BRASÍLIA, 2 Jul (Reuters) - O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino,
afirmou nesta terça-feira que vai dar um prazo até o fim desta semana para a
elétrica paranaense Copel apresentar um plano alternativo ao reajuste de 14,61
por cento das tarifas, que foi suspenso a pedido da própria companhia.
"Esta semana, ela (Copel) tem que apresentar, ou podemos suspender
o efeito suspensivo", disse o diretor da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) a jornalistas.
A Aneel adiou nesta terça-feira, novamente, a avaliação do processo
relativo a uma alternativa para a aplicação do reajuste - que pode envolver,
por exemplo, seu "parcelamento" pelos próximos anos.
O adiamento ocorreu, segundo Rufino, porque a empresa não apresentou
formalmente sua proposta.
Se a Aneel cassar o efeito suspensivo, na prática, o reajuste de 14,61
por cento voltaria a vigorar. Segundo Rufino, a empresa tem liberdade para,
mesmo assim, conceder reajustes inferiores, mas isso ocorreria por conta
própria. Ou seja, nesse caso, diferentemente de um "parcelamento"
negociado com a Aneel, a agência não compensaria o eventual desconto em
reajustes posteriores.
Romeu explicou que não há um prazo formal para julgar a proposta
alternativa para o reajuste da Copel, mas salientou que "não acha
prudente" manter a suspensão por muito tempo.
(Por Leonardo Goy)