quarta-feira, 17 de agosto de 2011

MATÉRIA DIVULGADA NO ESTADO DO PARANÁ SOBRE MARCHA DE PROTESTO

Servidores públicos protestam contra nova onda de privatizações no PR
Valéria Auada


                                         Anderson Tozato/O Estado

Um ato público na Praça Santos Andrade, em Curitiba, seguido de uma passeata até a Assembleia Legislativa do Paraná, foi realizado na tarde desta terça-feira (16) pelos servidores públicos da Copel e da Sanepar e outras empresas públicas, representantes de sindicatos e de centrais sindicais de trabalhadores contra a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) e para comemorar o aniversário de dez anos de mobilização popular ocorrida em 16 de agosto de 2001 contra a venda da Copel.

Os manifestantes fizeram um apitaço ao subir as escadas da Assembleia Legislativa até o Plenário. Pela manhã, foi realizada uma audiência pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa para lembrar também os dez anos de movimento popular contra a venda da Copel.

O Projeto de Lei 361/2011 que cria a Agepar foi retirado de pauta da Assembleia Legislativa pelo governador Beto Richa para melhor análise e devido à polêmica que vem causando entre os meios sindicais e os servidores públicos. A Agepar seria uma agência reguladora que fiscalizaria empresas públicas como a Copel e a Sanepar. Sindicalistas e servidores públicos temem que a Agepar seja o primeiro passo para a privatização de empresas como a Copel e a Sanepar.

O presidente do Sindicato dos Eletricitários de Curitiba (Sindinel), Alexandre Donizete Martins, disse que as manifestações só vão terminar quando for cancelado o projeto de Lei nº 361/2011 ou qualquer outro que possa sugerir privatização. “A manifestação é para defender as empresas públicas do Estado em função da tentativa de privatização com a criação da Agepar”, esclareceu Martins.

“Essa agência (Agepar) nada mais é do que uma privatização disfarçada gradativamente”, reagiu o presidente dos Trabalhadores no Saneamento do Paraná (Saemac), Gerti Nunes. Ele questiona: “Porque uma agência reguladora para fiscalizar as empresas estatais? Qual o objetivo disso se é o próprio governo que administra estas empresas”?

Presente às manifestações, o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente (Fenatema), Eduardo Annunciato (Chicão), argumentou que não quer que ocorra no Paraná o mesmo que aconteceu no Rio de Janeiro e São Paulo. A Eletropaulo, de São Paulo, e a Light, do Rio de Janeiro foram privatizadas.

“Com a privatização, prometeram que iam melhorar a qualidade, a segurança dos serviços e o preço da energia elétrica em São Paulo e no Rio. Mas, os preços da energia elétrica subiram e a qualidade dos serviços caiu porque demitiram mais de 70% dos trabalhadores das companhias. E por fim, o serviço ficou menos seguro. Morrem pessoas todos os dias na rede elétrica”, disparou Annunciato.

O ato público e a passeata desta terça-feira foram organizados e promovidos pelo Sindicato dos Eletricitários de Curitiba (Sindinel) e pelo Sindicato dos Trabalhadores no Saneamento do Paraná (Saemac). Eles tiveram o apoio da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST/PR), União Geral dos Trabalhadores (UGT/PR) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT/PR).

Audiência Pública relembra 10 anos do movimento popular que impediu venda da Copel

Alexandre discursa no Plenarinho da Assembléia Legislativa do Paraná

Em audiência publica ocorrida na manhã de ontem (17/08) no Plenarinho da Assembléia Legislativa do Paraná para relembrar o movimento popular que impediu a venda da Copel o dirigente sindical Alexandre do Sindenel comentou na tribuna que é preciso além da defesa das empresas públicas também cobrar investimentos financeiros no setor e a valorização do quadro funcional.

Comentou que há dez anos atrás os trabalhadores da Copel fizeram sua parte para impedir a privatização da empresa mantendo a continuidade dos serviços de geração e fornecimento de energia em condições extremamente precárias, pois o governo havia tirado todo investimento no setor, tanto no parque energético como também na renovação do quadro funcional que ficou anos sem contratação chegando a um terço do quadro funcional necessário para fazer frente às atividades da empresa.

Em 2001 havia pouco mais de 5000 (cinco mil) trabalhadores em todo Estado do Paraná para dar conta do trabalho. Tudo isto foi pensado pelos governantes da época para a Copel ser ineficiente e a opinião publica ficar a favor da privatização, no entanto os trabalhadores da Copel trabalharam com afinco em jornadas longas e fatigantes, mas mantiveram o fornecimento de energia com confiabilidade.

Lembrou também que passado aquele momento estes mesmos trabalhadores continuaram por anos com seu esforço para manter o sistema energético confiável até o inicio da recomposição do quadro funcional e quando isto ocorreu a diretoria da Copel esqueceu sua dedicação quis demiti-los oferecendo a porta dos fundos da empresa para saída destes empregados que tanto deram de si para manter a qualidade do serviço prestado pela Copel.

Conseguimos com apoio da opinião publica e poder judiciário impedir a demissão destes 1000 (hum mil) trabalhadores e diante destes fatos solicitou ao parlamentares e presentes no Plenarinho para lembrarem e valorizarem o papel dos trabalhadores que em momentos de intolerância e autoritarismo cumprem seu papel de forma anônima, mas com ética e empenho profissional.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pauta dos trabalhadores eletricitários da Copel foi unificada em Plenária Estadual



Os trabalhadores eletricitários da Copel de todas as regiões do Paraná que compõem as bases sindicais do Sindenel, Sindelpar, Sintec, Sintespar e Sindespar reuniram-se em neste final de semana para unificação da pauta de reivindicações para campanha salarial deste ano. Prestigiaram o evento dos trabalhadores eletricitários os sindicalistas Paulo Rossi – presidente da UGT-PR, Madureira diretor da Fenatema, Gerti Nunes presidente do Saemac e Adir de Souza presidente da Fundacentro.

Trabalhador eletricitário participe ativamente da campanha salarial comparecendo as assembléias e reuniões convocadas pelo sindicato.

Juntos fazemos a diferença.