quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Comissões debatem impacto de reforma administrativa no serviço público

 Diante da proposta de reforma administrativa em discussão na Câmara, comissões vão debater os possíveis impactos no funcionalismo público.


Na terça-feira (14), as comissões de Administração e Serviço Público e de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados promovem audiência pública para debater a reforma administrativa e suas implicações para o funcionalismo e a prestação de serviços públicos.


Em pauta na Câmara, a proposta de reforma administrativa de autoria de um grupo de 18 deputados, coordenado pelo deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), abrange alterações na estrutura dos concursos públicos, na designação de cargos comissionados e nas normas de admissão de trabalhadores temporários.


Também são considerados novos critérios para a remuneração, incluindo a implementação de avaliações periódicas como requisito para a progressão na carreira e o recebimento de gratificações.


A audiência pública foi solicitada pelos deputados Professora Luciene Cavalcante (Psol-SP), Ana Pimentel (PT-MG) e Rogério Correia (PT-MG). Segundo os parlamentares, o tema demanda debate aprofundado com servidores, especialistas e representantes da sociedade civil, visto que a proposta, na avaliação dos deputados, pode comprometer direitos e a eficiência da administração pública.


A proposta

O pacote legislativo prevê ampla reformulação na administração pública, com foco em gestão por resultados, avaliação de desempenho e digitalização dos serviços. São três textos: uma PEC, um projeto de lei e um projeto de lei complementar.


Entre os principais pontos estão:

- Planejamento estratégico obrigatório e acordos anuais de resultados com metas institucionais;

- Bônus por desempenho para servidores que cumprirem metas;

- Estágio probatório com avaliação contínua e objetiva, e possibilidade de exoneração após 3 anos se desempenho for insuficiente;

- Redução de carreiras, concursos unificados, progressão por mérito e limite de 20 níveis;

- Fim de benefícios como férias de 60 dias, licenças-prêmio e adicionais automáticos;

- Extensão do teto salarial a estatais e controle sobre verbas indenizatórias;

- Transformação digital com unificação de serviços no Gov.br e rastreabilidade de atos administrativos;

- Fim da aposentadoria compulsória como punição máxima para juízes e membros do MP, que poderão ser demitidos via processo administrativo.

Fonte: Congresso em Foco

Nenhum comentário:

Postar um comentário