segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Fim de deduções com gastos médicos afetará mais idosos, diz Sindifisco

 População assalariada abate gastos com saúde e educação no imposto de renda.

Guedes propõe acabar com deduções para financiar Renda Brasil.


O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) divulgou nota criticando a proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de acabar com as deduções com gastos médicos no imposto de renda para financiar o Renda Brasil, programa que Jair Bolsonaro quer implementar para “herdar” a popularidade do Bolsa Família.


Guedes deu declarações na imprensa sobre o fim das deduções e há até um estudo do Ministério da Economia sobre o tema. O Sindifisco Nacional disse que a ideia é uma “chantagem” e representa aumento de impostos sobretudo para assalariados com mais de 60 anos.


Segundo a entidade, as pessoas nessa faixa etária são responsáveis por 35% do total de despesas médicas declaradas no imposto de renda. Foram 6.191.505 declarantes acima de 60 anos em 2019. De acordo com o Sindifisco, a participação dos idosos é volumosa porque os gastos com a saúde crescem exponencialmente com a idade.


De acordo com o Sindifisco, se o presidente quer mais recursos para a assistência social e investimentos, precisa ter a coragem de discutir com seriedade a flexibilização do teto de gatos.


A entidade afirma ainda que, do ponto de vista técnico e social, o governo precisa mirar outras bases até hoje negligenciadas, que incidam sobre as altas rendas do país, especialmente a cobrança de imposto sobre lucros e dividendos, que afetará sobretudo os super ricos com maior capacidade contributiva.


O Sindifisco argumenta que “longe de ser privilégio dos mais ricos, quem pode deduzir as despesas médicas na declaração anual do IRPF são basicamente os assalariados, já que os mais ricos recebem seus rendimentos via distribuição de lucros e dividendos de suas empresas, isentos de IRPF”.

Fonte: Portal Vermelho

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