O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já admite que a votação da reforma da Previdência pode ficar para o ano que vem.
Ele explicitou a possibilidade durante almoço de confraternização de final de ano da Febraban, a Federação Brasileira dos Bancos.
Meirelles disse que espera a aprovação da reforma já na próxima semana, mas que se não for possível, vai trabalhar para que ela seja votada no início do ano que vem.
Questionado se o governo já tem os 308 votos necessários para aprovar a reforma, Meirelles disse que esse quadro está sendo avaliado a cada dia e que só na semana que vem será possível saber.
Segundo o ministro, se as mudanças na previdência não forem aprovadas, as agências de avaliação de risco podem reduzir a nota do Brasil e dificultar os investimentos no país.
Falando para uma plateia formada por dirigentes de bancos, Meirelles evitou usar a expressão spread bancário durante o discurso. Spread é a diferença entre a selic, a taxa básica de juros da economia e os juros reais cobrados pelos bancos.
Na semana passada, o Copom, o Comitê de Política Monetária, reduziu a selic para 7 %, a menor taxa na história, mas a redução não foi acompanhada pelos bancos.
Falando em custo do crédito, o ministro disse que os bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, podem ajudar a reduzir o spread, mas que isso não será feito de forma artificial, se referindo à tentativa do governo passado de reduzir os juros com a redução das margens de lucro dos bancos públicos.
Antes do ministro, o presidente da Febraban, Murilo Portugal, disse que além da selic, os riscos de crédito e o lucro dos bancos também interferem na definição do spread bancário.
O ministro, que teria uma agenda movimentada em São Paulo, cancelou os compromissos na capital paulista para voltar a Brasília para uma reunião com aliados do governo para discutir a reforma.
Fonte: Portal EBC
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