quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Campanha Salarial na Copel

Nesta sexta-feira, 16/11, entrevista ao vivo com o Presidente do SINDENEL, Alexandre D. Martins, na rádio CLUB FM 101,5 sobre a Campanha Salarial Unificada e as paralisações aprovadas para os dias 22, 29 e 30/11. 

Até este momento, não houve manifestação da Copel para retomada das negociações. Os sindicatos estão preparados e organizados para a paralisação do dia 22/11. 

Continuemos unidos e mobilizados por um Acordo Coletivo de Trabalho justo.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Proposta indecorosa”? NÃO, dizem 72,7% dos copelianos em votação recorde


Os empregados da Copel rejeitaram, na maior votação da história da empresa em assembleias para um Acordo Coletivo de Trabalho, a “proposta indecorosa” apresentada pela direção.
Dos 5.840 colegas que votaram nas assembleias que realizamos em todo o Paraná, 4.249 (72,7% do total de votantes, ou 73,51% dos votos válidos) repudiaram o que a Copel ofereceu até agora. Do outro lado, houve apenas 1.531 votos favoráveis, além de 52 abstenções, sete em branco e um anulado.
O resultado, além de mostrar a insatisfação dos copelianos com o que a direção da Copel propõe, dá aos 16 sindicatos que permanecem unidos defendendo os interesses de quase 99% dos trabalhadores condições legais de organizar paralisações a partir do próximo dia 22.
Para a direção da Copel, fica um recado claro: a união entre trabalhadores e sindicatos é mais forte que coação, ameaça e chantagem. Esperamos que, agora, a empresa tenha a humildade de reconhecer que sua oferta está muito aquém do que esperam os responsáveis por seu sucesso e reabra as negociações o mais rápido possível.
Do contrário, a Copel vai parar!

Parabéns e obrigado aos copelianos; mostramos que temos valor, e não preço

Nunca, na história da empresa, tantos trabalhadores foram às urnas para decidir sobre o rumo de um Acordo Coletivo de Trabalho. Os 5.840 votantes representam nada menos que 61% dos copelianos. A participação recorde evidencia duas coisas: em primeiro lugar, a força que temos quando nos unimos em torno de um objetivo para lutar que ele seja alcançando. E, também, que arrogância, intimidação e chantagem, muito usadas pela direção da Copel nesta negociação, não apenas foram um tiro n'água como tiveram o efeito contrário ao esperado pela direção, revoltando e unindo os empregados.
De nossa parte, parabenizamos e agradecemos aos copelianos. Em primeiro lugar, pela confiança em nosso trabalho, desde a preparação da campanha, passando pela mesa de negociações e chegando às assembleias. Mas, principalmente, pela coragem que tiveram ao recusar a “proposta indecorosa” e abraçar uma luta, que é de todos, por melhores salários e condições de trabalho. Foi uma vitória importante. Mas agora, mais do que nunca, é fundamental permanecermos mais unidos do que nunca.
A direção da Copel será comunicada oficialmente do resultado das assembleias ainda nesta segunda-feira (12). No comunicado, vamos pedir a imediata reabertura das negociações. Mas, desta vez, negociações de fato, e não o desfile de “nãos” que se tornou habitual nos últimos anos. A esse costume, aliás, os trabalhadores responderam com um “NÃO” muito, mas muito mais sonoro.
É hora da direção reconhecer que é preciso mudar sua postura e trabalhar por uma proposta que reconheça o valor de seus empregados, debatendo-a com franqueza e postura democrática na mesa de negociações. Pois também já começamos a preparar as paralisações do próximo dia 22

sábado, 10 de novembro de 2012

Funcionários da Copel devem paralisar serviços no final de novembro


Servidores da companhia prometem cruzar os braços nos dias 22, 29 e 30 de novembro se a Copel não conceder aumentos maiores que as perdas da inflação
Os servidores da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) devem paralisar suas atividades nos próximos dias 22, 29 e 30 de novembro. A decisão foi tomada em assembleia da categoria realizada em Curitiba na noite desta sexta-feira (9), quando foram abertas as urnas de votação de outras reuniões realizadas com funcionários de todo o estado, para pressionar a empresa em negociação salarial.

A classe reprova a intenção da companhia de reajustar os salários dos funcionários apenas com as perdas da inflação (5,58%). “Queremos um aumento real, pois estamos com um reajuste defasado visto a lucratividade da empresa no ano passado”, explica Alexandre Donizete Martins, presidente do Sindicato dos Eletricitários de Curitiba (Sindenel), que representa os funcionários da Copel. A proposta do Sindicato é de reajuste de 8,5%, que representa as perdas mais 3% de reivindicação.
Como a decisão foi confirmada próximo das 22h desta sexta, não foi possível contatar a Copel para comentar a decisão dos trabalhadores.
Negociação
A negociação salarial de 2012 entre a Copel e os funcionários da companhia começou no mês de setembro. Além do reajuste, a pauta de reivindicações dos servidores possui outros 17 itens e, segundo Martins, nenhum deles foi atendido nas propostas apresentadas até agora.
Mesmo com o indicativo de greve, os representantes do Sindenel pretendem comunicar a Copel da decisão na próxima segunda-feira (12) para tentar reabrir as negociações. “Mas, caso a empresa não queria discutir o reajuste, a paralisação será mantida”, afirma Martins.
Durante a greve, haverá o respeito à legislação de manter 30% dos funcionários na ativa. Mesmo assim, no caso de os funcionários cruzarem os braços, conforme o presidente do sindicato, a manutenção das redes elétricas será o trabalho mais prejudicado. “No caso de termos um temporal, ou um evento climático do tipo que danifique a rede, pode haver demora na recomposição do sistema”, alerta.
09/11/2012 | 22:00 | KATNA BARAN, ESPECIAL PARA A GAZETA DO POVO, E ANTONIO SENKOVSKI

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Assembleias dos trabalhadores da Copel encerram-se hoje


Encerram-se ás 17:30h de hoje as assembleias dos trabalhadores que estão deliberando sobre a contra-proposta apresentada pela Copel.

