Pesquisa mensal do Dieese apura que em outubro o valor do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as 17 Capitais pesquisadas. As maiores altas ocorreram em Campo Grande (5,10%), Brasília (4,18%) e Fortaleza (4,13%).
SP – A Capital paulista teve o maior custo entre as 17 cidades. Atingiu R$ 805,84. Seguida por Florianópolis (R$ 796,94) e Porto Alegre (R$ 774,32).
A Agência Sindical ouviu a economista Patrícia Lino Costa, coordenadora da Pesquisa do Dieese. Principais pontos:
Ela aponta dois principais fatores para a alta: “O clima é um dos principais. As queimadas e a estiagem dos meses anteriores impactaram a produção no campo. O outro diz respeito à taxa de câmbio e ao preço das commodities fora do Brasil”.
Futuro – É instável. A economista diz: “Estamos num ano com efeitos pesados do El Niño, que afeta muito negativamente a agricultura. É um cenário diferente e não há como avaliar se a tendência é de aumento, estabilidade ou queda. Voltou a chover, e muito depende da intensidade das chuvas. Depende das previsões de safra pra 2025, de políticas rápidas que o governo consiga fazer, como foi o caso do arroz ante os problemas do Rio Grande do Sul, entre outros”.
Selic – Segundo Patrícia Lino Costa, essa alta não afeta o preço dos alimentos. Ela afirma: “Não acredito que tenha relação. Houve aumento na energia elétrica devido à falta de água, e isso afeta os valores da cesta básica. Juros aumentam quando existe um problema de demanda de inflação. Então, não existe ligação”.
Mais – Site do Dieese.
Fonte: Agência Sindical
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