terça-feira, 6 de março de 2018

Sindicalismo protesta contra sobretaxa dos EUA à importação de aço e alumínio

Centrais e Sindicatos realizaram ato nesta segunda (5) em frente ao Consulado dos Estados Unidos em São Paulo, para protestar contra as medidas anunciadas pelo presidente Donald Trump de sobretaxar as importações de aço e alumínio.

Na última sexta (2), as Centrais emitiram nota com fortes críticas à decisão do governo norte-americano, além de alertar para ameaças aos empregos nos setores taxados.

Para Miguel Torres, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM/Força Sindical) e do Sindicato da categoria, o governo precisa tomar providências urgentes para defender os trabalhadores.

"O Temer tem coragem de pressionar o Congresso, quando se trata de medidas que atacam os trabalhadores e Sindicatos. Ele deveria ter a mesma coragem de enfrentar e o governo americano e levar para organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio, toda a indignação com essas medidas", afirma.

Segundo o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves (Juruna), a taxação prejudicará os trabalhadores aqui no Brasil. "No momento em que buscamos uma recuperação, mesmo que tímida, dos empregos por aqui, vem uma atitude como essa que certamente vai afetar cerca de 100 mil trabalhadores", ressalta.

Juruna defende a negociação para chegar a um acordo entre as partes. “Esta medida unilateral prejudica milhares de trabalhadores brasileiros, especialmente aqueles que trabalham nas áreas de siderurgia e componentes metálicos”, lembra.

Luis Carlos Prates (Mancha), diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e dirigente da CSP-Conlutas, ressaltou que o ato foi uma forma de mostrar que "não ficaremos calados diante dessa política econômica do presidente Trump".

“Essa sobretaxa levará milhares de famílias a perderem seu sustento. Esta não é uma medida isolada, mas uma ação para desindustrializar o País para que os brasileiros vendam apenas commodities. Neste pacote está a venda da Embraer para a Boeing”, denuncia Mancha.
Fonte: Agência Sindical

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