Todas as urnas estão sendo encaminhadas para Curitiba e serão abertas a partir das 19h de hoje na Associação Copel Curitiba.

Venha você e sua família na ACC, participar deste importante momento de decisão de nossa campanha salarial.

Em caso de reprovação da proposta os trabalhadores estão cientes que paralisarão suas atividades no dia 22/11 por 24h e nos dias 29 e 30 por 48h caso não ocorra abertura das negociações a avanço nos pleitos dos trabalhadores.

As comissões de greve já foram formadas e ao longo da semana estarão em contato com as bases para orientar e organizar a paralisação na empresa.

Trabalhador eletricitário você já fez sua parte produzindo resultados recordes de produtividade e lucro, valorizando a empresa.

Agora cabe a direção da Copel demonstrar respeito aos resultados alcançados pelos trabalhadores e avançar nos justos pleitos da categoria.  

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Campanha salarial unificada na Copel ACT-2013

O trabalhadores responderam ao chamado dos sindicatos e participam ativamente das assembleias que se encerram dia 09 de novembro.

Em destaque flagrantes de algumas assembleias. Até o momento mais de dois mil trabalhadores já participaram das assembleias em Curitiba.

As assembleias estão ocorrendo em todo estado do Paraná e deverão ser encerradas dia 09, sexta-feira, com abertura de todas as urnas e contagem dos votos na Associação Copel Curitiba.

















terça-feira, 6 de novembro de 2012

Na Copel, falta inovação nas maneiras de lidar com os empregados


Em comunicado interno distribuído nesta terça-feira, a Copel comemora, com justificado orgulho, sua inclusão na seleta lista de empresas que mais investem em inovação tecnológica em todo o mundo.

Infelizmente, essa visão inovadora não é vista na maneira como a empresa lida com as reivindicações e anseios de seus empregados. Isso fica claro nos inúmeros comunicados distribuídos sob o título “Acordo Coletivo de Trabalho”, que informam que sindicatos que representam categorias amplamente minoritárias na empresa aceitaram a “proposta indecorosa”.

Esses comunicados trazem, inclusive, a data em que tais categorias irão receber o abono (com abatimento do imposto de renda, lembre-se). É uma estratégia repugnante de tentar seduzir empregados que possam estar em dificuldades financeiras, mas que ainda assim têm a grandeza e a coragem de dizer “Não” à “proposta indecorosa” da empresa e de assumir uma luta por um Acordo Coletivo que traga um aumento real de salários, além do abono.

Lamentamos, mais uma vez, a forma truculenta e autoritária que a direção usa para interagir com os copelianos, nesse momento em que uma empresa inovadora de fato estaria, isso sim, sentada à mesa discutindo (e não impondo), aberta e francamente, um acordo vantajoso para todos. Já que não é assim, caberá aos trabalhadores mostrar à arrogante direção da Copel que nós temos valor, e não preço.

Por fim, lamentamos também a atitude do Sinap, sindicato que representa os advogados da Copel, que, sem prévio aviso aos dirigentes das demais entidades do Coletivo, aceitou a “proposta indecorosa” da Copel. E, muito importante, lembramos que advogados, economistas e secretárias, as três categorias que até aqui se curvaram à intransigência da Copel, não terão direito aos avanços que a maioria dos copelianos irá obter por ter a coragem de dizer “Não” e exigir uma proposta condizente com as reivindicações que apresentamos à Copel em agosto.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Mais pressão, ameaça e coação: a mentira da Copel na ameaça com o “dissídio”.


Muitos colegas, nas bases, nos informam que gerentes estão pressionando para que aceitem a “proposta indecorosa” da Copel, nas assembleias. Eles juram que a direção não irá apresentar outra proposta. Assim, caso o “Não” ganhe (e vai ganhar, pelo que sentimos nas assembleias que já fizemos), o Acordo Coletivo de Trabalho vai a dissídio.

Com isso, faz parecer que estamos nos tempos da Revolução Industrial, no século 19, quando trabalhadores não tinham direito a nada, e patrões impunham suas vontades com mão de ferro. Só que, no século 21, não é mais assim. Ou seja – mais uma vez, a Copel falta com a verdade para ameaçar e assediar seus trabalhadores.

Uma emenda à Constituição Federal, a número 45, em vigor desde 2004, diz o seguinte: “Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente”.

Leia com atenção o que diz a emenda: “de comum acordo”. Isso quer dizer que a Copel não pode, sozinha, forçar um dissídio coletivo de natureza econômica (em que um juiz decide quais os valores de reajuste salarial e abono). Para que isso ocorra, os sindicatos que representam os trabalhadores precisariam concordar.

E nós não concordamos. Em primeiro lugar, porque os números que já apresentamos comprovam que a Copel tem plena condição de melhorar sua “proposta indecorosa” (usamos as aspas porque o termo foi cunhado por um dos representantes da empresa na negociação).

Porque acreditamos, também, que as recentes demonstração de pouco caso e desrespeito ao empregado mostradas pela direção são apenas um “acidente de percurso”. Estamos certos de que, ante uma resposta maciça de que a “proposta indecorosa” é inaceitável, eles terão a humildade e o respeito de nos chamar de volta à mesa para, finalmente, negociarmos o ACT.

Um dissídio coletivo, aliás, é coisa muito rara, na história da Copel. O último que tivemos data de 1997. E, naquele ano, é bom lembrar, a Justiça do Trabalho deu ganho de causa aos sindicatos em todas as instâncias.

