terça-feira, 6 de novembro de 2012

Na Copel, falta inovação nas maneiras de lidar com os empregados


Em comunicado interno distribuído nesta terça-feira, a Copel comemora, com justificado orgulho, sua inclusão na seleta lista de empresas que mais investem em inovação tecnológica em todo o mundo.

Infelizmente, essa visão inovadora não é vista na maneira como a empresa lida com as reivindicações e anseios de seus empregados. Isso fica claro nos inúmeros comunicados distribuídos sob o título “Acordo Coletivo de Trabalho”, que informam que sindicatos que representam categorias amplamente minoritárias na empresa aceitaram a “proposta indecorosa”.

Esses comunicados trazem, inclusive, a data em que tais categorias irão receber o abono (com abatimento do imposto de renda, lembre-se). É uma estratégia repugnante de tentar seduzir empregados que possam estar em dificuldades financeiras, mas que ainda assim têm a grandeza e a coragem de dizer “Não” à “proposta indecorosa” da empresa e de assumir uma luta por um Acordo Coletivo que traga um aumento real de salários, além do abono.

Lamentamos, mais uma vez, a forma truculenta e autoritária que a direção usa para interagir com os copelianos, nesse momento em que uma empresa inovadora de fato estaria, isso sim, sentada à mesa discutindo (e não impondo), aberta e francamente, um acordo vantajoso para todos. Já que não é assim, caberá aos trabalhadores mostrar à arrogante direção da Copel que nós temos valor, e não preço.

Por fim, lamentamos também a atitude do Sinap, sindicato que representa os advogados da Copel, que, sem prévio aviso aos dirigentes das demais entidades do Coletivo, aceitou a “proposta indecorosa” da Copel. E, muito importante, lembramos que advogados, economistas e secretárias, as três categorias que até aqui se curvaram à intransigência da Copel, não terão direito aos avanços que a maioria dos copelianos irá obter por ter a coragem de dizer “Não” e exigir uma proposta condizente com as reivindicações que apresentamos à Copel em agosto.

2 comentários:

  1. Alexandre, eu tenho dúvidas sobre a legalidade disso. Pode mesmo acontecer de as secretárias, advogados e economistas não terem direito a um possível aumento que os outros sindicatos consigam? Eu acharia justo, afinal eles aceitaram receber menos... nós por outro lado estamos sofrendo pressões de todos os lados. Mas a minha dúvida é: é legal ter funcionários de categorias diferentes com aumentos diferentes?

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  2. João este será o posicionamento da entidades sindicais junto a direção da Copel. Quanto a legalidade para possível encaminhamento judicial as assessorias jurídicas estão avaliando.

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