terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

UGTpresss: DIAP (DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ASSESSORIA PARLAMENTAR)

DIAP: o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, fundado no início dos anos 1980, pelo advogado Ulisses Riedel de Resende, alguns sindicalistas e importantes organizações sindicais, suas primeiras filiadas, teve como propósito, de acordo com o artigo segundo de seus estatutos, a “finalidade de prestar assistência às entidades filiadas no que diz respeito ao andamento de projetos de lei e a estudos legislativos do interesse da classe trabalhadora junto aos poderes da República”. Talvez inspirado pela ideia do Dieese (Departamento de Estatística e Estudos Socioeconômicos), este também fundado por organizações sindicais, porém com finalidades diferentes. Ambos representam a expertise brasileira no campo de sua cultura sindical e são ideias exportadas e admiradas em outros países. Prestam relevantes serviços ao movimento sindical e aos trabalhadores em geral. São imprescindíveis.

PUBLICAÇÕES: o Diap tem sido o responsável por inúmeras publicações de prestígio e que servem de referência à sociedade brasileira, principalmente aquelas que falam a respeito do Congresso Nacional e sobre a atuação dos parlamentares. O primeiro grande sucesso em termos de publicações neste sentido foi “Quem foi quem na Constituinte”, onde “se registrou a atuação de cada um dos 573 parlamentares durante o processo de elaboração da Constituição de 1988”. Através de critério próprio, atribuíram-se notas de zero a dez aos constituintes. O sucesso levou o Diap à publicação de outros estudos sobre o Parlamento, todos na linha do “Quem foi quem ...”, muito valorizados pela imprensa brasileira e pelos sindicatos. É grande o acervo de publicações do Diap e encontra-se disponível na internet (www.diap.org.br).

UGT: A União Geral dos Trabalhadores do Brasil, presidida pelo comerciário Ricardo Patah, organizou recentemente um evento em Brasília (II Seminário Nacional “Aliança UGT e Povos Indígenas, fortalecendo a autonomia”) e convidou o jornalista e analista político, Antonio Augusto de Queiroz (o “Toninho do Diap”) para fazer uma palestra. Toninho fez um brilhante pronunciamento, ocasião em que discorreu sobre todos os projetos de interesse dos indígenas em tramitação no Congresso Nacional. Também fez uma excelente análise das bancadas em atuação no Congresso Nacional, às quais chamou de “bancadas informais”, grupos econômicos e religiosos que hoje prevalecem na política brasileira, uma das mais rasteiras e abjetas do mundo. Recomendamos àqueles que tem curiosidade ou interesse pelo que acontece nos bastidores do Parlamento e no interior dessas bancadas, que convidem o jornalista Antonio Augusto de Queiroz para palestras e conferências a respeito.

PARTIDOS POLÍTICOS: hoje no Congresso Nacional estão representados quase 30 partidos políticos e nenhum sozinho tem força suficiente para aprovar nada. No Brasil acontece algo muito estranho: enquanto em outros países, principalmente de orientação parlamentarista, o partido (ou partidos) de apoio ao governo emerge das eleições, formando aquilo que conhecemos por “situação”, entre nós, as eleições, ditadas pelo poder econômico e ausência de igualdade entre candidatos, a bancada de apoio é formada depois das eleições, mediante a descarada cooptação de partidos e grupos, através de trocas por cargos e sinecuras em estatais ou nos ministérios. É essa farra, no DNA da política brasileira, que determina o jogo de forças dentro do Congresso Nacional. Não é de hoje que é assim e não se modifica porque isso atende aos interesses da elite predadora e sócia do Estado. Entre nós, os políticos, em sua maioria, são sócios do Estado, como se este fosse uma propriedade de poucos. Nosso Judiciário, ao qual cabe a prática e a distribuição da Justiça, parece que ainda não se inteirou de suas superiores finalidades

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