A mesma emenda constitucional 45 também trata do “dissídio de greve”, ou, trocando em miúdos, da legalidade das paralisações de trabalhadores. É em respeito a ela que elaboramos nosso cronograma de assembleias e prováveis paralisações. Agindo assim, não damos brecha à empresa para questionar nossas manifestações na Justiça.

Por fim, um lembrete aos copelianos: ameaças e tentativas de coação, infelizmente comuns nesta campanha salarial, se provaram, todas, mentirosas. Mas elas desmascaram uma direção que, em vez de respeitar seus empregados, chamando-os para uma negociação franca e honesta, acha mais fácil dobrá-los à força, de forma truculenta e arrogante.

Cabe a você, copeliano, mostrar sua força e exigir o respeito que de fato merece. Truculência, arrogância, ameaça e mentira não merecem outra resposta que não seja um sonoro “Não”. A direção aposta na fraqueza dos copelianos, mas vai perder. Porque somos fortes, estamos unidos e, juntos, vamos mostrar que temos valor, e não preço.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Funcionários da Copel podem paralisar serviços no final de novembro


Servidores da companhia prometem cruzar os braços no dia 22 de novembro no caso de a Copel não sinalizar intenção de conceder aumentos maiores que as perdas da inflação
Os servidores da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) podem paralisar suas atividades no próximo dia 22 de novembro. O comunicado feito nesta quinta-feira (1º) aponta que a classe reprova a intenção da companhia de reajustar os salários dos funcionários apenas com as perdas da inflação. Os funcionários decidem em assembleia até a sexta-feira (9) da semana que vem se param ou não em busca de reajustes.
O presidente do Sindicato dos Eletricitários de Curitiba (Sindenel), Alexandre Donizete Martins, relata que a principal reclamação dos funcionários é o aumento real de 3% na remuneração. “Nós queremos um aumento de 8,5%, que representa as perdas [5,58% de inflação] mais os 3% que reivindicamos. Temos que considerar que no ano passado não tivemos aumento mesmo com o anúncio de recorde de lucros da Copel”, disse.
A negociação salarial de 2012 entre a Copel e os funcionários da empresa começou no mês de setembro. A pauta de reivindicações dos servidores possui 18 itens, e, segundo Martins, nenhum deles foi atendido nas propostas apresentadas até agora. “Nós levamos a proposta da Copel [de aumentar a inflação nos salários] para a categoria, mas já com um indicativo de que se a proposta não fosse aceita e se a pauta não avançar, paralisamos nossas atividades no dia 22 e caso não haja avanço também nos dias 29 e 30 [de novembro].”
No caso de os funcionários cruzarem os braços, conforme o presidente do sindicato, a manutenção das redes elétricas é o trabalho mais prejudicado. “Claro que se formos parar haverá o respeito à legislação de manter 30% dos funcionários na ativa. Mas, no caso de termos um temporal, ou um evento climático do tipo que danifique a rede, pode haver demora na recomposição do sistema”, alerta.
Até a sexta (9) da semana que vem, a previsão é de que sejam realizadas mais de 50 assembleias no estado. Os funcionários de todos os municípios serão consultados e votarão a favor ou contra a paralisação.
Outro lado
A Copel, em nota, afirmou que a proposta apresentada aos funcionários, no entendimento da empresa, “contempla de forma satisfatória os principais pleitos formulados pela categoria, incluindo ganhos reais (acima da variação do INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em diversos dos seus itens.” A companhia diz que confia que “sua proposta seja avaliada responsavelmente e com serenidade por cada Copeliano nas assembleias já convocadas pelos diversos sindicatos representativos da categoria para esse fim”.
A empresa informou ainda que os benefícios oferecidos aos funcionários foram estruturados de modo a não ultrapassar os limites da responsabilidade com relação aos recursos disponíveis. A nota cita ainda uma edição, por parte do Governo Federal, da Medida Provisória 579. As alterações, segundo a organização, modifica critérios para a renovação das concessões de geração, transmissão e distribuição, o que deve impactar nos níveis de remuneração da empresa.

Fonte Gazeta do Povo - 01/11/2012  ANTONIO SENKOVSKI

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Trabalhadores da COPEL vão parar


Os trabalhadores na COPEL (Companhia Paranaense de Eletricidade), estão mobilizados para a Campanha Salarial Unificada 212/213. Duas paralisações já estão programadas. Começam nessa quinta-feira (1º /11) encerrando no dia 9/11, as assembleias da categoria nas diversas cidades do Paraná que vão deliberar sobre os rumos do movimento.


Para o presidente do SINDENEL, Sindicato dos Eletricitários, (filiado à UGT), Alexandre Donizete, os trabalhadores estão sendo tratados com descaso. Chegou o momento.  “Os trabalhadores copelianos vão decidir os rumos da Campanha Salarial Unificada do ACT 2012/2013 (Acordo Coletivo de Trabalho). Agora chegou a hora dos trabalhadores e trabalhadoras da COPEL ratificarem a posição do SINDENEL que foi de rejeição da contra proposta da empresa para a renovação do ACT e demonstrar toda indignação com a falta de valorização de nosso trabalho. 

As assembléias dos trabalhadores eletricitários da COPEL  iniciaram-se hoje e ocorrerão em todo Paraná até dia 9 de novembro. Os trabalhadores também estarão deliberando sobre duas paralisações, sendo a primeira no dia 22/11 por 24 horas e a segunda nos dias 29 e 30/11 por 48 horas. De uma forma organizada e seguindo os trâmites legais, os sindicatos estão preparados para este momento. 

