terça-feira, 11 de julho de 2017

UGTpres: PRINCÍPIOS E VALORES

PRINCÍPIOS: dicionarizada, a palavra "princípio" significa o começo ou o início de alguma coisa. É ainda um conjunto de leis, definições ou preceitos utilizados para orientar a vida do homem. Pode também ser considerada uma verdade universal, aquilo que o ser humano concebe como inegociável e parte de suas crenças pessoais. Há evolução nesses conceitos e eles são influenciados por acontecimentos históricos, a exemplo das Revoluções Americana e Francesa. Os princípios fundamentais do Estado Brasileiro, consagrados pela Constituição de 1988 (artigos 1º ao 4º) são: Federativo, democrático de direito, separação dos poderes, presidencialista, soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, livre iniciativa, valores sociais do trabalho e pluralismo político. Um elenco digno de uma sociedade civilizada e desenvolvida.

VALORES: valores são o conjunto de características de uma pessoa, organização ou instituição. Pode significar merecimento, talento, reputação, coragem e valentia. Os valores humanos são valores morais que andam juntos com a conduta da pessoa. Valores morais podem ser considerados éticos e sociais, constituindo-se em um conjunto de regras para a convivência em sociedade. No caso, valem mais os bons exemplos, já que a transmissão de valores humanos ajuda no futuro comportamento da sociedade. Têm sido muito enaltecidos os valores de uma empresa, normalmente transformados em sua missão. Filosoficamente, segundo a Wikipédia, "o conceito de valor tem sido investigado e conceituado em diferentes áreas do conhecimento. A abordagem filosófica descreve-o como nem sempre subjetivo, nem totalmente objetivo, mas como algo determinado pela interação entre o sujeito e o objeto".

NÃO SE CONFUNDEM: Jerônimo Mendes diz que "existe uma grande diferença entre princípios, valores e virtudes, embora sua efetividade seja válida apenas quando os conceitos estão alinhados. No mundo corporativo em geral, noto que muitos profissionais são equivocados em relação aos conceitos e, apesar de defenderem o significado de um ou de outro, a prática se revela diferente" (internet). Princípios são preceitos incontestáveis. Valores são normas ou padrões sociais. Diferente dos princípios, os valores são pessoais, subjetivos e contestáveis. Já virtude, segundo o Aurélio, são disposições constantes do espírito, que por um esforço da vontade, inclinam à prática do bem.

EXEMPLOS: ainda, segundo o mesmo Jerônimo Mendes, "uma pessoa pode ter valores e não ter princípios. Hitler, por exemplo, conhecia os princípios, mas preferiu ignorá-los e adotar valores como a supremacia da raça ariana. Madre Teresa de Calcutá e Mahatma Gandhi tinham princípios, valores e virtudes integralmente alinhados com a sua concepção de vida". No Brasil, ultimamente, em função dos lamentáveis acontecimentos na esfera pública, muito tem se falado em ética e moral, também diferentes entre si.

ÉTICA E MORAL: segundo o Portal de Pesquisas, "no contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade". Embora no sentido prático sejam muito semelhantes, ambas são responsáveis por construir os alicerces que vão guiar a conduta humana. Para qualquer lado que se olhe, a maioria dos políticos brasileiros está desprovida de bons valores. Os políticos brasileiros não dão bola para os princípios do Estado Brasileiro e não respeitam a ética e a moral, adotando condutas em desacordo com a vontade média da população. Não é sem propósito que alguns professores do assunto se tornaram celebridades, casos de Leandro Karnal e Mário Sérgio Cortella. Algo que deveria ser trivial, da conduta básica daqueles que têm o dever de agir corretamente, transformou-se em virtudes raras. O país está à busca de estadistas, pessoas de princípios e valores, éticos e morais, pagando-se muito bem para exercerem cargos públicos. Avisa-se que o povo brasileiro é aquele que melhor remunera os seus políticos. Na próxima eleição, candidate-se, pois, o Brasil necessita urgentemente de gente assim.

OS JOVENS E A ÉTICA: segundo pesquisa feita pelo Instituto Etco, em parceria com o Datafolha, "maior parte dos jovens brasileiros de 14 a 24 anos avalia a sociedade como pouco ética e acredita não poder mudar esse cenário" (Folha de São Paulo, 24-06). Num país que premia e não condena os faltosos (vejam os casos arrolados de corrupção no Brasil), seria de se esperar mesmo uma tragédia como essa: os nossos jovens totalmente descrentes da ética e, pior, sem esperanças de mudar o quadro. "O meio em que vivemos não é nada favorável à adoção de ações éticas", declarou Edson Vismona, presidente executivo do Etco (idem).

Nenhum comentário:

Postar um comentário