Cálculo mostra ainda que a morte de um idoso arrimo de família implica em redução de 48,4% da renda per capita dos familiares remanescentes, de R$ 1.475,6 para R$ 760,4.
As mortes de idosos por Covid-19 no Brasil tiraram cerca de R$ 3,8 bilhões de circulação da economia nos 13 meses e meio de pandemia até abril. O dado foi calculado pelo jornal Valor Econômico e avalizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A base para o cálculo são 301 mil óbitos de idosos listados na Central de Informações do Registro Civil (CRC) e compilados pelo Valor Data, além de informações sobre renda média da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad/IBGE) em 2019, ano que precede a crise sanitária. Naquele ano, pessoas com mais de 60 anos tinham rendimento total médio de R$ 2.249.
O montante perdido equivale a 1,3% do rendimento total da população nos 12 meses de 2019, R$ 294,4 bilhões, o último dado aferido pelo IBGE, que considera salários, aposentadorias, pensões e outras fontes de renda.
O Valor Econômico também divulgou dados de nota técnica do Ipea que ainda será publicada, com cálculo da economista Ana Amélia Camarano, que mostra o baque financeiro causado na renda familiar pela morte de um idoso responsável pelo sustento da família.
Segundo Ana Amélia, há redução de 48,4% na renda per capita dos familiares remanescentes, que cai de R$ 1.475,6 para R$ 760,4. O impacto da perda é maior do que o causado pelo desemprego ou morte de um adulto, que leva a uma redução de 43,7% na renda per capita dos remanescentes.
Fonte: Portal Vermelho
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