A diretoria da COPEL apresenta aos trabalhadores um horizonte de dificuldades para atender a pauta de reivindicações dos trabalhadores, não acatando nenhum dos pleitos contidos na pauta de reivindicações dos trabalhadores.

No entanto tem outra visão do futuro da empresa quando é em seu próprio benefício, pois aumentaram a remuneração dos diretores em 60,13% nos últimos dois anos, além de criarem uma nova diretoria na estatal.

“A categoria eletricitária esta indignada com a postura dada pela diretoria da maior empresa pública do Paraná quando se trata do seu quadro de funcionários e demonstrará isso nas assembléias reprovando a proposta da Copel e paralisando suas atividades caso não ocorra avanço em nossos pleitos” adiantou Alexandre Donizete. O presidente do SINDENEL também esclarece a população de que não haverá rompimento no fornecimento de energia. “Para os apagões de energia a solução é a atualização dos equipamentos. Mas para acabar com o ‘apagão’ da mão-de-obra, é preciso respeito com os trabalhadores, com melhores salários e condições adequadas para que possamos desenvolver nossas atividades profissionais”, concluiu Donizete.

fonte: 
http://www.ugtparana.org.br/

Documento da Copel comprova: remuneração de diretor subiu 42,34% em dois anos


Causa surpresa, espanto e indignação o comunicado enviado pela direção da Copel acusando as 17 entidades que representam os empregados de expor, “de forma caluniosa e irresponsável”, o aumento dos salários dos diretores. Simplesmente porque os dados foram retirados de um documento oficial da própria Copel, publicado em 26 de abril, que você pode baixar e ler aqui (os dados sobre a remuneração de diretores e conselheiros estão entre as páginas 27 e 29).
   

 E o que está escrito, oficialmente, neste documento? Que, em 2010, cada diretor da Copel recebia R$ 784.267,24 anuais. E, em 2011, passou a ganhar R$ 880.875,00 –ou seja, um aumento real de 12,32%, além da reposição dos 5,88% da inflação do período.
   

 Vamos a 2012: ao final do ano, em pleno “cenário desfavorável”, cada um dos nove diretores terá recebido, R$ 1.116.301,03. De novo, aumento real –desta vez, de 26,73% ante 2011. Nada mau, não?
   

 Mais uma conta simples que as informações oficiais da Copel nos permitem fazer: o salário de cada diretor teve aumento real 42,32% em relação a 2010. O que dá uma média de 26,73% de aumento real a cada ano.
   

Outro dado que chama atenção, no documento oficial da Copel: em 2012, a empresa a ter nove diretores, em vez dois oito que mantinha até o ano passado. Ou seja: além dos aumentos de salários dos diretores, houve o acréscimo de mais uma remuneração anual. Com isso, percebe-se que o gasto da empresa com seus diretores subiu escandalosos 60,13% entre 2010 e 2012 (ano em que estamos, lembre-se, vivendo um “cenário desfavorável”). 
   

Gostaríamos de perguntar ao governador Beto Richa (PSDB), que acaba de determinar um corte de 20% nos gastos do estado, o que acha disso. Aliás, vamos repassar essas informações às lideranças do governo e da oposição, na Asssembleia Legislativa, para que façam esse questionamento.
   

Por fim, um esclarecimento: todos esses cálculos foram feitos pelo Dieese, que é uma instituição respeitável e confiável. E não temos, nós, nenhuma intenção de “atingir” a quem quer que seja, até porque sempre tivemos um relacionamento respeitoso com toda a direção da Copel. O que estamos fazendo, simplesmente, é trazer a público a diferença de tratamento que a empresa dá a seus gestores, seus acionistas e seus empregados. 
   

Nosso trabalho é defender os interesses dos empregados da Copel. E seguiremos fazendo isso, mesmo neste cenário de ameaças e represálias. Trabalhador copeliano, conte conosco.



quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Mentira, chantagem e ameaça: é o que a Copel faz em seu comunicado sobre o ACT


