terça-feira, 27 de maio de 2025

Processos trabalhistas batem recorde em 15 anos

 Justiça do Trabalho recebeu mais de 4 milhões de casos em 2024 –desses, 3,60 milhões eram novas ações


A matéria do Poder360 destaca que a Justiça do Trabalho brasileira registrou, em 2024, o maior número de processos dos últimos 15 anos. Foram mais de 4 milhões de casos recebidos, dos quais 3,6 milhões eram novas ações, representando um aumento de 16,1% em relação a 2023.


Principais Destaques:

Crescimento Pós-Pandemia: Após uma queda durante a pandemia, o número de ações trabalhistas voltou a crescer, atingindo níveis não vistos desde 2017.


Dados de 2025: De janeiro a abril de 2025, já foram registrados 1,2 milhão de novos processos trabalhistas, um aumento de 6,38% em comparação com o mesmo período do ano anterior.


Análise:

O aumento expressivo no número de ações trabalhistas indica uma retomada da judicialização das relações de trabalho no Brasil. Esse crescimento pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo mudanças legislativas, decisões judiciais que ampliaram o acesso à justiça gratuita e a alta rotatividade no mercado de trabalho.


A tendência sugere que, mesmo após a reforma trabalhista de 2017, que visava reduzir o número de processos, os trabalhadores continuam buscando a Justiça do Trabalho para resolver conflitos, especialmente em um cenário econômico desafiador.


Apesar da queda, para a professora-doutora do DTB (Departamento de Direito do Trabalho e da Seguridade Social) da faculdade de direito da USP (Universidade de São Paulo) Julia Lenzi, não houve redução de conflitos. O que se deu foi “temor” com relação a possíveis condenações após as mudanças na CLT.


De acordo com Lenzi, o que aconteceu foi “um certo resguardo no sentido de esperar como os tribunais iam interpretar aquelas alterações na regulação do trabalho”. A professora avalia que essas mudanças na legislação trabalhista podem ter alimentado a judicialização ao enfraquecer sindicatos e favorecer negociações individuais.


Eu seu twitter (X) João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário geral da Força Sindical vai na mesma linha: “A campanha contra os sindicatos tem consequências! Sem acordos e convenções coletivas, os trabalhadores ficam sem amparo. Desamparado, o trabalhador busca soluções no processo trabalhista. Simples assim!”


Para mais detalhes, acesse a matéria completa no Poder360.

Fonte: Rádio Peão Brasil

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