Assunto que estava em discussão desde a semana passada quando o CNPS (Conselho Nacional da Previdência Social) quando o juros do consignado para aposentados foi de 2,40% para 1,70% e gerou uma reação dos bancos privados e públicos.
Ontem, o CNPS anunciou o novo teto, que será de 1,97%, o que trouxe opiniões distintas dentro do sindicalismo.
Nos votos durante a reunião, os representantes das centrais CUT, Força Sindical e da UGT votaram a favor do novo teto, mas a CSB, que tem suplente no conselho, era contra a revisão.
Antonio Neto escreveu em sua rede social que recebeu com indignação a aprovação do aumento do teto dos juros para 1,97%.
“O Governo Lula conseguiu aprovar o aumento da taxa de juros dos empréstimos consignados para aposentados e pensionistas para 1,97%. Na contramão dos interesses da classe trabalhadora, o Governo se submeteu aos caprichos e interesses de um Cartel de Bancos com a participação da Caixa e do BB”, escreveu Neto.
Para Neto, é necessário uma mudança na representação no CNPS para que mais centrais sindicais estejam representadas.
A votação teve 11 votos favoráveis de membros do governo, aposentados e trabalhadores, três abstenções (de empregados) e um voto contrário que foi do Sindinapi (Sindicato Nacional de Aposentados, Pensionistas e Idosos), que defendia o teto em 1,90%.
O presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, escreveu em sua rede social: “Consignado de 1,97%, como ficou definido, ainda tem um grande peso para o trabalhador, que trabalha apenas para sobreviver. E muitas vezes ajuda familiares para superar as dificuldades do dia a dia.”
Para João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, a nova taxa foi "um ganho possível". A CUT, ligada ao presidente Lula, disse que a proposta do presidente dá "um ponto final ao boicote dos bancos".
Fonte: Mundo Sindical
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