Pela rede interna de computadores, a direção da Copel enviou comunicado aos empregados sobre a “proposta indecorosa” que fez para o Acordo Coletivo de Trabalho 2012/13. Lido com atenção, revela-se um conteúdo de mentiras, chantagem e ameaça. Vejamos:
. A comparação feita pela Copel entre abono e aumento real é desprovida de sentido. Simplesmente porque se trata de coisas diferentes. Mais ainda: a pauta de reivindicações que apresentamos à empresa reivindica aumento real de salários e abono salarial. Portanto, quando tenta dizer que é “ abono ou aumento real”, a direção da Copel tenta enganar e confundir você, trabalhador. E, como já explicamos, abono salarial não se leva para férias, décimo-terceiro salário ou aposentadoria. . A Copel, a partir desse ano, quer tributar o imposto de renda do seu abono salarial, coisa que nunca fez. Para isso, baseia-se no “Código Tributário Nacional e em jurisprudência pacificada no Superior Tribunal de Justiça”. Traduzindo o juridiquês, jurisprudência é uma série de decisões repetidas da Justiça, sobre determinado assunto, que passa a balizar a análise de novos processos. Mas a direção da Copel diz que o divisor 200 não é seu direito, trabalhador, mas uma benesse que você vai receber graças à generosidade dos mandatários da empresa e do governo do estado. Pois há uma súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que obriga a adoção do divisor 200. Nova tradução do juridiquês: uma súmula é uma jurisprudência ainda mais consagrada, e que, por isso, passa a incidir automaticamente sobre processos daquele assunto. Fica a pergunta: para a direção da Copel, jurisprudência ou súmula que beneficia o trabalhador deve ser ignorada?
. A Copel mente, mais uma vez, ao dizer que concede aumento real. É só fazer um raciocínio simples. Vale-alimentação serve, por lei, e como o próprio nome diz, para comprar alimentos. Então, a inflação que deve balizar o reajuste do Valealimentação é a do grupo alimentação e bebidas, que em Curitiba, subiu 9,87%  nos últimos 12 meses (acima, portanto, dos 9,6% reajustados pela empresa). A alimentação em casa subiu 10,25%, e fora do domicilio, 9%. E o Auxílio-creche: mesmo com o reajuste de 8,2%, o benefício ainda está muito abaixo do custo médio da mensalidade de uma creche em  Curitiba (R$ 648,68).
. Vamos em frente: promoções e plano de carreira são importantes e devem ser valorizados e aplaudidos. Mas não é isso que está em discussão agora. Um Acordo Coletivo de Trabalho serve para se discutir aumento para todos os empregados da empresa, sem distinção.
E é disso que estamos falando aqui. Trazer  esses assuntos à tona é confessar que não há nenhuma vantagem para todos os trabalhadores na “proposta indecorosa” da Copel.
. O Acordo Coletivo de Trabalho, voltamos a repetir, é um documento onde se registram conquistas dos empregados que vão além do mínimo que prevê a legislação. Por isso, não aceitamos a inclusão da proposta da empresa sobre a “compensação de horas xtraordinárias”. A própria direção admite que ele já vem sendo praticado, e, se incluído no ACT, abre, sim, margem para que se implante um banco de horas. E isso nós não aceitamos, e deixamos claro, na mesa de negociação.
. Os 17 sindicatos que representam 99% dos trabalhadores da Copel já explicaram que não irão discutir nenhuma proposta para o ACT separadamente. Isso foi informado, em caráter oficial, à Copel. Assim, buscamos valorizar a opinião do conjunto dos trabalhadores da empresa, e não de uma ou outra base ou categoria, algo que sempre foi reivindicado pelos colegas. É uma pena que, do alto de sua soberba, a direção da empresa faça pouco caso. As duas entidades que aceitaram a “proposta indecorosa” da empresa não quiseram se unir ao grupo de 17 sindicatos. É uma pena, mas isso não irá alterar nossa disposição para permanecermos unidos até o fim. E pior para os representados por esses sindicatos, pois não farão jus a qualquer melhoria que venhamos a conseguir com nossa mobilização.
. Já dissemos, algumas vezes, que a “proposta indecorosa” da Copel precisa ser melhorada, por reivindicação dos trabalhadores. E também repetimos que estamos abertos a continuar negociando.
Mas, ao dizer que “o processo negocial poderá ter interveniência da Justiça do Trabalho, sem garantia de manutenção dos itens apresentados pela Copel”, a direção está fazendo chantagem com você, trabalhador copeliano. Está dizendo: “aceite minha proposta indecorosa agora, senão posso piorá-la um pouco mais”. Você acha que isso mostra algum respeito por você, colega copeliano? De nossa parte, afirmamos, com tranquilidade: isso não vai acontecer. E não vai acontecer, simplesmente, porque, quando a imensa maioria dos trabalhadores se unir aos seus representantes num imenso e sonoro NÃO, a direção da Copel terá que descer de sua soberba e negociar, com humildade e respeito (o mesmo respeito que o trabalhador sempre teve com a empresa) uma proposta melhor. Lembre-se, colega copeliano: recusar a “proposta indecorosa” é seu direito. Dê sua resposta a quem pratica o discurso do medo, da chantagem e da coação. Diga NÃO à “proposta indecorosa” da Copel.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Agenda das Assembléias Unificadas em Curitiba - COPEL - ACT 2012/2013 - Participe e decida.



Agenda de Curitiba para as assembleias unificadas
Do dia 29/10 até 01/11
Panfletagem e divulgação de boletins e
da agenda das assembleias
D I AL O C A LH O R A
01/11Agência Sítio Cercado08:00h às 09:00h
05/11Agência Centro08:00h às 09:00h
05/11KM 317:00h às 18:30h
06/11Agência Santa Felicidade08:00h às 09:00h
06/11Comendador Araújo12:00h às 13:30h
06/11Santa Quitéria17:00h às 18:30h
07/11Agência Bacacheri08:00h às 09:00h
07/11Mariano Torres12:00h às 13:30h
07/11Atuba17:00h às 18:30h
08/11Agência Portão08:00h às 09:00h
08/11Padre Agostinho12:00h às 13:30h
09/11Agência Vila Hauer08:00h às 09:00h
09/11Sede do SINDENE08:30 às 17:30h
09/11Associação Copel Curitiba17:00h às 19:00h

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

ACT Copel - Ou tem avanço ou tem paralização

Chegou o momento onde todos os trabalhadores Copelianos poderão decidir os rumos da Campanha Salarial Unificada do ACT 2012/2013. Em reunião realizada ontem, 24/10, os 17 sindicatos discutiram, em conjunto com suas assessorias jurídicas, os novos encaminhamentos desta Campanha. 

Agora chegou a hora dos Trabalhadores e Trabalhadoras da COPEL ratificarem a posição das 17 entidades sindicais que foi de rejeição da contra proposta da empresa para a renovação do ACT e demonstrar toda indignação com a falta de valorização de nosso trabalho. As assembleias unificadas terão início dia 29/10 e terminarão no dia 13/11, possibilitando que todos os Copelianos participem em todo estado. 

Também estaremos deliberando sobre 2 paralisações, sendo a primeira no dia 22/11 por 24horas e a segunda nos dias 29 e 30/11 por 48horas. De uma forma organizada e seguindo os trâmites legais, os sindicatos estão preparados para este momento. 

Então, trabalhador, faça sua parte. Participe das assembleias deliberativas e vamos dar a resposta merecida para a Diretoria da COPEL. Aguardem o comunicado com a agenda das assembleias em sua base. 

