contribuição assistencial.


“Ele continuará se beneficiando do resultado da negociação, mas, nesse caso, a lógica é invertida: em regra admite-se a cobrança e, caso o trabalhador se oponha, ela deixa de ser cobrada”, explicou.

Fonte: Carta Capital

Em vídeo transmitido pelo Youtube MPT fala sobre importância dos sindicatos; assista

 “Você pode não perceber, mas enquanto você trabalha, o sindicato trabalha por você. Um sindicato forte garante negociações justas com empregador [patrão].” Assim começa o vídeo do MPT (Ministério Público do Trabalho), que dura menos de 2 minutos, sobre a importância dos sindicatos.


“Foram eles [os sindicatos], que historicamente, garantiram direitos trabalhistas básicos: aumento salarial, limite de jornada, 13º salário, férias, licença-maternidade e participação nos lucros, são exemplos de conquistas do sindicato para você, [trabalhador e trabalhadora].”


“Sem os sindicatos, os seus direitos são retirados sem que você tenha força e voz. Valorize o seu sindicato, pois sem ele, o negociado será você.”


Lula presidente

Com a vitória de Lula, abrem-se novos caminhos para reconstruir o movimento sindical, desmantelado pela Reforma Trabalhista do ex-presidente Michel Temer (MDB), e aprofundada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


Há discussão neste sentido, no STF (Supremo Tribunal Federal), por meio do reestabelecimento da contribuição assistencial. E, ainda, no governo, que montou GT (grupo de trabalho), que vai propor alterações na Lei 13.467/17, a contrarreforma trabalhista.


A Comissão de Trabalho da Câmara também entrou neste debate, com a criação de GT que vai debater sobre a organização e o custeio das entidades sindicais.


Em todos esses processos, as centrais sindicais estão acompanhando e participando, a fim de encontrar caminhos para a reconstrução do movimento sindical brasileiro.


Para assistir o vídeo clique no link: https://www.youtube.com/watch?v=EQb4VNdX9rw

Fonte: Diap

FGTS: governo pode mudar saque-aniversário e desbloquear saldo a demitidos

 Pessoas que contrataram empréstimos atrelados ao saque-aniversário teriam que quitar obrigatoriamente os débitos com parte do valor resgatado


O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, deve submeter na próxima semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um projeto de lei que muda as regras do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o qual pode ter impacto de até R$ 14 bilhões na economia.


O texto, que já está na Casa Civil, libera o saldo do FGTS a trabalhadores demitidos sem justa causa que tenham aderido ao saque-aniversário – e, por isso, ficaram impedidos de acessar os recursos em caso de desligamento. A informação foi publicada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Estadão.


“O projeto é simplesmente para corrigir uma distorção, uma injustiça contra o trabalhador, que fez a adesão ao saque-aniversário”, afirmou o ministro em vídeo enviado ao Estadão. “Nós vamos, na semana que vem, submeter à apreciação do presidente Lula, depois de uma conversa com os ministros diretamente responsáveis”, disse Marinho, destacando que o Congresso Nacional “saberá tomar a decisão devida”.


Criado por lei em 2019, na gestão Jair Bolsonaro, o saque-aniversário permite que o trabalhador faça retiradas do fundo sempre no mês do seu aniversário. Em compensação, em caso de demissão, ele fica impedido de acessar o montante acumulado na conta do FGTS vinculada àquele emprego.


Pelas regras, o trabalhador só pode retornar à modalidade de saque-rescisão (que permite o resgate em caso de demissão sem justa causa) depois de 24 meses.


Marinho e sua equipe são críticos da modalidade e avaliam que o FGTS foi criado justamente para socorrer o trabalhador em caso de demissão e que, portanto, a finalidade foi desvirtuada. Técnicos do Ministério do Trabalho entendem ainda que a regra, ao permitir saques anuais, fere outro objetivo do FGTS, que é formar uma poupança para bancar investimentos em infraestrutura.


O fim do saque-aniversário foi uma promessa feita pelo ministro assim que assumiu o cargo, mas o assunto é espinhoso devido ao volume de adesões. No início do ano, segundo números do FGTS, 28 milhões de trabalhadores estavam na modalidade. Além disso, muitos beneficiários tomaram empréstimos bancários tendo esse dinheiro como garantia.


O Projeto de Lei faz, inclusive, menção a esse público. Determina que os trabalhadores demitidos que contrataram financiamentos com essa garantia tenham, obrigatoriamente, de quitar os débitos com o valor resgatado. “Vamos imaginar um cidadão que tenha R$ 30 mil de saldo (no FGTS) e que tomou um empréstimo de R$ 10 mil. Ele salda o que deve ao banco e terá direito de sacar o que lhe resta no fundo”, explica o ministro.


O Estadão apurou que o ministério avalia a possibilidade de impedir que esse trabalhador demitido retorne ao saque-aniversário depois de sacar o saldo remanescente do FGTS. Dessa forma, ele voltaria a ficar vinculado apenas ao saque-rescisão – evitando as retiradas periódicas do fundo.

