quinta-feira, 19 de abril de 2018

Defesa dos direitos e da democracia marcará 1º de Maio unitário em Curitiba

Curitiba viverá neste Dia do Trabalhador de 2018 um inédito 1º de Maio Unificado. A decisão foi anunciada nesta quarta (18) por lideranças das Centrais CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical, Nova Central e UGT. O anúncio ocorreu durante coletiva de imprensa no acampamento Lula Livre, em frente à Polícia Federal. Além de unificar a pauta trabalhista, o objetivo das entidades é reforçar a luta pela libertação do ex-presidente Lula.

O centro da luta das Centrais é a defesa dos direitos, agredidos pela lei trabalhista de Temer, em vigor desde 11 de novembro. Mas João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força, vê um forte sentido simbólico no ato unificado em Curitiba, onde o ex-presidente Lula está preso injustamente.

Formas - “Na manhã do 1º de Maio, as Centrais organizam seus eventos específicos nos estados. A novidade é que, além deles, teremos o ato unificado em Curitiba. Queremos mostrar, com veemência, a força de nossa luta pela manutenção dos direitos, a fim de que nossas propostas sejam discutidas no processo eleitoral deste ano”, diz Juruna.

Adilson - A Agência Sindical entrevistou Adilson Araújo, presidente da CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. Ele adianta: “A concentração começará às 14 horas, com o ponto alto da manifestação por volta das 16 horas”. Para o sindicalista, o movimento precisa reforçar suas bandeiras rumo às reformas progressistas. “Se não empunharmos essas reformas, a direita vem e impõe a agenda conservadora e reacionária, contra os trabalhadores e a própria democracia”, ele alerta.

O dirigente cetebista também relaciona a luta unificada ao fortalecimento do campo democrático e da esquerda. “Com uma pauta unificada, amparada nas reais necessidades da classe trabalhadora, os setores progressistas mostrarão força e resistência à criminalização da política, que está na ordem do dia da direita”, observa Adilson.

De acordo com o sindicalista, o 1º de Maio Unitário também reforçará a luta contra o modelo neoliberal, rentista e recessivo do atual governo. Adilson Araújo afirma: “A defesa do emprego, nesse sentido, estará na linha de frente do 1º de Maio em Curitiba e nas demais cidades brasileiras. É uma demanda prioritária e nacional”.

Nota

As Centrais CUT, Força, UGT, Nova Central, CBS, CTB e Intersindical publicaram nota sobre a conjuntura e os desafios. O texto:

“Os trabalhadores enfrentam enormes desafios no Brasil e no mundo para superar as desigualdades, combater o arrocho salarial e a precarização das condições de trabalho, barrar a insegurança na proteção social, impedir os assassinatos e prisões de militantes e lideranças populares, enfrentar e denunciar a discriminação social, racial e contra as mulheres, e para bloquear o cerceamento da liberdade e o ataque à democracia.

A luta é o sentido da vida sindical e a unidade é a nossa decisão política.

Por isso, faremos um 1º de Maio histórico em Curitiba, nacional e unitário, coroando as inúmeras manifestações que faremos em todo o País e em sintonia com todos os trabalhadores.

Estamos juntos em Curitiba lutando por:

Nenhum direito a menos - Contra a reforma trabalhista que destrói os direitos dos trabalhadores e os Sindicatos.

Emprego para todos - Política econômica para gerar empregos a 13 milhões de desempregados e a 12 milhões de subocupados; Qualidade dos empregos (contra precarização e insegurança).

Valorização do salário mínimo -Manutenção da política de valorização do salário mínimo.

Seguridade e Previdência Social - Financiamento e gestão da seguridade e da previdência social voltados para sua sustentabilidade.

Políticas públicas - Fim da Lei do teto do gasto público; saúde, educação, moradia, transporte e segurança pública; políticas públicas de qualidade para todos;

Fortalecimento sindical - Reorganização para aumentar a representatividade dos trabalhadores; financiamento sindical decidido pelos trabalhadores em assembleia.

Democracia e eleições livres

Justiça, sim. Perseguição, não. Liberdade para Lula!
Fonte: Agência Sindical

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