Vamos juntos, organizados e decididos, em busca de um ACT justo.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

COPEL É A MELHOR DO SETOR ELÉTRICO SEGUNDO REVISTA ISTOÉ DINHEIRO



Companhia encabeça ranking da pesquisa anual As Melhores da Dinheiro


Negócios em expansão em nove Estados brasileiros e potência instalada para gerar energia suficiente para quase 20 milhões de consumidores. O atual perfil da Copel levou a Revista IstoÉ Dinheiro a apontar a estatal paranaense como a melhor empresa do setor elétrico brasileiro no ranking As Melhores da Dinheiro. O prêmio foi entregue ontem à noite (16), em uma cerimônia em São Paulo.

"É um reconhecimento à dedicação de nossos quase 10 mil colaboradores, que acreditaram e vêm implementando com grande sucesso o desafio de expansão proposto pelo governador Beto Richa", afirmou o diretor de Geração e Transmissão de Energia e Telecomunicações, e atual presidente em exercício da Copel, Jaime de Oliveira Kuhn. "Trata-se de uma estratégia de expansão que pretende consolidar a posição da Copel entre as grandes empresas do setor, com recuperação de nossa capacidade de investimentos e diversificação da matriz energética".

Melhor da década
A Copel vem implementando um arrojado plano de expansão de seus negócios, calcado na sólida experiência de 57 anos de atuação no setor elétrico. Em pouco mais de dois anos, a estatal paranaense se transformou em um dos grandes players do mercado do setor. Em 2012, a Companhia estima investir R$ 2,2 bilhões nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia.

"Nossa visão é ser a melhor da década e para isso estamos aumentando a nossa participação no cenário nacional com novas concessões de usinas e linhas de transmissão", explica Jaime Kuhn. "Praticamente dobramos nossa capacidade de transmissão em parceria com a State Grid, sem perder o foco na qualidade dos nossos serviços".

A Copel atende a um mercado de quase 4 milhões de consumidores. e possui três obras de geração em andamento - Usina Mauá (em parceria com a Eletrosul), Usina Colíder e PCH Cavernoso II - além de parcerias em novos projetos eólicos no Nordeste.

No mês de julho, a Companhia também recebeu o prêmio da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica, ao registrar a maior satisfação por parte de seu clientes entre as grandes concessionárias de distribuição do País.

Assessoria de Imprensa Copel
twitter:@copel_pr
 

Copel é a melhor da América Latina na opinião dos clientes


Pelo segundo ano consecutivo, a Copel foi eleita como a melhor prestadora de serviços de energia elétrica da América Latina na opinião dos clientes, entre as empresas com mais de 500 mil consumidores. Ela concorreu com outras 57 distribuidoras de 14 países das Américas do Sul e Central.

O Prêmio Cier de Qualidade e Satisfação de Clientes é promovido anualmente pela Comissão de Integração Energética Regional, que reúne empresas do setor elétrico em diversos países latino-americanos, buscando intercâmbio e compartilhamento de inovações, e fomento para as iniciativas do setor. A cerimônia de premiação ocorrerá durante a Reunião de Altos Executivos da Cier, em novembro.

Para o diretor de Distribuição, Pedro Augusto do Nascimento Neto, os clientes estão reconhecendo o trabalho que tem sido feito para melhoria da qualidade do fornecimento de energia, do atendimento e dos serviços prestados. “Esse prêmio é reflexo de nossos investimentos na modernização do sistema elétrico da concessão, com pesquisa e adoção de novas tecnologias que reduzem de modo significativo o número de interrupções e o tempo de retomada de fornecimento em caso de desligamentos; além de investimentos na expansão do atendimento presencial para todos os municípios do Paraná e na diversificação dos canais de contato com a Copel”, afirma Pedro Augusto.

PRÊMIO ABRADEE - O Prêmio Cier é o segundo conquistado pela Copel em 2012 em decorrência de levantamentos feitos junto aos clientes. No início do ano, a concessionária teve a melhor avaliação pelo cliente segundo o Prêmio Abradee, coordenado pela Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia. Na ocasião, 89,9% dos clientes residenciais da Companhia se disseram satisfeitos ou muito satisfeitos com os serviços prestados.

O braço de distribuição da Copel atende hoje a quase 4 milhões de consumidores em 396 municípios. Além de oferecer atendimento presencial por meio de agências ou postos de atendimento nestas localidades, a Copel disponibiliza canais de contato por uma agência virtual na internet, displays nos correios, software móvel para smartphone, aviso de falta de luz por torpedos de celular, e presta informações sobre uso seguro e eficiente de energia, direitos e deveres - entre outros - em mensagens de rádio, na conta de luz, em impressos e com participações em feiras e eventos de grande abrangência.

INTERCÂMBIO - A Cier é uma entidade com sede em Montevidéu (Uruguai), criada em 1964 com o objetivo de estabelecer vínculos entre as áreas governamentais dos países da América do Sul e suas empresas de energia elétrica, articulando-as e promovendo o intercâmbio de informações visando o desenvolvimento homogêneo dos serviços elétricos no continente.

Como estratégia, a Cier assumiu a condição de fórum facilitador ao compartilhamento de tecnologias, processos e experiências capazes de melhorar o desempenho operacional e aumentar a eficiência dos serviços prestados à população.

A iniciativa de medir e comparar o desempenho das empresas sob o critério da qualidade percebida pelo cliente é parte desse objetivo: anualmente a entidade promove e realiza o Prêmio Cier de Qualidade e Satisfação, cujo maior benefício é oferecer às empresas indicadores e parâmetros comparáveis entre si, permitindo que elas se situem perante as demais congêneres. A partir dessa comparação, as prestadoras de serviço podem identificar com mais precisão seus pontos fortes e fracos, formulando planos de ação visando ao aprimoramento dos serviços.