Fonte: Estadão

Rosa Weber vota favorável ao financiamento sindical por meio da contribuição assistencial

 O STF (Supremo Tribunal Federal) segue o julgamento, por meio do plenário virtual, para validar ou constitucionalizar a chamada “contribuição assistencial” aos sindicatos.


A ministra Rosa Weber, presidente da Corte Suprema, apresentou voto favorável, na última sexta-feira (8), para que os sindicatos descontem a contribuição assistencial resultado da aprovação da convenção ou acordo coletivo.


Agora, já são 7 votos a favor de que a contribuição seja descontada em folha de pagamento, pelas empresas, com porcentual definido em assembleia. O objetivo dessa contribuição é custear as atividades coletivas dos sindicatos, como as campanhas de dissídio salarial coletivo. O julgamento se encerra nesta segunda-feira (11).


Voto da ministra

Segundo a ministra, “não há exercício da ampla representatividade da categoria sem o respectivo custeio das entidades sindicais. O financiamento constitui elemento indispensável à estruturação saudável dos sindicatos.”


“Esse cenário de enorme prejuízo na arrecadação do sistema sindical brasileiro acarreta profundos reflexos na atuação das entidades sindicais como agentes centrais da representação coletiva trabalhista”, acrescentou no voto.


Emendou: “O enfraquecimento das entidades sindicais equivale à debilitação da negociação coletiva como instrumento de concretização da melhoria das condições de gestão da força de trabalho no mercado econômico.”


E votou: “Nesse contexto, reafirmo os fundamentos expostos no julgamento da ADI 5794 e acompanho o ministro relator no que dá provimento aos embargos de declaração a fim de retificar a tese de repercussão geral (Tema 935) nos termos propostos.”

Lin
Leia a íntegra do voto da ministra

Fonte: Diap

Produção industrial cai 0,6% de junho para julho

 A produção industrial brasileira teve queda de 0,6% em julho deste ano, na comparação com o mês anterior. O dado é da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Na comparação com julho do ano passado, a queda chega a 1,1%. O setor também apresenta queda acumulada de 0,4% neste ano. No acumulado de 12 meses, a indústria apresenta estabilidade.


“Com esses resultados, o setor industrial se encontra 2,3% abaixo do patamar pré-pandemia, ou seja, fevereiro de 2020, e 18,7% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011”, destaca o pesquisador do IBGE André Macedo.


Quinze das 25 atividades industriais pesquisadas apresentaram queda na produção na passagem de junho para julho deste ano. Os principais recuos foram observados nos ramos de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,5%), indústrias extrativas (-1,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%) e máquinas e equipamentos (-5%).


Por outro lado, nove atividades tiveram alta na produção, com destaques para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,2%), produtos alimentícios (0,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,7%).


Na análise das quatro grandes categorias econômicas da indústria, três tiveram queda de junho para julho: os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (-7,4%),os bens de consumo duráveis (-4,1%) e os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (-0,6%). Apenas os bens de consumo semi e não duráveis tiveram aumento no período (1,5%).

Fonte: Agência Brasil

CAE aprova incentivos para contratação de pessoas com mais de 60 anos

 A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou na terça-feira (5) incentivos fiscais para empresas que contratarem pessoas com 60 anos ou mais. O relator na CAE, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), defendeu a adoção de políticas públicas para combater e reverter a discriminação por idade. Se não houver pedido para nova votação no Plenário do Senado, a proposta (PL 4.890/2019) seguirá para a análise da Câmara dos Deputados.

Fonte: Agência Senado

Projeto abre crédito para pagamento de saldos do PIS/Pasep

 Cerca de 10 milhões de pessoas teriam direito a R$ 24,6 bilhões acumulados nas contas


O governo enviou ao Congresso Nacional projeto que abre crédito especial de R$ 85,2 milhões no Orçamento de 2023 (PLN 27/23) para pagar a cotistas saldos acumulados em contas de PIS/Pasep. A estimativa do governo é beneficiar 8 mil pessoas que pediram o resgate dos valores. O saldo médio é de R$ 10.650.


Em 2022, a Emenda Constitucional 126 determinou que contas de PIS/Pasep cujos saldos não fossem reclamados por mais 20 anos seriam encerradas 60 dias após publicação de aviso no Diário Oficial da União. Os valores foram declarados como abandonados e apropriados pelo Tesouro Nacional, mas o interessado pode pedir ressarcimento à União até 5 anos após o encerramento das contas.


Os recursos sairão da programação do programa Bolsa-Família, mas o Ministério do Desenvolvimento Social informou que os pagamentos do benefício não sofrerão prejuízo. “O remanejamento foi decidido com base em projeções de suas possibilidades de dispêndio até o final do exercício”, explica a mensagem que acompanha a proposta.


De acordo com a Caixa Econômica Federal, cerca de 10 milhões de pessoas teriam direito a R$ 24,6 bilhões acumulados no PIS/Pasep.

