sexta-feira, 13 de maio de 2016

Com apoio no Congresso, presidente interino pede diálogo e aposta na economia

Em seu primeiro pronunciamento depois de assumir interinamente a Presidência da República, Michel Temer disse que o seu governo terá pela frente uma agenda legislativa intensa, o que demandará diálogo e uma base parlamentar sólida no Congresso Nacional.

“Executivo e Legislativo precisam trabalhar com harmonia e de uma forma integrada”, disse o presidente em exercício. “Vamos precisar muito da governabilidade.”

As afirmações foram feitas nesta quinta-feira (12), durante a posse dos novos ministros, no Palácio do Planalto. Temer assumiu a Presidência no fim da manhã, quando foi notificado pelo primeiro-secretário do Senado, senador Vicentinho Alves (PR-TO), do afastamento de Dilma Rousseff com a abertura do processo de impeachment no Senado.

Governo de coalizão
A preocupação com a formação de um governo de coalização com forte presença no Congresso levou o presidente interino a indicar dez deputados federais como ministros. Foram contemplados com cargo ministerial deputados do PMDB, PSDB, PPS, DEM, PP, PTB, PR, PV e PSB. Outras três pastas serão ocupadas por senadores do PSDB, PP e PMDB, partido do presidente. Também estão na lista quatro ex-deputados.

Os novos ministros deverão ajudar o presidente interino a coordenar a agenda legislativa no Congresso. Temer defendeu a revisão do pacto federativo, assunto que foi discutido pela Câmara durante todo o ano passado, e, falando da Previdência Social, afirmou que eventuais reformas não vão afetar os direitos adquiridos do cidadão.

Economia
O presidente interino disse que o momento “é de grande dificuldade” e afirmou que o objetivo do seu governo é estancar a queda da atividade econômica. Para isso, ele elencou algumas prioridades, como o reequilíbrio das contas públicas e a melhoria do ambiente de negócios. Com um discurso voltado ao mercado, Temer afirmou que o governo interino dará mais espaço para a iniciativa privada na área econômica.

“Ao Estado compete cuidar da segurança, da saúde, da educação. Ou seja, dos espaços e setores fundamentais que não podem sair da órbita pública. O restante terá que ser compartilhado com a iniciativa privada, aqui entendida como uma conjugação entre trabalhadores e empresários”, afirmou.

Temer pediu ajuda aos novos ministros para abrir o diálogo com os diversos setores sociais para “pacificar” o País e afirmou que manterá programas sociais como o Bolsa Família, o Pronatec (ensino profissionalizante) e o Minha Casa, Minha Vida (habitacional). “Foram projetos que deram certo e terão suas gestões aprimoradas”, afirmou.

Na manhã desta sexta-feira (12), o presidente em exercício fará a primeira reunião ministerial.

Posse dos suplentes
Os dez deputados que tomaram posse em ministérios serão substituídos pelos suplentes. A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara expedirá a convocação dos suplentes tão logo seja notificada pelos parlamentares que foram para o Executivo.
Fonte: Agência Câmara

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