quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Plano da Copel é inaugurar 80 subestações de energia até 2020


Empresa paranaense, mesmo com queda no lucro, manteve investimentos de R$ 580 milhões este ano
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) — empresa que atua na distribuição, transmissão e geração de energia — definiu metas ambiciosas para acompanhar o crescimento da demanda na região.
De acordo com Nilberto Lange Junior, superintendente de transmissão da companhia, a empresa deve fechar o ano com oito novas subestações entregues (instalação elétrica, contendo equipamentos para transmissão e distribuição).
Dos projetos, quatro já entraram em atividades e o restante estão em fase final de entrega, entre elas subestações para Curitiba e Paulo Frontim. “Temos o objetivo de inaugurar dez subestações por ano até 2020”, destaca o executivo da companhia.
E para atingir essa meta, a Copel, que registrou queda de 28,2% no lucro líquido no segundo trimestre, totalizando R$ 184,9 milhões, parece disposta a manter o nível de investimentos. Para esse ano, a empresa tem programado um aporte de R$ 580 milhões que, na visão de Nilberto, devem ser utilizados apenas 65% do valor total neste ano.
O mais recente investimento feito pela empresa foi um aporte de R$ 13 milhões para modernizar a subestação localizada na cidade de Morretes que terá um novo setor com capacidade de 138 kilovolts (kV). De acordo com a empresa, o projeto, que tem data de conclusão nos primeiro meses de 2014, visa melhorar a qualidade do fornecimento de energia e, em caso de falta de eletricidade, maior agilidade para restabelecer a luz.
O superintendente da companhia destaca que as obras são necessárias para melhorar o fornecimento de energia e acompanhar o aumento na demanda dos consumidores. “O crescimento tem variado de 3% a 5% por ano e, com isso, temos que aumentar o parque de distribuição”, acrescenta Nilberto.
Atualmente, segundo o executivo, existem 300 projetos ligados as subestações. “Temos uma meta bastante arrojada na companhia. Além disso, precisamos nos programar para o futuro, já que o projeto de uma subestação leva em torno de três a quatro anos para entrar em execução.”
Outro projeto entregue neste ano, fruto do investimento de R$ 10 milhões, é a nova subestação transformadora de energia em Ibaiti, que vai reforçar o atendimento de cerca de 18 mil unidades consumidoras, graças a capacidade de operar com tensão de 138 mil volts.
Reajuste
A Copel informou que diante das regras estabelecida pela Medida Provisória 579, que estabelece a renovação das concessões para as elétricas, ainda está analisando os efeitos sobre os negócios da companhia.
Por meio de comunicado, Ricardo Portugal Alves diretor de finanças da companhia destacou que “preliminarmente, não verifica impactos relevantes sobre as atividades”.
No segmento de geração, a Copel possui apenas 5% de sua capacidade instalada, equivalente a 270 megawatts (MW), com vencimento até 2017. As próximas concessões de geração vencerão nos anos de 2023, 2029 e 2030. Já na distribuição, a companhia afirmou que os impactos da redução tarifária serão compensados pela queda dos encargos setoriais, menor custo de compra de energia e diminuição dos encargos da rede básica.
Rafael Palmeiras - Brasil Econômico | 27/09/2012 

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