terça-feira, 21 de maio de 2019

Para socorrer farra financeira, governo zera verbas de 11 ministérios

Cortes atingem áreas sociais prioritárias.

Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, os dados divulgados nesta quinta-feira (16) pelo IBGE, indicando que um em cada quatro desempregados está há dois anos procurando emprego, é um sintoma muito grave de um mercado de trabalho e de uma dinâmica econômica que estão fracas.

Só entre as pessoas que buscam trabalho no período de um mês a um ano, o número de desempregados é de 6,1 milhões, enquanto as que buscam há mais de dois anos chega ainda há 3,3 milhões de pessoas, como revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua).

“O tempo médio de procura (por emprego) cresce, e esse crescimento do tempo de procura é sinal de um mercado de trabalho que tem uma dinâmica muito fraca. Tanto que as pessoas têm uma procura de longa duração e uma dificuldade estrutural para achar um posto de trabalho”, ressalta Clemente.Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o governo zerou verba de 140 projetos em 11 ministérios. Segundo um levantamento do jornal, os bloqueios anunciados pelo governo federal, que congelou todo o Orçamento previsto neste ano para políticas em áreas sensíveis, como contenção de cheias e inundações, prevenção de uso de drogas, assistência à agricultura familiar e revitalização de bacias hidrográficas na região do São Francisco.

Sem poder cortar as despesas obrigatórias, como salários e aposentadorias, e com a "reforma" da Previdência tramitando lentamente, a guilhotina do governo para fechar a conta de pagamentos da farra financeira — o famigerado "ajuste fiscal" — teve de avançar sobre diversas políticas públicas. Estudo da Associação Contas Abertas feito a pedido do Estadão mostra que cerca de 140 ações orçamentárias em 11 ministérios estão com 100% de seus recursos bloqueados, a maioria delas na área de infraestrutura.
Fonte: Portal Vermelho

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