sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

“Se botar pra votar, o Brasil vai parar!”, dizem Centrais sobre Previdência

As Centrais Sindicais voltaram a se reunir nesta quinta (14) na sede da CUT, em São Paulo, para fazer uma avaliação das ações do calendário de mobilização contra a reforma da Previdência, que tinha sido definido no último encontro dos dirigentes. Além da anfitriã, participaram Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB, CSP Conlutas e Intersindical.

Os sindicalistas analisaram os últimos movimentos do governo e Congresso, marcados pela indefinição quanto à data para colocar a PEC 287/16 em votação. Apesar das dificuldades enfrentadas pelos governistas, as Centrais reafirmaram a disposição de parar o Brasil caso o governo consiga levar a reforma ao plenário da Câmara.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), disse à Agência Sindical que os atos e manifestações realizadas durante toda a semana foram positivos. Para ele, o importante é manter a mobilização.

"Tivemos um importante reforço, que é o transporte público. Eles reafirmaram o estado de greve. Não podemos baixar a guarda, nem durante o recesso parlamentar. Se não conseguirem votar esse ano, tentarão novamente no ano que vem. É preciso que fiquemos alerta", afirma.

Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, há unanimidade na avaliação que a proposta de reforma do governo é inaceitável. “A CTB e as demais centrais reiteraram a orientação para as suas bases de resistência total. Iremos manter nossa agenda e nos manteremos em estado de alerta contra mais esse ataque", diz.

A Agência ouviu o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, que também participou da reunião. "Essas confusões entre Romero Jucá (líder do governo no Senado) e o ministro Meirelles demonstra que há desentendimento na própria base. Isso é um sinal de que não há votos suficientes, mas o governo segue querendo voltar a reforma da Previdência. Entretanto o movimento sindical fechou questão. Se o governo colocar pra votar, haverá paralisações", ressalta.

CNTA - A Rádio Web Agência Sindical falou nesta manhã com Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação (CNTA Afins) e coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores. Ele avalia os desacertos do governo:

"É uma demonstração clara que existem divergências. Eles mesmos não se entendem. Mesmo chamando os empresários para atuar junto aos parlamentares, não estão conseguindo os votos necessários. Por isso é importante aumentar a pressão. Vamos lembrar os deputados que em 2018 tem eleição e eles podem não voltar, caso aprovem mais essa maldade", alerta.

Fonte: Agência Sindical

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