Pesquisa realizada pelo Datafolha nos dias 7 e 8 de julho aponta que quase metade dos brasileiros sentiu piora na qualidade de vida durante a pandemia. A situação financeira foi a que mais pesou, de acordo com 45,6% dos entrevistados. Outros 41,7% mantiveram o mesmo padrão.
As famílias que têm renda de até dois salários mínimos foram as mais atingidas na pandemia, com 54% apontando piora na situação financeira. Já 37% das que ganham entre dois a cinco mínimos tiveram essa redução nos ganhos. Quem não sofreu impactos foram os mais ricos. Para essa faixa da população, 59% não passou por mudanças, enquanto 19% teve melhora nas finanças.
Emergencial – A diminuição dos valores e da abrangência do Auxílio Emergencial contribuem para a insegurança financeira. Segundo o Datafolha, apenas 58% dos beneficiários do ano passado continuam a receber.
Para o economista Rodolfo Viana, responsável pela subseção do Dieese no Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, o Auxílio deste ano não garante sequer a alimentação básica da população. “Esse valor revela a falta de vontade política e inabilidade de Bolsonaro e sua equipe econômica”, conta Rodolfo.
O economista considera como um erro o governo não ter negociado a PEC de Guerra, como em 2020, para que sejam liberadas as despesas sem ferir parâmetros como o teto de gastos. “As regras daquela PEC só vigoraram até 31 de dezembro. A solução seria melhorar o texto e aprovar novamente. Mas o governo não quer discutir proposta que possa beneficiar milhões de brasileiros que vivem na pobreza”.
Mais – Acesse a pesquisa completa no site do Datafolha.
Fonte: Agência Sindical
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