terça-feira, 30 de setembro de 2014

UGTpress: PETRÓLEO X ÁGUA

PETRÓLEO X ÁGUA: "Muitas de nossas preocupações com recursos naturais não serão com petróleo, mas com a água. Há substitutos para o petróleo, mas não há substitutos para a água" (Folha de São Paulo, 16-09, A-16). A frase é de Peter Gleick, presidente do Instituto Pacífico da Califórnia, organização não governamental especializada em clima e em água. Em sua longa entrevista, ele abordou muitos assuntos, todos vinculados à problemática da água, um produto cada vez mais importante e, consequentemente, mais caro. Distribuída desigualmente no planeta, a água deveria ser a principal das preocupações do homem. Gleick continua: "O esgotamento do petróleo é um problema real. Veremos um pico e depois um declínio da produção. Acho que isso é uma coisa boa, pois quanto mais cedo nos desvencilharmos dos combustíveis fósseis, melhor combateremos as mudanças do clima. Podemos produzir energia com ventos, hidrelétricas, usinas geotérmicas e solares. Mas para água não temos alternativa, e temos de aprender a administrá-la de forma mais sustentável".

AGRICULTURA: o grande carro-chefe da economia brasileira, a agricultura, está diante de alguns graves problemas. Uma equação que sempre fechou os custos internos versus os preços internacionais corre o risco de não fechar, afetando, sobretudo, os pequenos e médios produtores. Quanto aos custos internos, contribuem bastante os financiamentos e os insumos agrícolas. Na parte externa, os problemas referem-se aos preços dos produtos e ao valor do dólar. Essas somas e subtrações estão preocupando o setor. Para agravar, notícias vindas do norte dão conta de uma safra recorde nos Estados Unidos. Grandes produtores, já possuidores de máquinas e equipamentos, podem se safar da incógnita, mas aqueles pequenos e médios que começaram a plantar nas novas fronteiras agrícolas estão sujeitos ao vendaval de incertezas.

TORRE GIGANTE: notícia científica veiculada no jornal O Estado de São Paulo (A36, 14-9), diz o seguinte: "Começou a ser erguida, no coração da selva amazônica, uma torre de 330 metros de altura que vai monitorar de forma contínua, por pelo menos 20 anos, as complexas interações entre a atmosfera e a floresta. Repleto de instrumentos científicos de alta tecnologia, o observatório - que será o maior e mais completo do gênero no mundo - medirá com precisão sem precedentes os fluxos amazônicos de calor, água e gás carbônico, além de analisar minuciosamente os padrões de ventos, umidade, absorção de carbono, formação de nuvens e parâmetros meteorológicos" (o texto é do jornalista Fábio de Castro). UGTpress considera a notícia auspiciosa. O projeto é financiado pelo Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) do governo federal. Desde 2007, o Instituto Nacional da Amazônia (Inpa) e o Instituto Max Planck de Química, da Alemanha, vêm desenvolvendo a parceria que resultará na construção do observatório, segundo a reportagem, um velho sonho. A concretização desse sonho é considerada uma epopeia, pois os dados de localização e construção são impressionantes. Registre-se aqui um grande feito científico, cujos resultados serão de grande importância para o Brasil. Deveria ser matéria de primeira página.

O BRASIL QUE DÁ CERTO: a nota acima lembra muito o mote "o Brasil que dá certo". Verdade. Nem tudo no país é ruim ou falho. Há gente que trabalha, que vence obstáculos e que ultrapassa os limites da natureza. Não há espaço aqui para retratar fielmente o grande trabalho que resultará na implantação de uma enorme torre no meio da Amazônia, maior do que a Torre Eiffel. Mas, você pode ver um infográfico animado mostrando a torre: estadao.com.br/e/infoamazonia

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Marina promete garantir matriz energética que acompanhe crescimento sem apagão

A candidata Marina Silva cumpriu agenda de campanha em Minas Gerais sexta-feira (26). Em Varginha (MG) ela visitou o Lago de Furnas e falou de suas propostas para resolver a crise energética vivida pelo país. Segundo ela, desde 2002 o Brasil vive a ameaça de um "apagão".

