sexta-feira, 22 de julho de 2016

Manutenção da Selic em 14,25% prejudica retomada de crescimento econômico

A primeira reunião do Copom - Comitê de Política Monetária sob a presidência de Ilan Goldfajn presidente do Banco Central do Brasil, desagradou os representantes dos trabalhadores (as). A Nova Central, e as demais centrais protestaram na terça-feira (19/7) pela redução dos juros da taxa Selic e contra o desemprego.

“Hoje os juros do cartão de crédito e do cheque especial passam dos 500% e no comércio, o trabalhador quando abre uma prestação pra comprar uma televisão, leva uma e paga duas. Isso é transferência de renda dos mais pobres para uma elite sanguessuga que nada produz e vive do sangue e suor dos mais pobres” disse Luiz Gonçalves (Luizinho), presidente da Nova Central – SP.

Dirigentes das centrais avaliam que a manutenção da taxa Selic – juros básicos da economia – em 14,25% ao ano, age com um entrave à retomada da atividade econômica. E a unidade das Centrais Sindicais na construção de uma agenda de lutas para barrar o retrocesso se faz necessário neste momento. “Só com grandes manifestações unitárias e a construção da greve geral pode impor ao capital e ao governo uma política econômica que garanta crescimento com distribuição de rende”, disse Luizinho.

Luizinho comentou que queda gradual dos preços e as indicações de que a inflação em 2017 fechará próxima do centro da meta (4,5%) justificam a retomada da trajetória de queda dos juros e, apontou, para uma agenda positiva da classe trabalhadora, com, juros compatíveis e investimentos na produção, como fator primordial para o crescimento e criação de empregos de qualidade.

“Só isso combate a crise, não é com cortes nos direitos, aumento na idade mínima para aposentadoria, aperto no crédito e aumento nos custos financeiros que vai tirar o país da crise, isso só faz aprofundar a recessão e o desemprego e o acumulo de capital dos rentistas, à custa de muito sacrifício dos trabalhadores. O que faz o país crescer é juros baixos com garantias sociais”, lembrou Gonçalves.
Fonte: NCST

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