quarta-feira, 10 de agosto de 2011

UGT DISCUTE CRIAÇÃO DE FUNDO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NO PARANÁ

O Paraná poderá ter ainda este ano um fundo de qualificação profissional, a exemplo do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), do governo federal. Os recursos anuais desse fundo podem chegar aos R$ 120 milhões. A UGT-PARANÁ participou ativamente da primeira audiência pública para debater a criação do FEQSP, Fundo Estadual de Qualificação Social e Profissional. O encontro foi no plenarinho da Assembléia Legislativa do Paraná, na manhã dessa quarta-feira, 10 de agosto, e reuniu sindicalistas e lideranças comunitárias do estado. O projeto foi apresentado pela bancada petista na ALEP.

"A UGT apóia a criação desse fundo, mas temos de tomar muito cuidado no cumprimento de algumas relações de gestão dos recursos arrecadados", lembrou o presidente da UGT-PARANÁ, Paulo Rossi. Ele destacou que de nada adianta criar mais um mecanismo de arrecadação sem que efetivamente o dinheiro seja aplicado na formação profissional, com cursos de qualificação dos trabalhadores, de forma transparente e racional. O presidente da UGT-PARANÁ reafirmou o compromisso da central com a formação profissional, que é uma das diretrizes aprovada durante o 2º congresso nacional da UGT. Rossi apontou ainda a questão da captação e gestão dos recursos, com a formação de um conselho tripartite, composto por trabalhadores, governo do estado e empresários. "Mas o governo estadual tem de se posicionar nas questões trabalhistas, pois de nada adianta ter um discurso e na prática agir de outra forma, como é o caso do salário pago aos empregados terceirizados do Estado, que é bem menos do Piso Regional".

O coordenador regional do DIEESE, Cid Cordeiro, fez uma projeção de recursos, segundo os índices de captação do projeto do FEQSP. "Podemos chegar a mais de R$ 120 milhões, uma soma considerável para ser aplicada em qualificação profissional. Esse volume deve ser usado principalmente nos setores e categorias profissionais mais emblemáticos, após uma ampla discussão com a classe trabalhadora", frisou Cordeiro.

Além de darem apoio ao projeto de criação do FEQSP, os líderes sindicais da UGT-PARANA e integrantes da UGT Nacional Alexandre Donizete Martins, Paulo Sérgio dos Santos e Solomar Rockembach falaram sobre o movimento paranaense contrário à criação de uma agência reguladora no estado. Para isso convidaram os presentes para a passeata marcada para o dia 16 de agosto, data comemorativa aos 10 anos do movimento paranaense contra a venda da COPEL. Os companheiros aproveitaram ainda para entregar aos deputados estaduais um manifesto público contra a criação da agência reguladora.


Alexandre do Sindenel apresenta o movimento estadual contra a criação da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) aos deputados paranaenses no plenarinho da Assembléia Legislativa.

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