quarta-feira, 7 de março de 2018

Professores da rede privada de SP aprovam contribuição sindical

Os Sindicatos que compõem a base da Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo) aprovaram sábado (3), em assembleias simultâneas de professores e auxiliares de administração escolar, autorização para o recolhimento de contribuição sindical. O SinproSP coloca a proposta em votação no próximo sábado, dia 10.

A contribuição, equivalente a um dia de salário, será descontada em folha de toda a categoria ainda no mês de março.

O presidente da Fepesp, Celso Napolitano, disse à Agência Sindical que a deliberação sobre o recolhimento da contribuição sindical é uma manifestação política. "Essa decisão mostra o repúdio da categoria contra as decisões individuais. É uma posição coletiva. Os trabalhadores estão compreendendo que sem o fortalecimento da entidade sindical fica impossível lutar contra essa ‘deforma’ trabalhista, que restringe os recursos para o custeio sindical e ataca os direitos", diz o dirigente.

Para Celso Napolitano, "a reforma foi criada para destruir os direitos trabalhistas, desarticular as fontes de resistência e empurrar os trabalhadores para a contratação precária e a negociação individual, frente a frente com o patrão".

A base da Fepesp é formada por 25 Sindicatos de professores e auxiliares de administração escolar da rede privada (Educação Básica e Ensino Superior) e de professores e técnicos de ensino do Sesi/Senai. Ao todo são quase 200 mil trabalhadores representados.

Campanha Salarial - Celso Napolitano avalia que a Campanha Salarial deste ano será mais complicada. "Essas grandes corporações, que assumem os estabelecimentos de ensino particular, visam única e exclusivamente o lucro. Então, quanto mais eles reduzirem custos, maiores serão os lucros. E isso está refletindo na nossa campanha salarial", explica.

A data-base da categoria é 1º de março. Nas rodadas iniciais de negociação, as comissões de negociação coordenadas pela Fepesp garantiram a extensão da data para evitar o encerramento de Convenções e acordos.

"Na Educação Básica, onde a Convenção deve ser renovada por completo, as cláusulas estão garantidas até 28 de março. O Ensino Superior tem acordo em vigor até 2019, mas o patronato quer retirar a cláusula do plano de saúde. Conseguimos garantir até 30 de março", destaca.
Fonte: Agência Sindical

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