Twitter: @copel_pr


Trabalhador terá acesso a informações do FGTS por celular


As Centrais Sindicais firmaram termo de cooperação técnica com a Caixa Econômica Federal (CEF) para divulgar novos canais de consulta às contas vinculadas ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O serviço é gratuito e possibilita ao trabalhador receber informação atualizada de saldo, depósitos e saques do FGTS no celular, através de mensagens SMS, além de realizar consulta do extrato pela internet. O presidente da CUT, Vagner Freitas, avalia que essa parceria com a Caixa vai contribuir para aumentar a transparência, o acompanhamento e a participação das Centrais na gestão do FGTS. Segundo Fabio Cleto, vice-presidente de Fundos de governo do banco, “as informações enviadas por SMS possibilitam que o próprio trabalhador se transforme no maior fiscal de sua conta vinculada”. Consulta - Para ter acesso ao extrato na internet, basta cadastrar uma senha no endereço www.fgts.gov.br ou www.caixa.gov.br/fgts. No site também é possível fazer adesão ao serviço de mensagem pelo celular em substituição ao recebimento bimestral do extrato emitido em papel. A adesão aos novos serviços é facultativa e os trabalhadores
que quiserem permanecer no modelo anterior continuarão recebendo o extrato bimestral do FGTS em endereço residencial cadastrado, que pode ser atualizado pela internet. 
Mais informações: Sites das Centrais

Fonte: Agência Sindical

Convenções e acordos de trabalho poderão sobrepor legislação trabalhista


Em análise na Câmara, o Projeto de Lei 4193/12, do deputado Irajá Abreu (PSD-TO), prevê que convenções ou acordos coletivos de trabalho devem prevalecer sobre a legislação trabalhista. A única restrição é que não sejam inconstitucionais nem contrariem normas de higiene, saúde e segurança. De acordo com o texto, a prevalência das convenções e acordos sobre as disposições legais aplica-se somente aos instrumentos de negociação posteriores à publicação da nova lei, de forma a não prejudicar direitos adquiridos.

Flexibilização
A proposta – que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-lei nº 5.452/43) – ressalva ainda que prevalecerá o disposto em lei se não houver convenção ou acordo coletivo, ou quando esses instrumentos forem omissos, incompletos, inexatos, conflitantes ou inaplicáveis. Segundo Abreu, o objetivo da medida é tornar as relações de trabalho mais flexíveis. Na opinião do deputado, “a rigidez e a judicialização dos contratos somados ao custo excessivo dos encargos trabalhistas tornaram a legislação do trabalho um fardo para o País”.

Tramitação
O projeto terá análise conclusiva das comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Dirigentes do Sindenel mobilizam os trabalhadores da Copel


Estamos percorrendo as bases do Sindenel na Copel para manter os trabalhadores informados e mobilizados na campanha de renovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2012/13.

A categoria respondeu ao chamamento do sindicato e esta atenta aos acontecimentos que envolvem esta negociação. Também esta preparada para um movimento organizado decidido em assembléia dos trabalhadores caso seja necessário.

Neste dia 24 estaremos reunidos com os 17 sindicatos que estão compondo a campanha unificada dos trabalhadores da Copel para avaliação da mobilização e participação da categoria nesta campanha.

Trabalhador eletricitário aguarde os comunicados do sindicato que serão encaminhados durante a semana e mantenha-se mobilizado em sua área. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sindicatos rejeitam “proposta indecorosa” e sem aumento real da Copel


Após uma semana, a Copel trouxe à mesa de negociação, nesta quinta-feira (18) exatamente a mesma proposta que já havia sido rejeitada pelos 17 sindicatos que representam os trabalhadores.
Diante disso, a posição das entidades segue a mesma: aguardamos que a empresa reavalie sua “proposta indecorosa” e traga à mesa de negociação uma oferta que atenda ao que esperam os trabalhadores. E o recado dos trabalhadores está claro na pauta de reivindicações: aumento real de salários.
Mais uma vez, nesta quinta-feira, ouvimos o superintendente de Recursos Humanos, Luiz Carlos Cavanha, que se esforçou para pintar um quadro negro para o futuro da empresa. “O cenário não se apresenta muito favorável. Não há condições para ganho real”, jurou.
As dificuldades, se é que existem, não são para todos. O economista Fabiano Camargo, do Dieese, lembrou que a mesma direção que apresenta um “cenário não favorável” aos trabalhadores se deu de presente um aumento de 60% nos próprios salários, entre 2010 e 2012. “Os gastos da Copel com a remuneração de diretores e conselheiros saltou de R$ 6,3 milhões para R$ 10 milhões, no período”, disse Fabiano.
Mesmo em meio a esse “cenário não favorável”, a Copel não viu problemas em gastar quase R$ 18 milhões num avião para uso de seus diretores – e, segundo o jornalista Celso Nascimento, da “Gazeta do Povo”, também para uso do governador Beto Richa (PSDB).
E, mesmo em meio a este “cenário não favorável”, a Copel mostra interesse em adquirir o Grupo Rede, que está sob intervenção da Aneel, como noticiou hoje a imprensa. Cenário desfavorável, como se vê, só há para você, trabalhador.
Tudo isso acontece no mesmo ano em que as outras empresas do setor – que não têm os prêmios e a solidez que a Copel alardeia em seus anúncios publicitários – concederam reajustes acima da inflação. “No setor elétrico, em 23 negociações, houve ganho real médio de quase 2%”, lembrou Fabiano.
A única diferença da proposta da Copel, em relação à semana passada, é a adoção do Divisor 200, em vez do 220. “Mas isso é apenas o que garante súmula do Tribunal Superior do Trabalho, é o que está na lei. Por isso, nem precisa constar do ACT, que é um documento que registra avanços em favor do trabalhador”, afirmou Jonas Braz, diretor do Steem.
“Foram os trabalhadores que seguraram a Copel em momentos difíceis, como o da época das ameaças de privatização. Sempre que a empresa esteve sob risco, os trabalhadores se mobilizaram para defendê-la. Mas a recíproca não é verdadeira. Nos últimos anos, a direção comemorou lucros fabulosos, mas não concedeu qualquer aumento real. Como explicar isso aos trabalhadores?”, lamentou Alexandre Martins, presidente do Sindenel.
Na reunião desta quinta-feira, cada uma das 17 entidades presentes recebeu carta assinada pela diretora de Gestão Corporativa da empresa, Yara Eisenbach, que garante a manutenção de nossa data-base para 1.º de outubro. Por isso, reafirmamos: este é o momento de nos mantermos unidos e mobilizados. A pressa não nos favorece. Com calma, união e mobilização, vamos chegar a um Acordo Coletivo que fará jus ao que merecemos.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