Marina disse que sua principal preocupação é fazer com que o país tenha uma matriz energética que dê conta de fornecer energia suficiente para acompanhar a retomada do crescimento econômico. Ela lembrou que a previsão é que o país cresça 0,9% este ano e que alguns economistas dizem que o crescimento será 0,3%. “Se o Brasil estivesse crescendo como cresceu em governos anteriores, nós já estaríamos em uma grave crise energética”, disse.

Para isso, a candidata disse que a solução é diversificar a matriz, de modo a não passar por crises como a atual em momentos de escassez de chuvas. “Nosso compromisso é ter uma matriz energética limpa, diversificada e segura, combinando várias fontes de geração de energia. Nós temos um grande potencial de hidroeletricidade, nós temos um grande potencial de energia solar, eólica, de biomassa. E nós vamos combinar essas fontes de geração de energia”, disse a candidata.

Questionada sobre a polêmica em torno de sua promessa de autonomia para o Banco Central (BC), Marina disse que a proposta para garantir que o BC não fique à mercê de “um projeto político de quem quer o poder pelo poder”. “A inflação voltou a crescer, o que prejudica o salário dos trabalhadores. Os juros estão altíssimos. Nunca aqueles que especulam com o capital financeiro ganharam tanto como no atual governo. Nós queremos a estabilidade econômica do país, credibilidade para que o país volte a crescer”, disse.

A candidata disse que seu programa de governo prevê atenção à agricultura familiar, aos médios produtores e ao agronegócio. Para isso, ela disse que irá aumentar os recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e fazer investimentos em assistência técnica, infraestrutura para escoamento da produção e armazenamento. “Hoje 30% da nossa produção agrícola é perdida em função da infraestrutura”, disse Marina.

Depois de Varginha, a candidata seguiu para Juiz de Fora (MG), onde fez ato público e comício. Ainda esta noite ela fará comício na cidade de Lagoa Santa (MG).
Fonte: Portal EBC

Dilma promete tornar crime caixa 2 e anuncia outras medidas contra corrupção

A candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, anunciou medidas que pretende implantar contra a impunidade em um eventual segundo mandato. Em entrevista a jornalistas, ela enumerou promessas como a criminalização do caixa 2 e a perda da posse de bens adquiridos de forma ilícita, como ações de combate à corrupção pois, segundo ela, as “pessoas ao se acharem impunes, têm mais incentivos a praticá-los”.

O caixa 2 é um ilícito eleitoral, e atualmente não é considerado um crime. Trata-se da utilização de recursos materiais para campanhas de candidatos sem a devida declaração à Justiça Eleitoral na prestação de contas. Sobre a necessidade da perda da propriedade adquirida sem comprovação de procedência lícita, Dilma declarou que, hoje em dia, “as pessoas que adquirem os bens de forma ilícita podem ficar com eles, desde que paguem Imposto de Renda. Cria-se sempre algumas formas e subterfúgios para aliviar a situação”.

“Esse combate [à corrupção] tem sido um compromisso do meu governo, mas eu não tenho dúvidas de que precisamos avançar. Então no meu segundo mandato, uma das coisas que quero de fato atacar é a impunidade”, disse.

Outra medida anunciada por Dilma, se reeleita, é a aprovação por lei de um novo crime que puna agentes públicos que apresentarem enriquecimento sem justificativa ou que não demonstrarem a origem de seus ganhos patrimoniais. Lendo as promessas, a candidata defendeu também a alteração da legislação para agilizar o julgamento de processos sobre desvio de recursos públicos.

Para que esses processos se tornem mais ágeis, ela apresentou a última proposta, de criar uma estrutura no Poder Judiciário nos Tribunais Superiores com o objetivo de conferir mais eficácia às investigações contra agentes que tenham foro privilegiado. Citando o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, Dilma avaliou que a meta é que essa estrutura “possa permitir que seja mais ágil do que sempre foi”.

“É bom que fique claro que a agilização e o rigor não significam justiça primária, prejulgamento ou qualquer outra atitude que não seja a prevista na Constituição de respeito à Justiça e ao amplo direito de defesa”, disse. Após enumerar as medidas, Dilma disse que elas devem ser debatidas com o Congresso, o Poder Judiciário e as pessoas que quiserem contribuir. “O fundamental é que todos esses atos não são todos originais, muitos ou estão no Congresso ou são iniciativas discutidas já dentro do Judiciário. Outros são originais”, informou.
Fonte: Portal EBC