Em comunicado interno distribuído
nesta terça-feira, a Copel comemora, com justificado orgulho, sua inclusão na
seleta lista de empresas que mais investem em inovação tecnológica em todo o
mundo.
Infelizmente, essa visão inovadora
não é vista na maneira como a empresa lida com as reivindicações e anseios de
seus empregados. Isso fica claro nos inúmeros comunicados distribuídos sob o
título “Acordo Coletivo de Trabalho”, que informam que sindicatos que
representam categorias amplamente minoritárias na empresa aceitaram a “proposta
indecorosa”.
Esses comunicados trazem, inclusive,
a data em que tais categorias irão receber o abono (com abatimento do imposto
de renda, lembre-se). É uma estratégia repugnante de tentar seduzir empregados
que possam estar em dificuldades financeiras, mas que ainda assim têm a
grandeza e a coragem de dizer “Não” à “proposta indecorosa” da empresa e de
assumir uma luta por um Acordo Coletivo que traga um aumento real de salários,
além do abono.
Lamentamos, mais uma vez, a forma
truculenta e autoritária que a direção usa para interagir com os copelianos,
nesse momento em que uma empresa inovadora de fato estaria, isso sim, sentada à
mesa discutindo (e não impondo), aberta e francamente, um acordo vantajoso para
todos. Já que não é assim, caberá aos trabalhadores mostrar à arrogante direção
da Copel que nós temos valor, e não preço.
Por fim, lamentamos também a atitude
do Sinap, sindicato que representa os advogados da Copel, que, sem prévio aviso
aos dirigentes das demais entidades do Coletivo, aceitou a “proposta
indecorosa” da Copel. E, muito importante, lembramos que advogados, economistas
e secretárias, as três categorias que até aqui se curvaram à intransigência da
Copel, não terão direito aos avanços que a maioria dos copelianos irá obter por
ter a coragem de dizer “Não” e exigir uma proposta condizente com as
reivindicações que apresentamos à Copel em agosto.
Alexandre, eu tenho dúvidas sobre a legalidade disso. Pode mesmo acontecer de as secretárias, advogados e economistas não terem direito a um possível aumento que os outros sindicatos consigam? Eu acharia justo, afinal eles aceitaram receber menos... nós por outro lado estamos sofrendo pressões de todos os lados. Mas a minha dúvida é: é legal ter funcionários de categorias diferentes com aumentos diferentes?
ResponderExcluirJoão este será o posicionamento da entidades sindicais junto a direção da Copel. Quanto a legalidade para possível encaminhamento judicial as assessorias jurídicas estão avaliando.
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