COPEL - ACT 2012/13: ENTENDA O PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO E O QUE HOUVE ATÉ AGORA


Em conversas com os trabalhadores, percebemos dúvidas sobre a que pode acontecer por termos recusado, na mesa de negociações, a proposta inicial da Copel.

Vamos aos fatos. Em primeiro lugar, a empresa sequer formalizou sua proposta, ainda (razão pela qual não trouxemos números e valores até agora; se a proposta não é oficial, eles podem mudar a qualquer momento).

Nas assembleias e reuniões de definição de pauta que realizamos em todo o Paraná com os copelianos, ficou clara a exigência de um aumento real de salários.

Por isso, temos o direito de recusarmos uma oferta sem aumento real, como a que temos até agora. Isso não significa, de nossa parte, que estamos encerrando as negociações.

Muito pelo contrário. Esperamos, ansiosos, que finalmente os representantes da Copel venham até a mesa de negociações para negociar, e não apenas para brandir uma série de “nãos” a cada reivindicação dos trabalhadores.

Para nós, negociar significa expor pontos de vista e argumentos para que, com boa vontade e disposição para ceder, ambos os lados possam chegar a um acordo vantajoso para todos. Não é o que aconteceu até agora. Se há inflexibilidade por parte da Copel, a negociação não evolui.

De nossa parte, não iremos, e já deixamos isso claro, assinar um acordo sem aumento real de salários e que desrespeite direitos garantidos aos trabalhadores. Infelizmente, o acordo que a Copel tenta nos impor, neste momento, não tem aumento real. Mas desrespeita seus direitos, copeliano.

Muito importante: nossa recusa à primeira proposta da Copel não significa que estejamos atravancando o processo de negociação. Muito pelo contrário, como já dissemos. Significa que esperamos que a direção da empresa tenha a humildade de perceber que está oferecendo algo muito aquém do que esperam seus empregados. E melhore sua proposta.

Também não significa que nossa negociação irá, a partir de agora, a dissídio. Não há limites para a duração de uma negociação coletiva. E, de nossa parte, reafirmamos a intenção de negociar.

Gostaríamos, muito, de que ao menos alguns colegas pudessem acompanhar a negociação coletiva, para que tivessem uma imagem mais clara de seu andamento – e da intransigência da direção, até agora. Infelizmente, mais uma vez não foi possível. A direção da empresa não permitiu.

Por fim, leia a seguir uma análise do economista Fabiano Camargo, da subseção do Dieese no Senge-PR, sobre o que a Copel ofereceu até agora, e porque há condições para que tenhamos reajuste de 8,5% (que significa um aumento real de cerca de 3% nos salários) e avanços em outras cláusulas da pauta.

“A proposta da Copel está na contramão de demais negociações realizadas este ano no Brasil, que acumulam ganho real médio de 2,23%. Se observarmos apenas o setor elétrico, veremos que a Copel também está atrás de outras empresas – os acordos coletivos do setor tiveram aumento real de 2%, em média. A Copel, lembramos, não ofereceu nenhum aumento real a seus empregados.

“Se houve queda nos lucros da Copel, vale lembrar que isso se deve ao aumento de encargos de uso da rede à elevação da energia elétrica comprada para revenda. Outros indicadores, porém, melhoraram.

“Ativo total e patrimônio líquido cresceram 5,04%. Receita operacional líquida cresceu 10,56%. Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida) aumentaram 18,52%. E não podemos nos esquecer de que o lucro histórico e recorde que a empresa teve em 2011 também faz parte do cenário da negociação em andamento.

“A empresa também não pode atribuir nenhum problema referente à MP 579 (que reduz o custo da energia no Brasil e antecipa a renovação das concessões do setor), pois, em comunicado ao mercado financeiro, afirma que será ‘uma das empresas menos afetadas pelas novas regras do setor elétrico’. Será que a empresa distorceu fatos ou suprimiu informações ao mercado? Pouco provável, já que isso é crime. Então, devemos supor que faz isso com seus trabalhadores.

“Por fim, vale lembrar que a produtividade dos trabalhadores aumentou muito nos últimos (conforme explicamos no Desbalanço Social da Copel). Isso, claro, melhorou os indicadores econômicos, financeiros e operacionais da Copel. Mas os empregados não tiveram sua parte nisso. Lembro: a Copel distribui atualmente apenas 13% da sua riqueza aos empregados, embora esse indicador já tenha chegado a 18%, em anos anteriores.

“É uma pena que uma empresa premiada que gosta de se apresentar como referência no setor continue a se esquecer de seu ‘padrão de excelência’ apenas na hora de negociar com seus trabalhadores.”