Fonte: Agência Câmara

Tragédia em Cabreúva: é urgente investir em saúde e segurança no trabalho

 A notícia de 5 mortes e mais de 30 feridos em uma metalúrgica em Cabreúva, interior de São Paulo, entristece e revolta. É uma tragedia que mostra como é fundamental a luta por mais investimentos em saúde e segurança e pelo meio ambiente saudável no trabalho. Uma luta que, infelizmente, foi prejudicada pela retirada de direitos trabalhistas e pela retrógrada visão de que investir em proteção é despesa.


Conforme informou a imprensa, a metalúrgica não tinha AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), documento que assegura que o espaço tenha condições para lidar com situações de incêndio e pânico, que necessitem de rápida evacuação.


Isso é mais um reflexo de uma política de descaso com o povo, que vivemos nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Foram governos que se esforçaram para destruir a proteção e as perspectivas dos trabalhadores, desmontando o Ministério do Trabalho, acabando com a fiscalização e inspeção, e, principalmente, atacando os sindicatos e a luta dos trabalhadores e trabalhadoras por condições dignas e seguras no exercício de suas funções.


A história nos ensina que só coletivamente podemos dar solução aos problemas sociais, e isso nada mais é que a expressão de um Sindicato Forte.


Precisamos de Sindicatos Fortes para que notícias como a das mortes e feridos em Cabreúva parem de ocorrer. É necessário fortalecer uma política de Estado que efetive o sistema de prevenção de doenças e acidentes de trabalho e garanta instrumentos legais para a fiscalização em defesa do meio ambiente profissional e da saúde do trabalhador.


Exigimos dos governos e das autoridades uma investigação rigorosa com responsabilização e punição dos culpados. O trabalho deve ser um meio de vida e não o caminho para a morte.


Expressamos nossa solidariedade aos familiares enlutados e aos acidentados.


São Paulo, 2 de setembro de 2023


Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)

Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)

Miguel Torres, Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos Sindicatos Brasileiros)

Nilza Pereira, secretária geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora

Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da CSP-Conlutas

José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

Fonte: NCST

Justiça suspende desligamentos do PDV da Eletrobras; entenda

 Eletrobras suspende desligamentos de funcionários que aderiram ao PDV após decisão judicial. Entenda os detalhes desta ação

 

A Eletrobras informou nesta segunda-feira (4) que, por decisão judicial, suspendeu os desligamentos de funcionários que aderiram ao Plano de Demissão Voluntária (PDV).


A decisão vale para os processos que ainda não tenham sido homologados. A empresa também suspendeu as datas-limite do PDV.


Na última sexta-feira (1º), o ministro Agra Belmonte, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), havia determinado a suspensão por 15 dias dos desligamentos ainda não homologados.


Sindicatos pressionam por suspensão de PDV

 

As entidades sindicais de trabalhadores que fizeram o pedido de suspensão.


A decisão judicial foi tomada no âmbito do dissídio coletivo que tramita no TST e que busca definir a cláusula do acordo coletivo 2020/2022 que trata da dispensa em massa e dos planos de demissão voluntária.


Segundo o TST, em 16 de agosto o ministro Agra Belmonte apresentou, em uma audiência de conciliação, a proposta de reabertura do PDV nas mesmas condições para todos.


Mas, mesmo depois do prazo judicial, os sindicatos informaram que a empresa não havia apresentado sua contraproposta e que ela estaria condicionando a negociação à desistência do dissídio.


Por outro lado, a Eletrobras havia pedido a interrupção, por 15 dias, para continuar as negociações e encerrar o impasse de forma amigável.


Mas, como a Eletrobras não suspendeu os desligamentos, nem mesmo preventivamente, o ministro do TST decidiu suspendê-los.


“Por fim, em razão das tratativas que parecem estar sendo encaminhadas, o relator julgou prudente determinar a suspensão do dissídio por 15 dias e a suspensão dos desligamentos e das datas-limites do PDV 2023, sob pena de multa de R$1 mil por cada trabalhador em caso de descumprimento”, informa nota do TST, divulgada no sábado (2).


De acordo com a Eletrobras, 353 rescisões de contratos realizadas em 31 de agosto e que não tinham sido homologadas foram suspensas. Antes disso, em junho e julho, a empresa já havia desligado 87 funcionários.


Ao todo, de acordo com a Eletrobras, 1.437 funcionários se inscreveram no PDV, em junho e julho. A empresa informou ainda que está adotando as medidas “necessárias à defesa de seus interesses”.


Em nota divulgada na sexta-feira (1º), a Eletrobras informou que, para garantir a continuidade de suas operações, não desligará nenhum funcionário de usinas e subestações de transmissão até 31 de dezembro.


De acordo com a empresa, 102 novos profissionais foram contratados. Até dezembro, serão mais 730 contratações para as áreas de operação e manutenção das empresas do grupo.


A privatização da Eletrobras aconteceu em junho de 2022. Em junho deste ano, a empresa lançou seu PDV.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Rádio Peão Brasil